Olhares sobre o FC2017: My Paradise (David Gomes)


Tema: My Paradise
Intérprete: David Gomes
Compositor: Tóli César Machado
Letra: Joana Duarte



Aaron Garcia-Alvarez:  É uma canção fresca, positiva, com um ar novo. Os câmbios de ritmo na música podem ser o seu ponto negativo mas também o positivo. Talvez as boas vibes do David fazem deste tema uns dos mais mexidos da segunda semifinal. Ele sabe jogar com a câmara e isso é bom. Com umas pequenas alterações poderia ser uma boa escolha para Kiev, e ser apurada para uma final, sendo algo diferente das canções que foram enviadas nos últimos anos. 7 pontos

Eurico Alves: Canção apelativa mas que não foi explorada o suficiente. Gostava que tivesse sido apresentada uma versão mais forte e impactante, mas ainda assim foi uma das melhores da noite; tem um lado doce muito interessante aliado à também doce voz do David, mas no final ficou tudo demasiado doce. Ponto positivo: foi cantada em inglês. 3 pontos

Fabiana Silva: A canção de David Gomes tem um grande potencial durante os versos, com uma batida com certa inspiração de Bruno Mars, o que combina com o estilo do cantor. Então chega o refrão e, simplesmente, ele é uma decepção. Quando se espera que a melodia vai chegar ao seu ápice, temos justamente o contrário, uma quebra de ritmo brutal e totalmente sem sentido. Além disso, David parecia muito nervoso e intimidado, não conseguindo demonstrar seu carisma e seu potencial vocal - ele desafinou em várias oportunidades. 3 pontos

João Diogo: Abrimos a semifinal 2 do Festival da Canção de uma boa forma. Gostei muito de My Paradise e, apesar de já estar a prever que não se ia qualificar, fiquei decepcionado com o resultado final. De todas as canções da noite era a única de que recordava o refrão, que é bem catchy. Talvez tenha faltado um pouco de projeção na voz e teria apostado numa dupla de bailarinos, em vez de 4 coristas. Ponto positivo para o David Gomes e a constante comunicação com a câmara. 8 pontos

Luís Florindo: A canção tem bons ingredientes mas não parece desenvolver. Não é memorável em contexto de Eurovisão. Contudo, pelo facto de ter ritmo merece uma menção positiva. A presença e a voz do cantor são agradáveis mas fica-se com a sensação de contenção. A expressão corporal devia ser mais desenvolta, talvez com bailarinos e não com um coro estático de partitura à frente. 5 pontos

Nelson Costa:  Encontro muitos pontos positivos nesta participação: instrumental apelativo e contemporâneo; tratar-se de um pop, tão raro no Festival da Canção; e ser cantado em inglês. Três desafios da equipa de compositores/autores que me chamaram à atenção. Esta canção prometia, portanto. Contudo, a participação merecia uma versão mais forte, outra interpretação e um coro que enchesse mais a voz do intérprete. Em três minutos de audição, uma canção no Festival tem de ter um ponto de grande destaque e que nos fique na memória. Aqui não o encontrei. 6 pontos

Nuno Carrilho: David Gomes teve a difícil tarefa de abrir as hostilidades da semifinal... Contudo, os nervos parecem não ter atrapalhado a atuação do jovem cantor. Um tema moderno e bastante apelativo, algo que se poderia ouvir facilmente em qualquer final nacional europeia. O único ponto negativo que tenho a apontar centra-se na atuação: em vez da presença dos backing singers teria apostado em dançarinos, de modo a tornar a atuação mais impactante junto do público. Na minha opinião, seria uma das finalistas da noite. 8 pontos

Patrícia Gargaté: Esta música não é má de todo mas a interpretação estragou TUDO! Não desgosto do David como cantor mas claramente este tema não era para ele. Um evidente "erro de casting". Se não tivessem acontecido estes erros poderia estar na final. 6 pontos 

Pedro Coelho: Não é propriamente uma novidade e já ouvimos umas quantas canções deste género. Tinha muitos pontos a favor, nomeadamente o facto de ser muito uplifting e contar com um intérprete carismático. No entanto, por mais que a melodia fosse divertida e contemporânea, não há canção que sobreviva com um vocalista sem força ou, pior ainda, sem afinação. Teria sido uma ótima aposta se interpretada por alguém com outra qualidade e experiência. 4 pontos

Raquel Costa: Música muito vendável, excelente performance de David Gomes, que tem crescido imenso enquanto artista. Como produto televisivo, teria funcionado lindamente na Eurovisão. O público não esteve do lado de David e o júri - sem surpresas - não percebeu. 8 pontos

Rui Lavrador: My Paradise foi o tema composto por Toli César Machado e escrito por Joana Duarte para ser interpretado por David Gomes. Uma atuação cheia de garra, com uma voz bem colocada, timbre bonito e que sabe dar a correta intensidade à ideia dos autores da canção. David Gomes teve das melhores atuações da noite apresentando um tema dançante, vibrante e com sonoridade pop. 8 pontos

Rui Ramos: Todos nós gostaríamos de ver Portugal representado em inglês, uma vez que fosse, só para tirar teimas. Será que a culpa dos maus resultados é da língua? Nunca saberemos enquanto não tentarmos. Mas não com este My Paradise. Gosto do David, da sua voz doce, mas não nesta música. Ele não atinge aquilo que, acredito, fosse o pretendido. Mas a música também não tem nada de extraordinário. Composição e letra do mais cliché. Ponto positivo, e por muito que critiquemos, para a RTP: Nunca os planos de câmara estiveram tão bons como neste festival. 2 pontos

Total: 68 pontos
Nota: Os comentários de Fabiana Silva estão escritos em português do Brasil dada a origem dos autores.

2 comentários:

  1. Por mim eu gostaria que todos os comentadores deste artigo fossem os júris nacionais no Domingo, além de darem o vosso ponto de vista são justos e assertivos, ESC Portugal o melhor site da eurovisão ponto

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  2. Curioso, a parte que acho mais interessante nesta canção é, precisamente, o refrão (sonoridade muito interessante e que fica facilmente no ouvido)

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