Olhares sobre o ESC2017: Chéquia


Chéquia
Intérprete(s): Martina Bárta
Tema: My Turn



André Moreira - Há um carinho da minha parte pela Chéquia. O seu fraco histórico, algumas vezes traçado pelo azar do sistema de votos, torna-os uns dos países de menor sucesso eurovisivo. Felizmente que resultados não valem qualidade musical, My Turn traz-nos um bonito momento musical. Intimista, um toque melodramático e uma voz que aprecio bastante. Martina Bárta transmite-me uma "vibe" muito dentro do que a música lhe permite, considerando que a Chéquia não aproveitou o alcance artístico da cantora para o tema que lhe foi cedido. Talvez seja esse o maior problema, uma música pouco ambiciosa, estruturalmente insuficiente para cativar uma Europa cada vez mais exigente. Ficar-se-à pela semifinal e creio que justamente, pese o facto de não a considerar uma má proposta. 

5 pontos

Diogo Quintais - Para começar a falar sobre a Martina Bartha e My Turn, vou dizer com certeza que não vai igualar o sucesso da República Checa em 2016, infelizmente! E digo infelizmente porque acho a Martina uma pessoa muito simpática e prestável nas entrevistas, mas isso não chega para passar à final. Apesar disto, a canção é uma composição muito bem feita, o problema é que não tem nada de memorável…falta um ponto forte na canção que não existe. E também sofre do problema “passa esta à frente”.

3 pontos

Fabiana Silva - Quando anunciaram uma jazzista pela Tchéquia, me animei... mas essa felicidade não durou muito. Martina pode fazer muito mais do que My Turn permite. Sua voz é linda e afinada e ela também mostra certa desenvoltura no palco. Sua canção, por outro lado, é monótona demais, cansativa e sem graça. Sinto falta de alguns instrumentos de orquestra na melodia e de um final mais impactante, mais ou menos como foi o final de I Stand

3 pontos

Hélder Simões - Não consigo, juro que tentei, mas esta música não cola em mim. Depois de um regresso magnífico em 2015, uma passagem à final mais do que merecida em 2016, a Chéquia não me conquistou este ano. Talvez por ser uma música demasiado plana, demasiado esquecível. Muitos fãs dizem: “Como podem não gostar da Chéquia se têm Portugal nos primeiros lugares”. Eu respondo: Amar Pelos Dois não tem esta fórmula igual às outras, não há diversidade aqui… pelo menos eu não a encontro. Desculpa, Chéquia. 

1 ponto

Lisa Garden - Eu gosto de músicas que me transmitam algo. Que falem de alguma coisa com a qual eu me identifico. E por isso gostei bastante desta! A interpretação ao vivo não conheço, mas pela apresentação no vídeo, parece-me bem. Um timbre diferente, forte. A música fala de problemas que infelizmente existem com frequência. Todos nós conhecemos alguém que já teve uma doença grave, até nós mesmos ou algum familiar próximo. São alturas muito sofridas e complicadas. Uma música de força… Gostei! Letra simples mas eficaz. Criaram uma balada bonita. E acho bem terem escolhido a língua inglesa, para que a mensagem se espalhe melhor. 

10 pontos

Luís Florindo - My Turn é agradável, dispõe bem mas fica por aí. A canção checa é a tentativa de desprover a performance da Eurovisão de artifícios e alinhar pela simplicidade. Ainda assim, esses 3 minutos têm de alguma forma ficar na memória e talvez não o venha a conseguir. Isto sem conhecer, claro, como se apresentará em palco. Este ano marca o décimo aniversário da entrada do país na competição mas com um interregno longo entre 2009 e 2015. O ano transacto conseguiu chegar ao top10 com a "power ballad" I Stand. Vamos ver o que consegue com o smooth jazz My Turn

6 pontos

Márcia Rodrigues - Sabem qual é o problema desta música? É que tudo o que ela tem de bom está fora do refrão. Confesso que a primeira vez que a ouvi foi num top do YouTube e passou-me completamente despercebida. Só mais tarde é que decidi dar-lhe a devida atenção e tenho a certeza que há muitas outras pessoas que cometeram o mesmo erro que eu. É uma boa balada, com uma boa melodia, mas com um refrão que não fica na memória. 

4 pontos

Nuno Carrilho - Depois das duas melhores apostas de toda a sua história no concurso, a recém-denominada Chéquia traz uma das canções menos eurovisivas da edição. A qualidade é notória e é optima para ouvir no dia-a-dia, mas ao mesmo tempo torna-se cansativa e "a saber a pouco"... A atuação é fulcral para decidir o futuro da candidatura que, apesar da minha baixa pontuação, tem tudo para se tornar uma das surpresas da edição e uma das minhas favoritas em palco.

4 pontos

Ricardo Leal - Uma maravilhosa canção mas não sei se consegue igualar a passagem à final do ano passado. É claramente uma música capaz de voltar a colocar a Chéquia nos holofotes da competição, mas o júri/público é que decidem. Conjugado com a boa voz e o forte carisma da intérprete, poderá trazer igualmente uma boa pontuação. Acho que é a canção perfeita para representar a Chéquia! Tem uma batida que fica na cabeça e a voz dela é excelente!

6 pontos

Sérgio Rego - A Chéquia envia-nos, pelo segundo ano consecutivo, uma balada interpretada por uma artista feminina a solo. Martina Bárta é de facto uma vocalista muito competente como já pudemos constatar em actuações recentes. Esta "soul ballad" é agradável mas julgo não ter força o suficiente para que o público agarre no telemóvel e vote. Será muito mais apreciada pelo juri mas a competição na primeira semifinal é feroz...

5 pontos



Atenção: Os textos da Fabiana Silva encontram-se em português do Brasil dada a origem da comentadora.

2 comentários:

  1. Parabéns ao escportugal por usarem "Chéquia" em vez de "República Checa".

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  2. Acho tudo bonito: a intéprete, a sua voz, a música e o tema, menos o vídeo. Leva-me a pensar que a nova Chéquia também já está de tanga. Dou-lhe 10 pontos, mas que na final, se o júri o permitir, apareçam com outra roupagem.

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