Olhares sobre o ESC2017: Letónia

Letónia

Intérprete(s): Triana Park

Tema: Line 

André Moreira - Pelo terceiro ano consecutivo uma proposta moderna proporcionada pela Letónia. É intraduzível o prazer que tenho ao ouvir esta canção. Excecionalmente bem produzida, toque eletrónico na justa medida, uma voz que sendo insuficiente para júris, sustenta e cobre as necessidades do instrumental. Letra muito simples, facilmente cantável e que permanece na mente. Tem a capacidade de transmitir tanto em tão pouco que obriga à segunda, terceira e quarta audição de rajada. Uma lufada de ar fresco para este ano e, com certeza, consistirá num dos melhores momentos visuais da primeira semifinal. Não lhe prevejo um acesso fácil à final, mas acredito que o público poderá surpreender este país pela positiva. 

12 pontos

Diogo Quintais - Se há canção diferente e que fica logo na cabeça, Line é uma delas de certeza! É uma canção de extremos: uns adoram e outros odeiam, o que leva a uma incerteza no sucesso dos Triana Park em Kiev. Para mim farão de certeza parte dos 26 finalistas, até porque serão os últimos a atuar na semifinal e o “Where we draw the line? Tell me babe, Where we draw the line?” vai de certeza ficar na memória o resto da noite! O que eu gosto em Line e nos Triana Park é que eles assumem que a canção é diferente do normal, não estão com meias medidas como outras canções!

7 pontos

Hélder Simões - Era disto que eu estava à espera vindo da Letónia, de nada mais, nada menos que isto! Um "beat" alternativo, uma performance de deixar milhares a olharem para o ecrã, uma voz que fica na cabeça. Não respeita a tal fórmula Eurovisão, e ainda bem. Temos ritmos, temos voz, temos performance, temos tudo para alcançar um bom resultado. Há uma "line" que separa os bons resultados dos maus e a Letónia soube traçá-la em 2014! 

10 pontos

Luis Florindo - Esta canção tem potencial mas não desenvolve. É uma proposta interessante de pop rock electrónico que vive muito da componente visual. Na linha das sonoridades alternativas que os letões costumam seguir esta canção pode ter algum impacto no palco da Eurovisão. Aminata em 2015 foi uma powerhouse, com presença de diva. Justs em 2016 foi uma presença excessiva e demasiado gritada. Este ano ao criar um ambiente de discoteca talvez consiga voltar a uma boa classificação.

7 pontos

Mariana Trindade - A letra refere que o “eu” quer saber onde vai estabelecer o limite ou desenhar uma linha, pois a paixão da sua vida diz para ela seguir em frente mas ela não consegue porque só o vê a ele. A voz da artista é boa, mas deveria ser mais potente. O instrumental incentiva, ao ponto de querermos dançar o refrão. O instrumental é o que melhora a música, e torna a voz da artista mais melodiosa. Ela ao vivo é suficiente, mas precisa de melhorar algumas coisas. O "look" é muito alternativo, o que por vezes torna a letra um pouco obscura e a mensagem torna-se um incentivo ao de alguém seguir em frente e esquecer o passado com alguém.

8 pontos

Nelson Costa - Line tem, em teoria, tudo o que uma canção deve ter para se safar bem na Eurovisão. Tem um som moderno e "clubbing", que nos faz vibrar na pista de dança; tem um lado “dark” e alternativo que eu gosto, em contraste com um som jovem e fresco. Mas, por alguma razão, isto não funciona para mim! Torna-se tudo muito cansativo e irritante. Talvez por parecer, aos meus ouvidos, que já ouvi isto milhares de vezes. Há um conflito melódico que me faz não querer voltar a ouvir.

3 pontos

Ricardo Leal - A proposta letã é um diferencial na competição. Num ano repleto de baladas, Line nada contra a corrente com uma melodia que com certeza irá destacar-se. Mesmo assim, consultando as casas de apostas, podemos ver a Letónia na metade de baixo da tabela, demonstrando essa falta de interesse em relação à entrada. Um estilo músical não muito usual no "Eurovision Song Contest", sendo assim complicado prever se haverá sucesso ou não no festival.

3 pontos

Sérgio Rego - A Letónia continua na onda electrónica pelo terceiro ano consecutivo. Esta canção é interessante mas leva algum tempo a chegar a um clímax, é até repetitiva e monótona em certas partes da canção. Não considero a voz da vocalista particularmente agradável mas a atuação é diferente e, atuando em último, poderá marcar pela diferença. No entanto, tenho sérias dúvidas em relação à passagem à final. Mesmo que passe, duvido que alcance um bom resultado.

6 pontos

Wanda Stuart - Mais uma música de discoteca que vai bater muito no verão, de certeza, mas que não faz parte dos meus gostos musicais. A cantora não surpreende e até a sua imagem está um pouco demodé...

5 pontos