[Olhares sobre o ESC2023] França


França
Intérprete(s): La Zarra
Tema: "Évidemment"



Emanuel Filipe - De início, tudo o que senti face a esta aposta foi indiferença. Embora indiferente, sempre apreciei esta decisão da França em apostar em algo tão obviamente francês. Isto é basicamente o macaron da música. Oxalá o resultado na competição não seja tão desapontante quanto o sabor dos ditos. Penso que o sucesso desta canção dependerá imenso da votação do júri. Assim sendo, é crucial que La Zarra nos dê uma performance vocal impecável. Quanto ao staging, e não querendo ter uma atitude obviamente portuguesa, é uma canção que não pede grandes acrobacias. É algo que pede classe e sobriedade. Um bom jogo de luzes e uma atuação com carisma servirão. Como será óbvio face à minha pontuação, a opinião que tinha inicialmente face à canção, em muito mudou. Pontuação: 10 pontos

Hugo Sepúlveda - Depois do desaire do ano passado, França este ano optou por tentar a sorte com mais uma “diva francesa”. La Zarra traz-nos “Évidemment”, uma canção com um início digno de musical, mas que depois parece carecer de força e até de um refrão mais explosivo. La Zarra mistura a essência da “La Chanson Française” com uma batida disco e basta uns “replays” para darmos por nós a abanar os ombros ao som de “Évidemment”! Foi uma das “growers” mais rápidas da edição! La Zarra parece ter a voz e a atitude para entregar aquilo que a canção pede, por isso acredito numa actuação arrebatadora no palco da Eurovisão! Pontuação: 10 pontos

João Diogo - França decidiu surpreender-nos este ano e apostar numa canção que combina muito bem o lado mais tradicional com o moderno. A canção começa de uma forma e depois transforma-se em algo completamente diferente e isto é feito de uma forma que cria muito impacto. Vai deixar os telespectadores surpreendidos e creio que a maioria ficará agradavelmente surpreendido. A La Zarra prometeu e não desiludiu. Não sei até onde pode chegar França mas prevejo um grande resultado. Pontuação: 10 pontos

Nuno Carrilho - Admito que aquando da apresentação da canção francesa fiquei um pouco desiludido: talvez as expectativas estivessem demasiado altas, algo que infelizmente ainda não aprendi a não criar. Contudo, nos últimos tempos, "Évidemment" tem subido MUITO no meu ranking pessoal e tem sido provavelmente a canção que mais trauteio no dia a dia. Se será suficiente para recolocar França nos primeiros lugares? Não sei, mas certamente será mais que suficiente para dar um bom resultado ao país. Pontuação: 8 pontos

Rafael Fonseca - As expectativas para a França eram muito baixas a nível pessoal, mas eis que La Zarra apareceu e colocou o país no foco do concurso. Uma música elegante, clássica, bem cantada e catchy, dá aos franceses o orgulho de estarem bem representados. Um potencial vencedor deste ano sem dúvida! Pontuação: 10 pontos

Pontuações individuais:

Adão Nogueira - 10 pontos
Cláudio Guerreiro - 12 pontos
Emanuel Filipe - 10 pontos
Gonçalo Canhoto - 10 pontos
Hugo Sepúlveda - 10 pontos
Ivo Mendonça - 6 pontos
Joana Moreno - 8 pontos
João Diogo - 10 pontos
João Monteiro - 12 ponto
Madlen Tutelian - 10 pontos
Marcelo Silva - 12 pontos
Nuno Carrilho - 8 pontos
Patrícia Gargaté - 8 pontos
Pedro Dias - 10 pontos
Rafael Fonseca - 10 pontos
Rita Pereira - 8 pontos
Rita Reis - 12 pontos
Sérgio Fernandes - 12 pontos
Sofia Valadar - 7 pontos
Tomás Nabais - 10 pontos

TOTAL: 195 PONTOS

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Fonte: ESCPORTUGAL / Imagem: ESCPORTUGAL /Vídeo: Eurovision.tv

1 comentário:

  1. Em 1977, Michèle Torr representou o Mónaco tendo conquistado o júri ao interpretar um tema cujo título era "Une petite française" em que relatava a sua transição aos 15 anos de uma aldeia francesa para a capital, onde conseguiu conquistar o estrelato, dizendo no final "e aqui estou eu diante de vós". Não ganhou mas ficou no 4º lugar. No mesmo concurso participou a luso-francesa que todos conhecemos por Marie Myriam que interpretou um tema mais ou menos parecido por versar o estigma da emigração que implica quase sempre uma adaptação difícil, onde a dada altura ela canta: "Moi, je ne suis qu'une fille de l'ombre, qui vois briller l'étoile du soir, Toi, mon étoile qui tisses ma ronde, Viens allumer mon soleil noir, Noire la misère, les hommes et la guerre, Qui croient tenir les rênes du temps, pays d'amour n'a pas de frontières pour ceux qui ont un coeur d'enfant" . Agora, Os franceses lembraram-se de chamar Zarra para através da mesma história tentar passar para ela o ceptro em poder da luso-francesa há mais de 40 anos e assim igualar os suecos em número de vitórias. Évidemment que não vai ser fácil e nada garante que ganhe, mas entretanto Zarra está muito interessada em que tal aconteça e para isso já hipotecou o que tem de mais valioso e logo de início ela assegura: " Mon coeur, mes mains,mes yeux, mes reins,Plus rien ne m'appartient, Je me fais du mal pour faire du bien, J'oublie comme si ce n'était rien. Dans mon jardin d'enfer, Poussent des fleurs, Que j'arrose de mes rêves, de mes pleurs..." A meu ver, a dramatização está muito bem feita, considero-a uma pequena obra-prima e a artista escolhida para a interpretar está ótima no seu papel, para além de possuir uma voz estrondosa. É ùnicamente ela, a Zarra quem vai receber os meus 12 pontos e que a Marie Myriam me desculpe mas quero muito que ela seja sua sucessora e se assim for, pode ficar descansada porque o troféu ficará em boas mãos porque é ela quem o merece nesta edição do festival da Eurovisão. Mas se tal não acontecer não verei nunca mais este concurso, porque não gosto nem nunca gostei de injustiças.

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