[Olhares sobre o FC2025] HENKA - "I Wanna Destroy U"


Intérprete(s): HENKA
Tema: I Wanna Destroy U


Emanuel Nabais - Todos os anos há uma canção no Festival da Canção que, por fugir aos padrões a que estamos habituados, recebe um hype desproporcional. Supostamente somos um país de baladas, e tal iria surpreender. Primeiramente, achar que o público fora da bolha da Eurovisão se lembra sequer quem representou Portugal no ano passado, é ingenuidade. Segundo, partindo do princípio que somos mesmo vistos como um país de baladas, já é algum progresso. Há dez anos íamos lá marcar presença. Quanto à Henka, acho que trouxe diversidade à competição, e nem que mais não seja por isso, já valeu a pena. No entanto, ser diferente não basta. A atuação em palco, a nível visual esteve bem, mas a nível vocal ficou aquém em várias partes da música. Acho que o apuramento à final foi mais que merecido, e deveria ter passado na primeira ronda. Mas ficamos por aí.

Pontos: 7

Gonçalo Canhoto - "I Wanna Destroy U" foi um verdadeiro choque elétrico no Festival da Canção, trazendo uma sonoridade metal que raramente encontra espaço neste palco. HENKA apresentou uma atuação enérgica e intensa, provando que há lugar para todos na competição. Os efeitos técnicos foram aplicados de forma inteligente, criando uma atmosfera densa e imersiva. Ainda assim, o palco pareceu vazio em alguns momentos – a presença de uma banda ao vivo teria amplificado o impacto da canção. A entrega explosiva da cantora, embora cativante, acabou por comprometer a sua prestação vocal, havendo espaço para melhorar. A HENKA até pode ter sido salva pela repescagem, mas nunca deveria ter havido a necessidade de passar por isso. Foi uma das atuações mais arrojadas e diferenciadas da noite e, ainda que não esteja entre as minhas favoritas, a sua presença na final é mais do que merecida. 

Pontos: 8

Hugo Sepúlveda - O paralelismo com a primeira semifinal começou na canção nº1 e acabou na 10, com o público a salvar tanto ADAMASTOR , como I Wanna Destroy U . A disruptiva Henka trouxe ao palco do festival uma canção a que o público português não está habituado a ver nestas lides. Ainda que a actuação não me tenha convencido totalmente, considero que merecia a final. Não só a enriquece pela diversidade musical, como traz mais força e ritmo ao alinhamento e também mostra que o panorama musical português pode ir além da típica triste balada melancólica. Com a mudança do júri na final, o seu desfecho lá torna-se ainda mais imprevisível.

Pontos: 8

Ivo Mendonça - Fez o que conseguiu (até em demasia), num palco que não destaca este tipo de performance. Henka é um animal de palco e trouxe um pouco de tudo, dentro do seu registo musical. Desde as cores, os visuais, os bailarinos, tudo gritava “mais mais mais”. Por outro lado achei que queriam mostrar tanta coisa que acabaram por atropelar-se ao longo dos 3 minutos.

Pontos: 8 

Joana Moreno - Não consegui gostar, pronto, simplesmente não é para mim e não me cativou minimamente. Foi demasiado barulho, muita confusão, muito ruído. Admito que pode ter apelo para certos públicos e até poderia surpreender na Eurovisão, porque há quem goste deste estilo. Mas para mim, foi simplesmente desconfortável de ver e ouvir do início ao fim. Simplesmente não é o meu estilo e não me convenceu nada, apesar de reconhecer a originalidade.

Pontos: 2

João Diogo - "I Wanna Destroy You" é a canção que, nas versões estúdio, causa mais impacto nesta edição do FdC – não há nada como ela no concurso. Apesar de muitos outros países já terem apostado num género semelhante no ESC, Portugal ainda não se aventurou por este caminho, e seria fantástico ver essa diversidade representada num futuro próximo. Apesar de gostar da música e achar que a performance foi boa e em linha com aquilo que esperava, não acredito que tenha o apoio necessário para vencer. O facto de se ter qualificado apenas na ronda de repescagem indica que o júri a ignorou monumentalmente – algo que, embora não surpreendente, é lamentável. Ainda assim, HENKA traz uma dose importante de diversidade à final, e espero que obtenha uma classificação decente, enviando a mensagem de que estilos alternativos também têm lugar no FdC.

Pontos: 10

Madlen Tutelian - Henka tem uma das canções mais interessantes da edição, e além disso é um tipo de música que é difícil apresentar em palco. Noto semelhanças com a Irlanda em 2024, e tem também influências da música alternativa dos anos 2000, de que gosto. Acho que ela se apresentou bem, e espero que ainda melhore para a final. 

Pontos: 7

Nuno Carrilho - Quem me conhece sabe bem que esta canção nunca figuraria no meu lote de favoritos... Seria algo impossível. Tanto impossível quando perceber o hype que colocaram nesta canção e que, conforme esperava, não se veio a concretizar. Foi uma boa prestação, muito acima da média que temos visto, mas que ficou por aí... Mereceu o apuramento e não pode ficar nos últimos. A minha pontuação baseia-se mais na atuação do que propriamente na canção... 

Pontos: 7

Patrícia Gargaté - E parece que a minha favorita voltou a ficar nos últimos apurados… confesso que a prestação em palco pareceu meio desconexa e caótica, ainda assim admito que esta canção representa tudo aquilo que eu gostava de ver na Eurovisão. Esta sonoridade de rock industrial com alguns elementos mais comerciais está simplesmente bem feita. Tivemos carisma e entrega a nível vocal. O que era preciso? Talvez uma banda e uns efeitos visuais menos caóticos. O rock também pode ser “limpo” e “polido”. Espero que esta seja uma porta aberta para maior diversidade de géneros musicais e desejo um melhor resultado para a Henka na final. 

Pontos: 12

Rita Fonseca - Uma das atuações mais esperadas da noite e diria que não desiludiu. Gosto de ver que o festival tem sido palco para cada vez mais estilos diferentes de música e espero continuar a ver mais estilos nos próximos anos. Foi uma performance visualmente cativante e entreteve-me durante os 3 minutos completos. Vejo na HENKA uma vontade gigante de vencer, e isso sentiu-se bem na sua atuação. Creio que vocalmente não esteve no seu melhor, porém, há sempre espaço para melhorar para a Final. Ainda que goste da canção e ache interessante, mantenho a minha opinião de não ser a canção que mais ía gostar de ver a representar Portugal em Basileia. Muito curiosa para ver a pontuação do júri no próximo sábado, uma vez que foi repescada apenas pelo público.

Pontos: 8

Total: 77 pontos

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Fonte e Imagem: ESCPORTUGAL / Vídeo: RTP

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