Olhares sobre o FC2015: Lisboa, Lisboa (Rita Seidi)

Tema: Lisboa, Lisboa
Intérprete: Rita Seidi
Compositora: Sara Tavares
Letra: Sara Tavares / Kalaf Epalanga



Eurico Alves: A primeira canção a pisar o palco do FC2015 foi uma aposta previsível e desejável pela produção do festival que tentou diversificar o leque de concorrentes. Dentro do género a canção é boa, mas, muito sinceramente, tendo em conta o critério principal que é o impacto na Eurovisão, sou obrigado a reconhecer que Lisboa Lisboa não era de perto nem de longe aquilo que se pretende para Viena (tanto pela sonoridade como pela letra; o objetivo é que a música se identifique com toda a Europa e pessoalmente não estou a ver um nórdico a delirar com um tema sobre a cidade de Lisboa). Parabéns aos compositores por terem sido fiéis a si próprios e também à intérprete que cumpriu muito bem o seu papel, à qual não se pode ficar indiferente pela sua simpatia, mas tenho pena que os autores não tenham sido mais audaciosos; penso que que poderiam ter produzido algo mais impactante, com uma sonoridade marcante e apelativa, não tão marcada e estereotipada.
2 pontos

Fabiana Silva: Rita não deixou para trás suas raízes, mas não deixou exaltar o país que acolheu tanto ela quanto os compositores do tema. A letra é divertida e a melodia me lembrou bastante "Haba Haba" (Noruega 2011) - tudo culpa do arranjo e do instrumental tipicamente africano. A apresentação, por sua vez, deixou a desejar, a começar pelo figurino - uma roupa mais solta e descontraída cairia melhor. Outra mudança que faria seria nos telões e na iluminação, que deveriam ser mais coloridos e mostrarem cenas referentes a Lisboa. 
6 pontos

Fernanda Ribeiro: A Sara Tavares é uma cantora e compositora pela qual tenho muito carinho. Gosto do estilo e do ritmo a que a Sara nos habituou. No entanto, esta Lisboa, Lisboa que se ouve muito bem num bar calmo, enquanto se saboreia uma bebida com um qualquer sabor Africano, está longe de possuir o carisma que uma canção para o ESC precisa de ter, forçosamente. A roupa talvez encaixasse na música, mas não gostei. A Rita Seidi tem algum carisma.
4 pontos

João Diogo: Lisboa, Lisboa tem um ritmo interessante com toques africanos. No entanto, peca pela letra desadequada. Tem demasiada letra, o que não deixa o instrumental respirar como deve ser. A Rita esteve bastante bem em palco, mexendo-se bem e mantendo contacto com a câmara. Este tema ganha por ser diferente do que estamos habituados a ver no FC.
5 pontos

Luke Fisher: Peço desculpa por dizê-lo, mas este género de canções ficaria perdido no palco do Festival Eurovisão. Na minha opinião, é demasiado local para ter algum impacto na Europa. Olhando para os resultados da noite de ontem, parece que nem sequer convenceu os portugueses.
2 pontos

Nelson Costa: Antes de começar os comentários, vou fazer um pequeno aparte: este é o 10.º festival da canção que assisto ao vivo (uma data redonda), mas é a primeira vez que o programa é realizado num local tão pequeno. Na televisão, contudo, os planos no geral pareceram-me muito melhores que na maioria das edições anteriores. Bem, o que dizer da canção n.º 1? Penso que faltou a este tema um refrão mais forte, apesar da batida afro que contagia os amantes destes sons. Contudo, não consigo imaginar este Lisboa, Lisboa no palco da Eurovisão a ter um bom resultado. Os compositores e autores deviam ter sido mais arrojados com Rita Seidi, visto que a sua amplitude vocal e carisma poderiam levá-la a voar mais longe. Por outro lado, o instrumental é bonito, mas este não respira pois acaba por ser comido com tanta letra.... 
2 pontos

Nuno Carrilho: Talvez a música mais fraca da semifinal! Tinha batida e Rita defendeu-a muito bem, mas a canção era facilmente esquecível e a única coisa que por ventura ficava na cabeça das pessoas era o visual envergado pela cantora. Esperava melhor por parte da compositora... 
4 pontos

Patrícia Gargaté: Esta música é boa, gosto da “vibe” que transmite, contudo admito que talvez estivesse descontextualizada. Desde o guarda-roupa à performance… faltou algo, o suficiente para não passar. Não quer dizer que seja uma má canção. Pontos positivos para a letra, está genial! Sobre o género africano, talvez não seja um must para a eurovisão mas se fosse para levarmos que fosse algo com mais batida, mais “agressivo”. Esta soa demasiado ligeirinha, cheira a praia. O que é bom para o verão, mau para o ESC.
6 pontos

Paulo Morais: Tinha algumas esperanças nesta proposta da Sara Tavares e do Kalaf, mas o impacto da primeira audição não foi suficiente para me agradar, ficando aquém das expectativas. Canção colorida, claramente da Sara, mas ao lado da Eurovisão. Ocupa o 3º lugar do meu Top 6.
6 pontos

Sânio Silva: Uma composição bem simpática e, sem dúvida, de muita qualidade. Contudo, Rita não parece muito confortável com o tema. Sua voz parece não se encaixar com a melodia, e ela perde oportunidade de dar algumas notas altas. A apresentação foi bastante desorganizada, e o figurino foi muito mal escolhido. Está longe de ser algo que comprometa o nível da competição, mas claramente não iria oferecer muita concorrência.
6 pontos 


Total: 43 pontos

Nota: Os comentários de Fabiana Silva e Sânio Silva estão escritos em português do Brasil dada a origem dos autores. Os comentários de Luke Fisher foram traduzidos do inglês.

4 comentários:

  1. Eu, pessoalmente, não sou fã deste estilo de música. Achei a música muito fraquinha e bastou apenas ouvir uma única vez para desejar não a voltar a ouvir.

    1 ponto

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  2. A canção mais fraca da semifinal...

    1 Ponto

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  3. Fiquei muito desiludido...esperava mais da Sara Tavares...e também não gostei nada da vocalista...muito mau...

    2 pontos

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  4. Foi a que mais me desiludiu,porque esperava MUITO da colaboraçao entre a Sara e o Kalaf.Um a melodia morna,sem nada de nada.Visualmente um desastre.Nenhum artista deveria ser obrigado a mascarar-se daquela maneira.Coreografia a lembrar um"dumdumba"guineense,mas so que nao havia dumdumba na cançao...

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