[Olhares sobre o ESC2022] Austrália

Austrália 
Intérprete(s): Sheldon Riley
Tema: "Not The Same"



Carlos Fernandes - "Not the same" é um tema muito pessoal para Sheldon Riley. A sua letra carrega muita emoção. No entanto, a melodia parece-me muito plana, e embora o Sheldon tente cantar com emoção, a sua interpretação acaba por transparecer forçada. Pontuação: 2 pontos


Ivo Mendonça - Eu já não sou o mesmo - se na primeira audição achei uma interpretação absolutamente sublime, o mesmo já não consigo dizer agora. Sim, Sheldon tem uma presença fabulosa em palco. Sim, puxar à emoção é sempre o caminho a seguir. Não, não precisamos de um exagero total em palco, como se a vida dependesse destes 3 minutos. Até posso estar a ser injusto com Sheldon, mas tanto "querer" pode querer mais "parecer" do que "ser". Não obstante, é uma balada belíssima, e que traz de volta a Austrália àquilo que nos tem oferecido - qualidade interpretativa. Tenho algumas dúvidas que o público carregue esta performance às costas. No entanto, tem potencial mais do que suficiente para estar na final. Boa sorte Austrália. Pontuação: 6 pontos


Madlen Tutelian - Sei que “Not The Same” tem uma mensagem profunda e importante para Sheldon, mas musicalmente é um bocadinho monótona para mim. Ele sente a emoção em palco, mas sinto que a própria atuação é excessivamente dramática. Além disso, a Austrália está com azar porque se encontra na mesma semifinal que o Azerbaijão e que a Polónia, que têm propostas similares, e não acho que haja lugar na final para todas três. Como é tradição, o júri apoiará a Austrália, mas a votação do público será um puro enigma. Pontuação: 3 pontos


Maria Sousa - Pessoalmente, a canção da Austrália pouco me diz. Acho que a letra é muito banal e a meio da canção parece tudo muito apressado. A voz de Sheldon é irrepreensível e poderá destacar-se. Remando contra a corrente, na minha mais honesta opinião, é uma canção que me cai no esquecimento e poderá apenas sobressair devido ao artista. Pontuação: 1 ponto


Nicolò D'Ignazio - A canção australiana é sem dúvida uma das melhores baladas deste ano. A voz do cantor é muito expressiva, perfeita para o crescendo contínuo de emoções que se desenvolvem na canção. A melodia da canção é extremamente original (coisa difícil nas baladas), mas o melhor momento da canção é a ponte: um destaque total que acaba por "explodir". A única falha é o encerramento improvisado. Pontuação: 8  pontos


Ricardo Matias - Uma das melhores baladas deste ano, associada a uma elevada qualidade vocal e artística de Sheldon Riley. A orquestração, a letra, a interpretação, a performance e o aspeto visual do artista fazem captar, na minha opinião, não só a opinião do júri (que acredito que vai votar em massa) como também do público que se pode eventualmente identificar com a letra e o artista. Vai passar sem dúvida à final, e espero que fique no lado esquerdo da tabela classificativa. Pontuação: 10 pontos


Rita Reis - A Austrália tem sido sempre exímia nas suas propostas para a Eurovisão. No entanto, este ano creio que falhou um pouco na sua escolha. O intérprete é bom, mas a música é desinteressante, tinham melhores opções na sua final nacional. Penso que ficará na semifinal. Pontuação: 4 pontos


Simão Paulo -  Esta foi a proposta que mais demorou a conquistar-me. Só recentemente  é que comecei a valorizá-la. Acho que a atuação precisa de ser repensada e melhorada. Como está, na minha opinião, acaba por ofuscar a música, que é lindíssima, e só me consegui ligar a ela através da versão de estúdio. A voz do intérprete é simplesmente incrível, transmitindo muita emoção e acho que pode acabar por vencer a votação por parte dos jurados. No entanto, o público acho que não vai simpatizar tanto como os jurados. A passagem da Austrália à final parece-me muito segura. Pontuação: 5 pontos


Média de pontuação do Júri: 7,35 pts

Média de pontuação dos Leitores: 7,90 pts

Média Final: 7,63 pts

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Fonte: ESCPORTUGAL / Imagem: ESCPORTUGAL /Vídeo: Eurovision.tv

1 comentário:

  1. Austrália-Sheldon Riley "Not The Same": A máscara que ele traz no início representa a forma repressiva como esconde a sua mágoa de se sentir diferente dos outros o que o obriga a mentir constantemente quando o pai lhe pergunta se passou bem o dia, até acabar por descobrir aquela máxima que já todos conhecemos "todos diferentes todos iguais". Em todo o caso parece-me a mim que o tema está claramente transformado numa trama demasiado teatral que ofusca qualquer tentativa de cativar a atenção e o interesse de quem pudesse estar na expectativa de ouvir uma boa música e uma interpretação a condizer. Nada disso, pelo contrário, ouvem-se gritos de raiva em vez de uma explosão de alegria por finalmente perceber em que mundo é que vive, tornando a canção aborrecida e desatualizada. Pontuo com:0 pontos

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