Olhares sobre o FC2015: Há Um Mar Que Nos Separa (Leonor Andrade)
Tema: Há Um Mar Que Nos Separa
Intérprete: Leonor Andrade
Compositor: Miguel Gameiro
Letra: Miguel Gameiro
Eurico
Alves: No meu ver esta canção foi uma surpresa. Miguel Gameiro parece
ter aprendido muito depois da sua primeira participação, apostando este ano numa
canção forte (ainda que o refrão mereça mais força a nível instrumental para que não seja só uma música agradável), que
vai ao encontro daquilo que entendo que deva ser o futuro do ESC. Canção
comercial (o que é óptimo) com aquele quê de memorável que facilmente entra no
ouvido (o que é cada vez mais difícil de obter numa canção comercial) sendo que
com uma versão em inglês poderia cair no gosto da Europa (SÓ mesmo em inglês).
A Leonor esteve impecável no palco do FC e merece que esta canção se torne num
single que todos possamos ouvir nas rádios nacionais. É a prova de que o FC se
está a renovar e que está cheio de força. Muitos parabéns a toda a equipa e boa
sorte para a final!
6 pontos
Fabiana
Silva: Uma melodia interessante, uma boa
letra... mas acho que essa não é a música ideal para Leonor. Falta brilho na
voz e garra para que ela consiga transmitir a todos os sentimentos que a canção
carrega; também ficou claro que ela deveria se soltar mais durante o show, sem
se preocupar em ser correta. Ou seja, a apresentação como um todo não
impressionou - o site da RTP prometeu algo 'explosivo' e ficamos na espera,
porém o que recebemos ficou mais para uma chama leve, quase inofensiva.
5 pontos
Fernanda
Ribeiro: Esta canção
tinha algo de Festival de San Remo, caso fosse cantada em Italiano. Apesar de
ter notado algum nervosismo na voz da Leonor, considero esta música a melhor da
noite. Tem bom ritmo e houve algum bom gosto. Pena, que à semelhança dos Gregos
que encaixam uma Bouzouki em qualquer música, tivesse faltado ali o som de uma
guitarra portuguesa, que talvez pudesse ter entrado na perfeição (digo eu, que
de música nada percebo). Gostei dos cabelos à Charlotte Gainsbourg e do
vestido.
12 pontos
João Diogo:
Este é o tema com mais potencial desta semifinal. É moderno, tem uma batida
marcante e não tem demasiada letra, o que permite ouvir só o instrumental em
certas partes. A Leonor esteve bem, mas acho que ainda pode melhorar dando mais garra à sua interpretação. Caso chegue ao ESC, este tema ainda tem
um longo caminho a percorrer. Precisa de um refrão mais forte e mais demarcado
do resto da música. Miguel Gameiro a surpreender positivamente em relação a
2012.
8 pontos
Luke Fisher:
Gosto do tema porque tem uma batida diferente, contudo, o refrão é algo
previsível. Infelizmente, não foi muito bem interpretado em palco, pelo menos
aos ouvidos de alguém que não fala português mas já ouviu milhares de
intérpretes. Se ali estivesse uma interpretação mais confidente, com “power”
fazendo “rebentar tudo” no refrão, a minha opinião seria com toda a certeza
diferente.
4 pontos
Nelson
Costa: Gosto do tema, do rock da batida e há muito que gostaria de ver no
palco da Eurovisão algo do século XXI a representar Portugal. Contudo, e a
exemplo de outros temas desta noite, os arranjos soam a “draft”, talvez o tempo
para o estudo e a produção tenha sido diminuto. A Leonor devia soltar-se mais,
rondar mais o palco e interagir mais com os músicos (se a banda estivesse mais
perto da intérprete). Quero ver mais power no refrão.
8 pontos
Nuno Carrilho: A grande
surpresa da semifinal! Esperava tudo, menos um tema desse género do Miguel
Gameira… mas que tema! Tem força e portugalidade, mas o mais importante: tem
uma cantora que tem voz e garra para o tema que defende! O apuramento direto
pelo público foi outra das surpresas, na minha opinião, e quem sabe se não
teremos uma surpresa no sábado?
10 pontos
Patrícia
Gargaté: De forma diferente da canção número 1, esta também dá um ar
demasiado ligeirinho. É uma boa música, mas falta alguma força na voz e na
performance. Tenho algumas dúvidas do sucesso lá fora, sendo que ninguém irá
perceber uma palavra desta música. Peço apenas que façam um exercício e
imaginem a música em inglês. Ia ficar fabulosa? Pois…
8 pontos
Paulo Morais:
Desta vez Miguel Gameiro apostou bem, uma canção audível, moderna e cantada por
uma boa cantora. Com uns arranjos e poderia viajar até Viena. Talvez não seja
suficiente para superar a Semifinal do ESC, mas seria uma representação
correta (embora para mim concorrer a algo é sempre para ganhar, esta é a minha
atitude, mas já sabemos o que a casa gasta…). Ocupa o 2º lugar do meu Top 6.
8 pontos
Sânio Silva: Uma introdução misteriosa e sedutora, uma voz agressiva, e
um refrão nostálgico. Leonor tem uma voz maravilhosa, se apresentou com muita
competência, e conseguiu transmitir muito bem as emoções da canção. Essa
proposta é bastante internacional, e pode fazer frente a canções de vários
países. Não fica devendo em nenhum aspecto às tradicionais baladas roqueiras do
Festival de Sanremo. Seria uma ótima escolha para representar Portugal em
Viena.
12 pontos
Total: 81 pontos
Nota: Os comentários de Fabiana Silva e Sânio Silva estão escritos em português do Brasil dada a origem dos autores.
Os comentários de Luke Fisher foram traduzidos do inglês.
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