[Olhares sobre o FC2025] Emmy Curl - "Rapsódia da Paz"


Intérprete(s): Emmy Curl
Tema: Rapsódia da Paz


Emanuel Nabais - Confesso que, aquando da revelação das canções, fiquei desiludido com a proposta de Emmy Curl. "Rapsódia da Paz" é mais uma canção à qual reconheço valor artístico, mas que me pareceu, inicialmente, uma "manta de retalhos", com falta de coesão entre os diferentes momentos da música. No entanto, penso que a atuação ao vivo me convenceu ligeiramente. Não vou dizer que adoro a aposta em palco, mas acho interessante. Já tive, inclusivamente, sonhos parecidos. Vocalmente, Emmy Curl esteve impecável, e demonstrou carisma e confiança em palco. Quanto à letra, uma boa mensagem, decerto liricamente mais rica do que "People that will change the world, a revolution, anything is possible". É o que é. Fiquei surpreendido com o apuramento na primeira ronda de votação, mas é merecido. Independentemente de gostos pessoais, enriquece o alinhamento da final. 

Pontos: 7

Gonçalo Canhoto - Este vai ser o momento em que os fãs da Emmy Curl me irão perdoar (ou não), mas não consegui criar qualquer conexão com “Rapsódia da Paz”. Aliás, passou-me totalmente ao lado desde janeiro – e assim permanecerá. Durante três minutos, a canção soa a um esforço exagerado para ser diferente e a uma amálgama de sonoridades sem coesão, que dificultam que a canção encontre a sua identidade. E se querer ser diferente nem sempre significa ser melhor, este tema prova-o. A proposta faz-se valer pela mensagem e pela enorme presença e à vontade em palco da sua intérprete, que esteve vocalmente irrepreensível. Contudo, não consigo gostar e considero que roubou o lugar a alguém que merecia mais.

Pontos: 4

Hugo Sepúlveda - "Rapsódia da Paz" é das canções que mais se podia estranhar e, por isso, considerava que tanto a sua apresentação em palco, como o seu desfecho, eram bastantes imprevisíveis. Emmy Curl regressou ao palco do festival (e à final), desta vez como compositora. Ainda que não aprecie a canção como um todo, reconheço que Emmy Curl fez um bom trabalho em palco, enchendo-o com a sua presença, carisma e a sua boa voz. Não considero que esteja na corrida pela vitória, mas é uma canção que, no alinhamento da final, se torna um “corta sabores” e ganha destaque por isso.

Pontos: 7

Ivo Mendonça - Devo ser muito limitado musicalmente, mas esta canção para mim era mais parecida com uma mixórdia do que uma rapsódia. Não consegui entender o objetivo da atuação. Volta Catarina, volta 7 anos no tempo e traz um bocadinho mais de coração e autenticidade. Esta para mim não me caiu muito muito bem - entendo a passagem à final, não consigo apontar falhas na entrega da performance. 

Pontos: 4

Joana Moreno - Senti que estava a entrar num culto e ainda não sei bem como processar esta experiência. O staging foi forte e chamou a atenção, mas a canção em si não me conquistou. A segunda metade melhora bastante e a voz da Emmy Curl brilha muito mais nessa parte. Ainda assim, não sei se foi forte o suficiente para se destacar entre tantas propostas interessantes. No geral, foi uma atuação visualmente cativante, mas musicalmente não me deixou muito entusiasmada.

Pontos: 5

João Diogo - Rapsódia é mesmo a palavra que melhor reflete esta proposta. A canção é composta por várias partes distintas, não é de todo linear, e tem diferentes momentos e atmosferas. Em palco, a performance acompanhou essa ideia. No entanto, essa mescla de momentos acabou por tornar a atuação demasiadamente confusa, nunca percebi muito bem o que estava a acontecer. Apesar de tudo, a interpretação da Emmy Curl destacou-se pela positiva, sendo o melhor elemento desta performance que, globalmente, deixou a desejar.

Pontos: 5

Madlen Tutelian - Uma atuação que não deixa ninguém indiferente. Para mim, foi interessante e criativa, elevou a música e passou merecidamente à final.

Pontos: 6

Nuno Carrilho - Quando vi Emmy Curl na lista de concorrentes do Festival da Canção 2025, foi impossível não recordar imediatamente a participação de 2018, ano em que foi a minha favorita. Contudo, "Rapsódia da paz" não é propriamente a minha canção favorita... E se fui para a semifinal com as expectativas muito em baixo (talvez ainda desiludido...), esta foi uma das atuações que mais me prendeu e acabou por ser uma das minhas favoritas da noite. Não fiquei surpreendido com o apuramento que foi bastante justo e merecido.

Pontos: 7

Patrícia Gargaté - Não consigo entender algumas soluções artísticas tanto na canção como na performance ao vivo mas não posso deixar de destacar o poder vocal e o impacto que a Emmy Curl tem! Simplesmente surreal de lindo ouvir esta artista. Gostava que fosse noutro registo mas se este é o dela é bem-vindo!

Pontos: 6

Rita Fonseca - Para mim, não era uma finalista certa, e confesso que fiquei um pouco surpreendida, tendo em conta toda a panóplia de canções apresentadas nesta semi. Contudo, adorei o toque transmontano e vocalmente, não tenho absolutamente nada a apontar. O que mais desgostei, talvez, foram os acessórios utilizados pelas bailarinas que, a meu ver, em nada acrescentaram à atuação. Não há muitas mais críticas a fazer, simplesmente não era das minhas favoritas à final, mas tiro-lhe o chapéu pela atuação.

Pontos: 6

Total: 58 pontos

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Fonte e Imagem: ESCPORTUGAL / Vídeo: RTP

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