Olhares sobre o ESC2018: Portugal


Portugal
Intérprete(s): Cláudia Pascoal
Tema: O Jardim


André Moreira - Após a vitória de “Amar Pelos Dois”, a função de quem participaria este ano no Festival RTP da Canção, estava desde já dificultada pela questão de finalmente ter sido criada uma canção vitoriosa. Foi bonito ter visto o que resultou de todos os compositores inscritos, e a qualidade da nossa final nacional. Sobre a canção vencedora, “O Jardim” , há a dizer que esta é tudo numa única canção. É doce na melodia, e amargurada no assunto, é simples, mas não é simplista, é leve na escuta, mas pesada na emoção, tem brilho e escuridão, é antitética e razão de orgulho! Isaura e Cláudia Pascoal têm timbres que casam excecionalmente, A estrutura da canção, apontada como “defeituosa”, parece-me, aliás, meticulosamente apropriada. A espera por algo que não chega… mas não tem de chegar, tem de faltar, porque o assunto do tema é esse! A atenção fica ao longo do tema, e a emoção atinge-nos! Temos razões para nos orgulhar. Aguardo um TOP 10.

12 pontos


Carlos Carvalho - Sem precedentes nem paralelo, ganhámos a Eurovisão. A vitória de Salvador Sobral despertou nos portugueses um renovado orgulho na música feita em Portugal e teve um reflexo imediato no Festival da Canção (o concurso da Eurovisão é outro campeonato). Foi um Festival da Canção demasiadamente pseudo-intelectual mas o tempo fará o seu ajusto. Polémicas à parte, temos, desde há muito tempo, um Portugal musicalmente moderno na Eurovisão. São os ventos da electropop que se alinham à nossa longa tradição de sermos representados por temas emocionalmente potentes, providos de uma letra substanciosa. Claúdia Pascoal e a sempre presente Isaura fazem Portugal orgulhoso e ajudam a sedimentar uma nova era que poderá ser brilhante para o Festival da Canção e para a música portuguesa. O sonho mantém-se….  Para já, no próximo mês de maio, esperamos que a Europa trate bem do nosso jardim!

8 pontos


Filipe Batista - A “Amar Pelos Dois” será sempre a canção mais importante de Portugal na Eurovisão, mas “O Jardim” é certamente a que vem logo a seguir – esta é a música que nos representa, pela primeira vez, em casa! Sem olhar a bandeiras, esta é uma das minhas favoritas do ano. Gosto muito da voz da Cláudia, das palavras da Isaura e do fabuloso instrumental que lá pelo meio tem uma batida surpresa que nos arrebata. É com muito orgulho que vejo esta grande música representar o nosso país em Lisboa!

12 pontos


Luís Florindo - Henrique Amaro, produtor da RTP, disse aqui no ESC Portugal que “foi o lado monopolizado pelos desconhecidos que levou o Festival a um nível de vulgaridade". Pois, devia repensar este tipo de afirmações à boca cheia. A canção deste ano é aborrecida, arrastada e desinspirada. É cantada por uma ilustre desconhecida com um nível de vulgaridade dentro da suposta qualidade que a RTP quer imprimir ao Festival da Canção. Apesar de ter um timbre bonito, Cláudia não sabe usar a voz que tem. Trocado por miúdos, desafina e é única coisa que tiro desta canção.  Se a intérprete um dia fosse confrontada com um Manuel Moura dos Santos seria provavelmente apelidada de “azeiteira”, palavras infelizes do próprio, e acabaria na rúbrica dos “cromos” dos Ídolos. Apareceria com aqueles aspirantes a cantores que, convencidos que davam os agudos de uma Céline ou uma Whitney, apenas faziam uma figura menos capaz, para não dizer ridícula.  Portugal vai fazer uma boa figura na organização da Eurovisão mas o “orgasmo colectivo” da vitória de 2017 vai estatelar-se num resultado no fundo da tabela.

1 ponto


Nelson Costa - “O Jardim” é uma balada tocante com uma interpretação de Cláudia Pascoal de 5 estrelas. Tem um lado dark que me agrada. Avaliar esta canção torna-se, contudo, muito difícil: para mim, tudo está (quase) perfeito! Melodia, letra, mensagem, arranjos. Top! Em palco, a presença de Isaura é a cereja em cima do bolo. Se no “Olhares para o FC2018” dei 12 pontos a esta canção, para a Eurovisão fico-me pelos 10 na comparação com os demais temas a concurso. No palco do Parque das Nações deveriam manter esse lado tão emocionante e tocante, contudo, com mais power nos arranjos e uma presença em palco não tão simplista. Penso que o abraço no final, tal como aconteceu na semifinal do FC2018, deveria fazer parte da staging.

10 pontos


Patrícia Gargaté - A Cláudia traz tudo o que precisamos para gostar deste tema: uma presença forte, com carisma e um timbre único, que cria impacto. Ninguém consegue ficar indiferente ao ouvi-la e creio que a escolha da Isaura foi muito inteligente. Conseguiu dar destaque a à sua canção que tem o “momento de auge” talvez demasiado tarde, mas que não prejudica em nada a prestação. É hipnotizante e de uma qualidade espectacular. Da letra nem se fala, é belíssima. A Isaura como elemento ausente na maioria da canção faz com que a performance se torne misteriosa e chamativa. Para além de irmos com uma grande canção vamos com muito orgulho!

12 pontos


Rúben Ameixa - Na geral, todos nós portugueses somos um bocadinho suspeitos para falar da nossa canção. A mensagem que esta canção nos passa é fortissima e toca-nos cá dentro por motivos óbvios. Juntando isso à bonita voz e à excelente forma como a Cláudia interpreta a canção, torna-se quase perfeito. Mas, e como tudo tem um mas, acho que falta no entanto qualquer coisa à canção. Todos nós, ao longo da canção, ficamos à espera de uma qualquer “explosão” que nunca chega a acontecer, com muita pena. A presença na final este ano é obviamente garantida porque estamos a jogar em casa graças ao Salvador, no entanto, acho que “O Jardim” não conseguirá alcançar um lugar no top 10, mas espero enganar-me. Muita sorte para a Cláudia e para a Isaura, estamos todos a torcer por elas!

10 pontos


Sérgio Costa - A canção “O Jardim” fala de sentimentos fortes, é cantada com muito sentimento, bem interpretada e tocante. Trata-se de uma boa aposta de Portugal, mantendo a onda de canções calmas que veio já de Salvador Sobral. É simples mas não simplista, tem carisma e pode ficar bem pontuada. Ganhar seria bom, mas pode o público do ESC este ano querer mudar o rumo. A canção pode não ter força no contexto deste ano como teve a proposta de Salvador. Não é um tema empolgante e podia ter um instrumental mais tecnológico / digital.

5 pontos



Total: 324 pontos

5 comentários:

  1. Caro Luis Florindo para ser comentador de um site como o ESC devia a ver o que se passou no passado, visto que a claudia pascoal ja participou nos idolos e toda a gente a adorou.. https://www.youtube.com/watch?v=GmtiaHg9RNE&t=129s

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  2. Quando é lançado o video de O jardim?

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  3. Portugal finalmente ganhou a Eurovisão e logo o português comum deixou-se inebriar pela alucinação de que o segredo da pólvora estava então descoberto. Daí a pensar que toda a canção que aludisse a um sentimento de nostalgia provocado pela perda de um amor perdido, fosse ele qual fosse, maternal, fraternal e assim por diante, seria a chave para um grande resultado. Pois as coisas não se passam bem assim e todas as pessoas que neste momento alimentam grandes ilusões quanto à canção portuguesa podem vir a ter uma grande decepção. Não vai ser o meu caso pela simples razão de que eu nunca gostei deste tema interpretado pela Claudia Pascoal, mais um nome que emergiu desses concursos populares imaginados para a descoberta de novos valores. A música é pobre, não tem melodia,é pouco mais que monocórdica o que a torna desinteressante. A letra é demasiado singular, não tem poder criativo e nem chega a ser emotiva.Fica-nos uma réstea de esperança de que os estrangeiros enfiem a carapuça. Pela minha parte dou: 0 pontos.




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  4. Vou analizar o tema portugués cronológicamente no tempo. Com toda a tormenta criada antes da final do Festival rtp da canção chegou naquele momento uma eleição veloz sem apenas tempo para pensar ou analizar em tudo o que realmente sucedia na edição. Tive então a sensação de que todos; perdidos ou não, estávamos com «o jardim» talvez pela época hiper-Internetica que vivemos e «o jardim» correu como pólvora para substituir a previa destinada a vencer, a canção do Diogo. Saberemos se foi ou não, uma boa ou não boa opção, na mágica noite de 12 enquanto a procissão das velas iluminar uma pequena parte do céu português e o parque das nações deslumbrar o mundo. Eu naquele momento quería a sua victoria mas dias depois sentí um vazio muito grande pela não victoria de «para sorrir eu não preciso de nada».
    Veremos em que jardim nos metemos os portugueses? É uma canção linda mas necesita que o receptor entenda bem a língua portuguesa para compreender a sua mensagem e isso é o que não necesitava «amar pelos dois» para chegar a tod@s. Não tendo receptor seguirá a mesma estela histórica portuguesa na eurovisão. Pérdida nos últimos 5. Vamos ao pontos. «Canção do fim» tinha 10 «para sorrir eu não preciso de nada» 8 e o jardim 7 precisamente por tudo o anteriormente dito.
    É muito importante que Portugal consiga expor no ecrã que alguém partiu e teremos que cuidar esse jardím e fazê-lo florescer. Uma opção seria a Isaura funebremente deitada no chão e só intervinha cantando e expondo um brote de flores. A Claudia cultivaria as sementes das flores a cuidar e exponha a dor da amada pérdida.

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  5. Vou analizar o tema portugués cronológicamente no tempo. Com toda a tormenta criada antes da final do Festival rtp da canção chegou naquele momento uma eleição veloz sem apenas tempo para pensar ou analizar em tudo o que realmente sucedia na edição. Tive então a sensação de que todos; perdidos ou não, estávamos com «o jardim» talvez pela época hiper-Internetica que vivemos e «o jardim» correu como pólvora para substituir a previa destinada a vencer, a canção do Diogo. Saberemos se foi ou não, uma boa ou não boa opção, na mágica noite de 12 enquanto a procissão das velas iluminar uma pequena parte do céu português e o parque das nações deslumbrar o mundo. Eu naquele momento quería a sua victoria mas dias depois sentí um vazio muito grande pela não victoria de «para sorrir eu não preciso de nada».
    Veremos em que jardim nos metemos os portugueses? É uma canção linda mas necesita que o receptor entenda bem a língua portuguesa para compreender a sua mensagem e isso é o que não necesitava «amar pelos dois» para chegar a tod@s. Não tendo receptor seguirá a mesma estela histórica portuguesa na eurovisão. Pérdida nos últimos 5. Vamos ao pontos. «Canção do fim» tinha 10 «para sorrir eu não preciso de nada» 8 e o jardim 7 precisamente por tudo o anteriormente dito.
    É muito importante que Portugal consiga expor no ecrã que alguém partiu e teremos que cuidar esse jardím e fazê-lo florescer. Uma opção seria a Isaura funebremente deitada no chão e só intervinha cantando e expondo um brote de flores. A Claudia cultivaria as sementes das flores a cuidar e exponha a dor da amada pérdida.

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