[Olhares sobre o FC2019] Ana Cláudia - Inércia



Intérprete(s): Ana Cláudia
Tema: Inércia



André Moreira - Uma artista que previamente me encantara com o EP "Outono", cantou e encantou nas versões estúdio e ao vivo de "Inércia". O trabalho dos D'Alva merece a minha enorme apreciação, pois não só mantiveram coerência artística na estruturação deste tema como também, de modo exuberante, o tornaram em algo que poderia estar incluído num na discografia de Ana Cláudia. Creio, então, que é precisamente esta poderosa simbiose que torna "Inércia" tão mágica, tão genuína e memorável. Não me canso de cantarolar! Foi uma das canções mais bem interpretadas da noite. 

10 pontos

Fábio Ventura - Quando as versões estúdio foram disponibilizadas, Inércia ficou de fora dos meus quatro apurados da SF1. Porém, a atuação ao vivo surpreendeu. A balada eletrónica, composta pelo duo D’alva, levou-me a um mundo fantasioso de melancolia, na voz perdida no vento da Ana (eu, que não a conhecia, fiquei surpreendido pela elevada fidelidade entre a voz ao vivo e a voz versão estúdio), mundo esse que não é restrito – cada um pode identificar-se com esta canção à sua maneira. O staging, ainda que a coreografia das mãos seja fluida e dinâmica sendo o ponto alto de toda a atuação, precisa de ser melhorado, de forma a destacar ainda mais essa coreografia e a própria presença em palco.

8 pontos

Hugo Sepúlveda - “Inércia” nunca foi das músicas que mais me suscitou grande interesse, apenas ouvia se calhasse. Para quem conhece a intérprete talvez a atuação não tenha sido grande surpresa… Mas para mim foi uma das surpresas da noite. “Inércia” ganhou uma nova dimensão ao vivo, e Ana Claúdia não só esteve exímia no que toca à interpretação da canção, como a voz foi do mais fiel à versão estúdio. O staging em si, ainda que nada complexo, mas algo graciosa, foi o suficiente para trazer um bom movimento às votações e garantir-lhe um lugar na final, mesmo que por pouco (ou nada, de certo modo). Ainda que não se tenha tornado a minha vencedora da noite, é das atuações que pode assistir com todo o gosto e desfrutar.

7 pontos

João Diogo - Uma das melhores provas da pop alternativa que se faz em Portugal. Uma canção com um ritmo interessante e uma composição pouco usual. Não sabemos para onde a canção vai a seguir e isso prende a atenção. A apresentação em palco teve momentos fantásticos e não precisa de mudar nada para a final. Ana Cláudia esteve muito segura também. Não é a canção certa para a Eurovisão mas, sem dúvida, que merece estar na final do Festival da Canção.

7 pontos

Nuno Carrilho - A surpresa da noite! "Inércia" era daquelas canções que, na primeira audição, não me disse rigorosamente nada... depois foi destacando-se, mas nada de extraordinário... Até ter chegado à atuação! Além de ter sido a mais bem conseguida da noite, a Ana Cláudia mostrou todo o seu potencial em defesa da canção. Fico feliz pelo seu apuramento, mas deve ficar de fora da corrida por Telavive... Grande atuação!

8 pontos

Patrícia Gargaté - O Festival da Canção este ano arrancou com este tema que me surpreendeu pela positiva em especial pela presença da Ana Cláudia, que se mostrou muito segura e dentro do espírito da canção. Inicialmente é uma canção muito harmoniosa e desperta curiosidade mas acaba meio que "a morrer na praia", torna-se confusa e intrigante de uma forma menos positiva, ao contrário do seu início. Não consigo fazer um balanço negativo desta canção nem da sua performance, pelo contrário. Apesar disso, esta não estava no meu lote de canções finalistas. Já agora, mais alguém vê um "je ne sais quoi" de Adelaide Ferreira na Ana Cláudia? Digam-me que não sou a única!

6 pontos

Pedro Fernandes - Os D’Alva estão de parabéns por este tema, uma lufada de ar fresco se tivermos em conta o repertório habitual do Festival da Canção. “Inércia” possui uma produção moderna e é muito bem defendida por Ana Cláudia. Apesar de achar que não estará na luta pela vitória, merece, sem sombra de dúvidas, o lugar que conquistou na final de Portimão.

8 pontos

Ricardo Matias - O Festival da Canção não podia ter começado da melhor forma. Na minha opinião, o instrumental da canção é deveras interessante e a voz e interpretação da Ana Cláudia é a cereja no topo do bolo. No entanto, perante uma introdução que cresce de forma apoteótica, entusiasma e garante a atenção, a canção peca por manter um refrão bastante estável, e que infelizmente faz retirar tal interesse na canção. Contudo, merece estar no grupo das 4 canções apuradas para a final.

8 pontos

Total: 62 pontos

1 comentário:

  1. Baseada numa locomotiva que ao sair do seu estado letárgico ganha poder de locomoção e energia, assim nasceu a inércia da Cláudia que, de resto, ela interpreta na perfeição.

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