[Olhares sobre o ESC2019] Bélgica



Bélgica
Intérprete(s): Eliot
Tema: Wake Up



Carlos Carvalho - Depois de, artisticamente, ter ido ao fundo do poço em 2014, a Bélgica tem demonstrado ininterruptamente uma vontade em ser um dos países mais temidos pelos seus adversários naquela que é a maior competição musical europeia, sabendo ser audaz e contemporânea sem nunca esquecer o apelo a um consumo massificado. Se a vitória tivesse aparecido em 2015 ou 2017, a família eurovisiva ia ficar orgulhosa mas a  tão almejada segunda vitória belga ainda não apareceu. É nesta sequência o jovem Eliot Vassamillet pretende acordar a Europa para o seu intrigante e misterioso “Wake up”. É a Bélgica de novo a apostar no Synth-pop e electropop que, apesar de seguir a estrutura de canção, possui suficientes nuances na produção para a afastar do campo da predictabilidade. A retenção de "A Matter of Time" na semifinal vai colocar a delegação belga em sentinela para uma prestação que cause impacto.

10 pontos

Cláudio Guerreiro - Eliot traz-nos uma canção do mesmo compositor de “City Lights”, de Blanche, algo que até me deixou bastante curioso quando foi anunciada tal parceria. Mesmo não sendo o maior fã da canção de há dois anos, sentia que essa era bastante coerente na ligação entre os versos e o refrão. Já esta “Wake up” promete muito no primeiro minuto, mas depois chega ao refrão e não segue o caminho que prometia. E não há coisa que me deixe mais desiludido, no campo musical, do que isto.

4 pontos

Daniel Fidalgo - A Bélgica traz-nos este ano mais um tema contemporâneo, com uma produção eletrónica e bem executada. “Wake Up” é uma canção onde os versos bem ritmados e inovadores acabam por ser bem mais interessantes do que o refrão menos ousado. A letra é um alerta para toda uma geração adormecida e despreocupada com o mundo que a rodeia. A voz de Eliot não é das mais impactantes da edição, o que poderá prejudicar o resultado na semifinal. Caso a apresentação não seja bem executada, a Bélgica poderá ficar fora da final, embora a canção merece ser ouvida uma segunda vez. 

7 pontos

Hugo Sepúlveda - O país hipster voltou-se para algo mais comercial este ano, depois de falharem o apuramento o ano passado. Wake up parece não ter agradado em pleno a muitos que porventura esperavam algo mais fora do padrão comercial ou então uma City Lights 2.0, visto o compositor ser o mesmo. Rapidamente Wake Up me viciou e cresceu em mim. Tem aqui umas vibes de Troye Sivan que me agradam bastante. Se ao vivo não deitar tudo a perder, creio que a Bélgica tem aqui uma hipótese de voltar à final… Já a voltar aos lugares cimeiros e fazer um brilharete… Não me parece. 

8 pontos

Luís Custódio - O início da música faz lembrar o genérico da muito conhecida série 'Stranger Things'. Mas essa sensação de familiaridade afasta mais que aproxima. A música poderá passar quase indiferente numa semi-final com apostas tão pouco convencionais - com Portugal e Islândia à cabeça desta diferença! A ideia que passa é que a Bélgica queria fazer com esta música mais do que a amplitude de voz de Eliot permite.  A mensagem algo banal poderá travar essas intenções de grandeza. Poderia alcançar a final da Eurovisão, mas face a outras apostas tão diferentes a concurso, a Bélgica poderá ficar-se apenas pelas boas intenções.

5 pontos

Patrícia Gargaté - Juro que quando ouvi os primeiros acordes desta canção fiquei como TEMAZO! Mas ao longo da canção essa chama que me despertou foi-se apagando e ficou a saber a muito pouco. Percebo que estamos perante uma performance de qualidade mas que no contexto da Eurovisão como concurso tem muito potencial... para ficar fora da final. Não acho que mereça ficar pela semifinal contudo creio que sem o impacto em palco que um tema destes exige tornar-se-á complicado. Vale a pena destacar que na Bélgica esta canção já soa nas rádios, o que é de louvar. Espero também uma performance vocal mais forte do que o Eliot tem apresentado. 

7 pontos

Paulo Lima - “Wake Up” é uma canção bem produzida, apaixonante, que nos faz flutuar pelo seu ritmo melódico, transmitindo-nos vibrações positivas face ao desejo de sair do desconforto que a vida por vezes nos provoca. É uma boa aposta e é uma canção que cresce, agrada-me muito, mas que não me parece causar o impacto suficiente para um extraordinário sucesso, até porque as qualidades vocais do Eliot apesar de boas, não me parecem eloquentes o suficiente, mas a Bélgica, que vem com a segurança e qualidade, será finalista e parece-me proposta para se situar entre o 12º e 15º lugar.

8 pontos

Ricardo Matias - Não há muito para dizer sobre a canção. É uma boa canção, presenta uma boa produção, um bom vocal e um bom instrumental. No entanto, acho que perante a variedade presente na semifinal em que o país se enquadra, no meu ponto de vista não existem pontos fortes suficientes que a façam destacar perante as suas concorrentes. É radio-friendly, mas nada mais. Acho que vai depender da performance apresentada na TV para saber se passa à final ou não. Para já, na minha opinião não passa.

6 pontos

Tomás Nabais - A canção belga “Wake Up” vai muito ao encontro da música do ano passado “A Matter of Time” da jovem Sennek, por ter aquele toque místico. É clara a sua qualificação por ser um tema muito moderno, pop, bem ao gosto do púbico de hoje, e vocalmente agradável, todavia falta a Eliot a garra e o carisma necessários para levar a Bélgica aos lugares cimeiros na Grande Final.

8 pontos

Total dos 35 comentadores: 273 pontos
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2 comentários:

  1. Boa música, mas demasiado flat. Não é de todo melhor que a canção de Chipre, mesmo está sendo uma copcó de Fuego.

    7 pontos

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  2. Muito comovente esta partitura. Alguém sentindo-se no escuro procura a verdade sem desistir de uma luta que lhe traz muitas dúvidas. Eliot é muito jovem e não optou por algo irreverente mas por um tema clássico de paixão, afastamento e a inevitável dor que consigo arrasta. Boa voz e uma interpretação impecável que me impele a dar 10 pontos.

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