[Olhares sobre o FC2021] Pedro Gonçalves - "Não Vou Ficar"
Intérprete(s): Pedro Gonçalves
Tema: Não Vou Ficar
Alexandre Lopes - “Não Vou Ficar” é a canção que mais se aproxima do pop mainstream que ouvimos nos dias de hoje, mas que também tem aquele feeling nostálgico, poderia ouvir isto nos anos 90. Ao lado de “Don’t Walk Away” (a sua canção no festival há 4 anos) isto foi um glow-up enorme. Pedro Gonçalves trouxe-nos, energia no palco e boa disposição. No entanto a atuação para mim, foi um tiro ao lado. Tudo o que tinha para correr mal, correu mal. Estava à espera de uma atuação mais descontraída do Pedro, o que tivemos foi uma atuação “messy” onde os músicos em palco, pareciam tudo menos naturais, a escolha da roupa destacou-se, é certo, mas não resultou para mim e nem em termos vocais acabou por salvar-se. Isto fez-me lembrar aqueles tempos negros do Festival e isso nunca é bom sinal. Precisa-se de haver melhoramentos urgentes no staging. O voto do público ajudou-o a qualificar-se, mas acredito que não escape aos últimos lugares, porque não estou a ver o júri a votar nesta canção.
3 pontos
Cláudio Guerreiro - O Pedro Gonçalves de 2021 está bem diferente do que conhecíamos dele na sua última participação em 2017, e não apenas na componente visual. Agora estamos a conhecer aquilo que ele pretende ser enquanto artista e eu diria que vai num bom caminho. Além disso, tem uma relação muito natural com as câmaras e ainda melhor do que há quatro anos Desta vez, traz-nos uma canção mais radio-friendly e com uma energia bem diferente. A apresentação com uma banda acaba por ser até a mais correta e dinâmica, conseguindo naturalmente uma presença na final de forma merecida.
7 pontos
Emanuel Filipe - Não sendo uma canção que me encha as medidas, foi uma atuação agradável, e mereceu o apuramento para a final. O staging, contudo, pode ser melhorado. Gosto imenso do som do saxofone na canção, mas aquela entrada do músico no palco foi no mínimo....estranha. Algumas interações em palco com os restantes músicos também me pareceram muito pouco naturais. Penso que não estará a competir pela vitória, mas acrescenta uma certa diversidade ao grupo de finalistas.
7 pontos
Gabriel Ribeiro - Tinha grandes expetativas para o Pedro por trazer uma música mais ousada. Conseguiu manter a qualidade musical ao vivo, mas a direção artística do palco furou-lhe os planos. Por momentos, cheguei a duvidar da sua qualificação. A interação com os músicos não correu lá muito bem, mas pelo menos foi dos poucos a conseguir preencher o palco. Já valeu por isso.
6 pontos
Gonçalo Canhoto - Ainda que não seja a sua primeira vez nas lides do Festival da Canção, foi este ano que tivemos a oportunidade de assistir à estreia de Pedro Gonçalves enquanto compositor. Mesmo desconhecendo a concorrência que enfrentou na livre submissão de temas, acredito que o passaporte foi devidamente entregue. “Não Vou Ficar” é uma sólida canção pop, contemporânea, radio-friendly e com um importante apelo comercial, revelando ainda um claro amadurecimento de sonoridade face a “Don’t Walk Away”. A inclusão do solo de saxofone tenta mimetizar alguns dos maiores êxitos R&B do último ano e revelou-se uma aposta ganha. Confesso-me surpreendido com a maioria das reações negativas à atuação: o Pedro procurou arriscar e a estética dos anos 90 encaixou na perfeição. A nível de realização há espaço para fazer melhor, alguns planos de câmara não funcionaram – nomeadamente a entrada do saxofonista, que me vai dar pesadelos durante alguns anos. O Pedro “não vai ficar” em primeiro lugar, mas a visão que nos apresentou faz bastante falta ao Festival da Canção.
12 pontos
Hugo Sepúlveda - Pedro Gonçalves regressa ao festival com uma das músicas mais comerciais da edição! Não que seja mau, considero que há espaço para tudo no festival. Quer se goste ou não, é uma música muito acessível e de consumo fácil! O que nestas lides é bom, por norma! Visualmente achei que não resultou, se calhar por ter idealizado algo diferente para isto! Não me espantou o seu apuramento, já que além do tipo de música que é, o Pedro também atrai um público mais jovem! Espero que para a final, repensem na actuação, em especial naquele “Epic Sax Guy” (muito) wannabe.
6 pontos
Inês Cipriano - Acho que a última vez que vibrei assim tanto com uma música do festival foi precisamente em 2017 com a “Don’t Walk Away”. Desde aí que acompanho o trabalho do Pedro e que queria imenso que ele voltasse a tentar a sua sorte no festival, e ele voltou e não desiludiu! Esta música tem tudo! Uma boa composição, energia e uma letra fácil de decorar que fica logo no ouvido. A atuação ainda a elevou mais! Foi a única música mais upbeat desta edição que não perdeu energia ao vivo. Nota-se bem o quanto o Pedro evoluiu como artista nos últimos 4 anos, está muito mais maturo e seguro em palco, o que resultou numa atuação incrível – excelente presença, voz no ponto, boa interação com a câmera e com os membros da banda, e ainda a versão portuguesa do Epic Sax Guy? Não podia pedir mais! Os outfits podiam ser repensados, principalmente os da banda, para que seja ainda melhor na final. Acredito que este tema vá conquistar muitos votos do público e que seja um forte candidato à vitória. Espero pelo menos um lugar no top 3.
12 pontos
João Diogo - O regresso de Pedro Gonçalves ao Festival da Canção faz-se num registo diferente daquele que nos trouxe em 2017. Melhor? Talvez não mas o intérprete parece mais à vontade e está muito mais competente. Nota-se uma melhoria nestes três anos que passaram e isso é sempre de saudar. "Não Vou Ficar" está no grupo das melhores canções deste Festival mas tenho vindo a cansar-me dela. O som retro dá-lhe um toque diferente e isso é positivo mas acho que nãos erá suficiente para se destacar na classificação. Quanto à apresentação em palco deixou algo a desejar, parecendo forçada e um pouco desconexa.
7 pontos
João Vargas - Um dos meus temas favoritos da noite e confesso que fiquei um pouco desiludo com a atuação. Sendo o Pedro um repetente no FC e sendo um eurofã, espera algo um pouco mais direcionado para o ESC. Vocalmente, começou um pouco inseguro, mas depois conseguiu agarrar o tema. Percebi o conceito do staging, mas senti que havia pouca conexão entre os vários elementos cénicos. Para a final, retirava a entrada o saxofonista, pois pareceu algo forçada e repensava no visual em palco, para algo mais leve para o Pedro. Apesar deste meus apontamentos, fiquei feliz com a sua qualificação, pois é uma das melhores canções a concurso.
7 pontos
Nuno Carrilho - Outra das canções que provam que o Festival da Canção precisa das canções vindas do público... Canção agradável, bem produzida e bem interpretada que teve apenas um (mas grande) ponto negativo: a atuação. Apesar de descontraída em certos momentos, noutros tantos achei-a bastante forçada. Contudo, mereceu o apuramento para a Grande Final, onde acredito que seja um dos mais votados do público.
8 pontos
Patrícia Gargaté - Esta canção acabou por soar como uma lufada de ar fresco no meio da semifinal e creio que isso lhe deu muitos pontos. Acho que houve uma série de acertos e tem tudo para correu bem na final. Não entendo algumas informações sobre o guarda roupa que foi escolhido... este não é um tema que pede glamour mas sim algo descontraído e foi isso que o Pedro quis levar ao palco. Boa prestação a nível vocal e é de facto uma canção que não tem aquele peso, é fresca e sabe bem ouvir.
7 pontos
Pedro Caramba - Esta era mais uma das previsíveis finalistas. O Pedro Gonçalves chegava como repetente e trouxe uma canção pop. Confesso que, desde que as músicas foram lançadas, esta foi daquelas que foi baixando nas minhas preferências.
Esperava um pouco mais da prestação em palco, apesar de ter entendido o conceito do staging. Não apreciei de todo o outfit. Mas merece a final.
5 pontos
Ricardo Matias - Comparando o Pedro Gonçalves de 2021 com o de 2017, verifica-se de facto uma maior descontração, maturidade e diversão em 2021, que de facto transmitiram-se em palco. É a canção mais pop eletrónica e comercial deste ano, e de facto merecia de facto estar na final, e acredito que muitas outras canções como esta que também foram enviadas na seleção aberta feita pela RTP tivessem o mesmo resultado. O saxofone na canção é a cereja no topo do bolo, e consigo ouvir esta música nas rádios e a ser bem sucedida num mundo fora do festival. Só tenho elogios a dar a esta canção, apesar de não ser a minha favorita para ganhar o festival.
8 pontos
Ricardo Rodrigues - Foi das atuações mais competentes da noite, o Pedro Gonçalves, como repetente, sabe perfeitamente como encher o palco do Festival da Canção e fazer uma performance interessante como produto televisivo. Apesar de não ser das minhas canções favoritas, há que reconhecer o esforço que fez para esta performance e até as referências que foi buscar ao universo Eurovisivo com a introdução de uma pequena menção ao Sax Guy da Moldávia 2010 e 2017.
7 pontos
Total: 102 pontos
"Não Vou Ficar" por Pedro Gonçalves: Incrível o à-vontade com que este jovem se movimentou no palco, como se já tivesse muitos anos disto.Foi uma ótima interpretação e afirmo que faria até melhor figura que o Eric Saad meio-sueco. Ele interpreta uma composição muito ao seu jeito, que condiz muito com a sua juventude e tinha razão ao anunciar que não iria aparecer para ficar lembrado como mais uma presença apenas numa semifinal. Portanto cá vamos todos poder vê-lo alegremente numa grande final recheada de grandes valores da música portuguesa festivaleira. Dou: 12 pontos.
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