[VIENA 2015, porque não?] Holanda

O PAÍS

Terra das túlipas, do laranja, dos tamancos de madeira, dos moinhos de vento, dos queijos e da cerâmica de Delft. A Holanda viu nascer Van Gogh, Rembrandt, Karen Mulder, André Rieu, entre muitos outros. Mas este país encravado entre a Alemanha, a Bélgica e o Mar do Norte, na Europa Ocidental, vai muito para além destes. A sua Monarquia Constitucional Parlamentar Democrática, a sua economia prosperante e a sua histórica tradição de tolerância social, fazem deste país um dos mais multiculturais e tolerantes do mundo. Os Países Baixos, denominados assim pela sua geografia plana e uma boa parte do seu território encontrar-se abaixo do nível do mar, ao longo da História viveram momentos conturbados.

 A presença humana nesta região remonta ao período da última glaciação ( 100.000 anos) e ao longo dos anos foram sofrendo inúmeras influências de outras culturas, como a romana, a espanhola e a francesa, pela mão de Napoleão Bonaparte e da sua incorporação no Império Francês. Antes, no século XVII, tornara-se uma potência naval e económica ao alargar as suas redes comerciais à escala planetária, criando colónias em locais longínquos. A luta por alguns territórios estratégicos para as trocas comerciais da altura, levaram a que os nossos antepassados e holandeses se envolvessem em constantes conflitos armados (Guerra Luso-Holandesa, o primeiro grande conflito à escala mundial). A força agressora da Holanda foi uma das causas da queda do Império Português do Oriente.

A neutralidade holandesa nas Guerras Mundiais não teve o mesmo efeito nos dois conflitos. Na Primeira Grande Guerra, a diplomacia holandesa conseguiu contornar a situação, enquanto que na Segunda, a ocupação Nazi fez com que este país sofresse nas mãos dos invasores alemães.

PERCURSO NA EUROVISÃO

Pioneiro desde sempre em quase tudo, foi o primeiro país a permitir o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, esteve desde o início no projecto União Europeia e no ESC, concurso que já venceu 4 vezes. Procura desde 1975 uma nova vitória, que parece andar fugida, excepção essa em 2014 onde A Calm After the Storm, dos Common Linnets, catapultou este país para o segundo lugar da tabela e reacendeu o sonho de um novo primeiro lugar.

Caso consiga lograr o desejo, inúmeras arenas estão preparadas para receber o ESC actual, são exemplo disso: a De Kuip e a Ahoy em Roterdão, a GelreDome em Arnhem e as Ziggo Dome e Amesterdam Arena em Amesterdão.

EM 2015... PORQUE NÃO?

Possíveis intérpretes para representar o país não faltam, quer seja através de uma final nacional, quer seja através de escolha interna. Esta opção tem sortido efeito e acredito que a Avro Tros vá escolher novamente internamente para Viena. Assim sendo, quem acho que deveria representar a Holanda??? Rumores falam já em dois cantores, o Alain Clark e o Dotan.

Alain, cantor trintão que faz do soul e do pop a sua praia, dono de uma voz terna, com uma boa canção em inglês, agradaria certamente ao júri e ao público, uma nova boa classificação esperaria este país.

Dotan, cantor mais jovem, nascido em Israel e que poderia levar, ao palco eurovisivo, uma canção indie. Pessoalmente agradar-me-ia mais esta escolha. Acho que a sua voz suave e melódica, numa canção sem exageros, onde brilhasse a voz e a melodia renderiam a Europa.

Mas existem inúmeras opções que dariam excelentes representantes, tais como: Within Temptation, o DJ Armin van Buuren, o DJ Tiësto, os Vengaboys, ou a famosa Eva Simons.

Within Temptation, uma famosa banda de metal sinfónico com sucesso em todo o mundo. O seu estilo único, a voz fantástica da Sharon e as suas canções encantadoras iriam trazer uma legião de fãs ao concurso, assim como dar uma lufada de ar fresco ao mesmo. Com uma canção potente o primeiro lugar não lhes escaparia.

Os Djs Armin van Buuren e o Tiësto seriam, certamente, uma mais valia, não só para a participação do país, como para a imagem e modernidade do próprio concurso. Senhores do que de melhor se faz na área da música eletrónica, trance, dance e house dariam certamente show e arrastariam um público mais jovem e diferente para o evento.

E porque não enviar os velhinhos Vengaboys?? Este grupo dos anos 90 faria a festa certamente não só na Arena, como no Euroclub e uma boa parte dos fãs do ESC iriam adorar a sua energia, todo o look e o kitsch próprio deste grupo. Europop no seu máximo, seria uma viagem no tempo colorida e divertida.

Eva Simons, dona de uma excelente imagem e de uma boa voz, o seu mega cabelo entraria certamente para o livro dos records eurovisivos. Dá cartas no Pop, R&B, dance e electro e com uma boa canção Pop, ou R&B, juntamente com uma apresentação poderosa, iria terminar num belo lugar da tabela.

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Fonte e Imagem: ESCPortugal; Vídeos: YOUTUBE