Olhares sobre o ESC2016: Espanha
Intérprete(s): Barei
Tema: Say Yay!
André Moreira - A Espanha oferece-nos Barei com o seu “Say Yay”. Barei sabe defender-se em palco e tem muita atitude. Denota-se pelo seu trajeto de promoção que é muito confiante e isso é bastante positivo para quem se terá de fazer representar sendo observada por milhões. “Say Yay” é uma música muito ao estilo da finlandesa, com uns toques de Alexha Dixon e um leve toque retro o que lhe confere características apreciáveis pelos eurofãs. Trata-se de uma música proporcional à intérprete. A sua dança dos pezinhos pode resultar e ficar na cabeça, embora já Kurt Calleja por Malta o tenha feito uma vez. Considero que a música está a ser um pouco sobrevalorizada, no entanto consigo ver-lhe potencial para não ficar nos últimos 5 lugares da final.
André Pereira - Na final nacional a atuação foi um flop, mas mesmo assim conseguiu ganhar e ainda bem! Mais outro país que faz parte das canções do mesmo género mas esta é a melhor sem dúvida alguma! Aqui Espanha mostra que o inglês pode trazer grandes reações positivas do público e ser uma das favoritas à vitória! A versão da Eurovisão é bastante boa! O instrumental é dos melhores da edição, mas não tanto quanto o de França! A letra é igualmente boa! Sobre os backing vocals: ainda bem que os mudaram para o ESC!
12 pontos
Daniel Fidalgo - Say Yay é a canção mais descomprometida da competição, o que a coloca numa zona de destaque em relação às outras candidatas. Barei tem uma grande garra em palco e uma voz capaz de dar um toque especial ao tema. O revamp da canção intensificou os elementos mais fortes da versão inicial, resultando numa aposta diferente das anteriores levadas por Espanha. Não é propriamente uma canção com grandes rasgos de inovação, mas cumpre perfeitamente a sua função. Acho difícil uma vitória espanhola, mas espero, pelo menos, uma boa classificação.
10 pontos
Fabiana Silva - Para mim, temos aqui um caso clássico de ‘mais cantora do que música’. Barei tem uma voz incrível e consegue dominar o palco como poucos, porém sua canção é tão repetitiva que, antes de chegar ao final, já tenho vontade de parar de ouvir. Nunca vou entender o motivo dos fãs estarem tão eufóricos com “Say Yay”: entendo que é benéfico para o Eurovision ter canções mais animadas, porém isso não é sinônimo de ter apenas uma batida uptempo que te faça dançar, pois estamos em um festival de canções, não em uma festa. No aspecto qualidade da composição, a Bélgica, que também segue a linha funky, ganha da Espanha por ampla margem.
1 ponto
Hugo Sepúlveda - Outro país que decidiu apostar em algo diferente do que tem trazido ao festival é Espanha. Com uma proposta muito mexida, cheia de energia e bastante orelhuda, Barei irá seguramente contagiar toda a gente com a sua presença de palco. Além do estilo diferente, Espanha surpreendeu bastante ao mandar uma proposta inteiramente em inglês. Não considero um ponto negativo, mas admito que sinto falta de uns versos em espanhol, como teria na 1ª versão. É uma canção viciante, sim, mas é um vício de pouca dura e não sei até que ponto irá convencer para conseguir a vitória para qual Espanha já tem trabalhado há alguns anos (e merecido até).
7 pontos
João Diogo - Espanha venceu finalmente os seus complexos linguísticos, ainda que não tenha sido uma batalha nada fácil. Barei traz-nos mais um tema funk, divertido e que dá vontade de dançar. O refrão é bastante catchy e fácil de decorar, pelo que deverá dar uma boa primeira impressão. Para mim é a melhor das propostas funk deste ano mas, mesmo assim, não é um tema que eu adore.
7 pontos
Nelson Costa - Antes de mais, palmas para a TVE por abrir as portas do seu festival da canção a canções em inglês e palmas a dobrar pelo facto dos espanhóis terem votado numa canção 100% em inglês para os representar na Eurovisão. A criatividade não deve ter, à priori, barreiras linguísticas. Em segundo lugar, uma canção ser cantada em inglês, não significa que a sua classificação será automaticamente boa. Se isso fosse verdade, teríamos 39 canções vencedoras este ano! Neste caso, temos mais cantora que canção. Barei é confiante, tem energia, atitude positiva e garra de vencedora. Isso é muito positivo. Mas o produto que tem em mãos é um pop/funk que, apesar de ficar na cabeça, não traz grandes rasgos de inovação. A batida, um pouco exagerada e contínua, faz com que a canção se torne cansativa e pouco melodiosa.
8 pontos
Patrícia Gargaté - Este foi um dos temas que cresceu bastante na minha consideração nos últimos tempos. A Barei irradia felicidade e transparece um ar jovial, animado e feliz. Espero que o mesmo passe na atuação ao vivo... Confesso que apesar da maioria achar o contrário, até tenho uma esperança de um resultado favorável para a Espanha este ano. O meu maior receio acaba por ser o coro...tenho tanto medo que estrague tudo! Dica para Estocolmo: cuidado com a dança a mais! Pode prejudicar a voz, se é que me entendem...
Pedro Fernandes - Quando até já os nuestros hermanos enviam canções integralmente em inglês, temo-nós de perguntar o porquê da RTP insistir numa regra que, nos dias de hoje e na Eurovisão actual já não faz qualquer sentido, português sim mas sem limitações de canções em inglês. Falando agora de "Say Yay" e de Barei, uma proposta diferente e ousada por parte dos nossos vizinhos, marca pela diferença e pelo carisma de Barei que domina a música do princípio ao fim e à qual já associou uma imagem de marca com o movimento dos pés. Espanha pode esperar um lugar bem melhor do que o que obteve no ano passado, veremos se chega para o TOP10! ¡Mucha suerte vecinos!
8 pontos
Rui Ramos - Espanha a surpreender e a arriscar, sair da zona de conforto e não levar o castelhano à Suécia. Renderam-se à Eurovisão e à língua inglesa, mas ainda bem! Apesar de ser um acérrimo defensor das línguas oficiais de cada país no ESC, gosto desta abertura espanhola na diferença das propostas que costuma levar. Um caminho onde a TVE dá os primeiros passos e que espero que a RTP também o possa fazer em 2017 se for com qualidade. Quanto à Barei, defende o tema que ela própria compôs com unhas e dentes demonstrando em palco que é uma artista: canta, dança e interage com o público. Espero muito movimento em Estocolmo e menos que top15 é sinal para desistirem de vez do concurso.
10 pontos
Sérgio Rego - Surpreende-me bastante pela positiva o facto de o nosso país vizinho enviar uma canção totalmente em inglês. Isto porque os países latino-europeus têm uma certa (muita?) arrogância em relação às suas línguas e Portugal não é excepção. Agrada-me bastante esta proposta. É um tema alegre, dançável e com alguns laivos da dance music do início dos anos 90. Barei é uma boa cantora, para além de ser carismática. Espero que não seja subestimada.
8 pontos
Total: 86 pontos
Sem dúvida que a Espanha apresta-se para apresentar este ano no concurso da Eurovisão a mais categorizada composição dos últimos anos a nível de voz, muito bem timbrada, não lhe noto aqueles vibrados irritantes que já se tornou quase um hábito encontrar em intérpretes de música pop, a nível de ritmo e balanço,tratando-se de uma verdadeira música dançável e descontraída. Só lhe vejo um pequenino senão, o início é um tudo nada lento dando a ideia que demora a arrancar, fazendo lembrar até a inércia de uma locomotiva. Grande aposta da nossa amiga Espanha. Para esta forte entrada espanhola vão os meus 10 pontos e acredito mesmo que não deve ficar abaixo do 6º lugar.
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