Olhares sobre o ESC2016: Suécia

Suécia

Intérprete(s): Frans

Tema: If I Were Sorry

André Moreira - Um tema que me é muito querido. “If I Were Sorry” é mais uma aposta moderna vinda da Suécia. A final nacional foi fortíssima com 12 músicas extraordinárias e foi Frans que conseguiu cativar o melhor das duas partes: júri e televoto. Trata-se de um tema pop com toques folk muito especiais a fazerem lembrar a sonante “Catch & Release”. Frans é um jovem muito talentoso, com uma imagem de menino frágil, emotivo que poderá cativar muitos votos por parte das mais jovens. Afastando a imagem, a música exigirá muito mais de Frans em palco. A sua atuação no Melodifestivalen foi muito simples e ineficaz para um terreno eurovisivo. Ao contrário de outros artistas, o eye contact de Frans com as câmaras parece-me insuficiente pelo que, um conceito diferente de performance terá de ser pensado. É provavelmente a música deste ano mais capaz de vender internacionalmente pela sua simplicidade e envolvência. O único ponto fraco que vejo nesta proposta é o facto de ser a equipa da casa e de ser sueco, pelo que, os já habituados fãs da fórmula sueca não o irão aceitar com facilidade. Da minha parte recebe uma enorme aprovação! 

10 pontos

André Pereira - A Isa é que merecia estar na Eurovisão, caso quisessem vencer o ESC2016, ou então a Molly… Eu gosto da música, mais do instrumental do que da letra. A voz de Frans é péssima e ao vivo se não fosse o instrumental e a reação do público teria uma péssima atuação.

8 pontos

Daniel Fidalgo - A onda de contestação contra a vitória de Frans foi enorme, o que em parte fez sentido, tendo em conta que o intérprete não tem muito carisma e que havia canções a concurso na final nacional sueca claramente superiores a If I Were Sorry. Por outro lado, pelo segundo ano consecutivo, encontro semelhanças evidentes com grandes sucessos internacionais. Agora, se a canção é má? Não, não é, mas deixa a Suécia aquém das expetativas.

6 pontos

Fabiana Silva - Falar da entrada sueca sem causar polêmica é muito difícil. É uma canção que não tem meio termo: ou você ama, ou você odeia. Sou do grupo que ama, pois ela quebra toda a tecnologia e a superprodução que se espera do Melodifestivalen, sendo uma proposta sincera e agradável por si só. Frans é o anti-heroi eurovisivo e é uma pena que um jovem talentoso e carismático tenha que passar por uma covardia dessas vinda dos fãs radicais, que estão lotando as redes sociais de comentários maldosos infundados e de mensagens de ódio. Enfim, se “If I Were Sorry” não fosse boa, ela não teria se tornado global antes mesmo da final da seletiva, algo que não aconteceu com os dois vencedores do Eurovision.

10 pontos

Hugo Sepúlveda - A Suécia este ano acabou por desagradar muitos eurofãs quando Frans foi eleito como representante. Não sou particularmente fã nem do artista nem da música, mas considero que grande parte das críticas que tem recebido são mesquinhas. A nível de instrumental, é um pop muito comercial e atual, acaba por ser fácil de digerir e vai-se ouvindo. A letra parece o típico pedido desculpa mas que no final sofre um plot twist, não está má de todo. A nível de atuação, não sei o que grande margem terá a Suécia, mas tem de trabalhar bem a nível de produção para ser o ponto forte, já que vocalmente não tem grande destaque.

5 pontos

João Diogo - Já perdi a conta ao número de vezes que não sabia se estava a ouvir If I Were Sorry ou Catch & Release. As parecenças são muitas e é o segundo ano consecutivo que a Suécia faz isto. No entanto, o tema sueco é claramente inferior ao de Matt Simons. O Melodifestivalen não tinha muito por onde escolher, foi uma edição fraca, mas quase todas as músicas da final eram melhores que esta (mas com isto não quero tirar o mérito a Frans, que venceu cumprindo todas as regras). Não faz o meu estilo e só se salvará se o ESC tiver muitos telespetadores adolescentes (o que provavelmente acontecerá).

3 pontos

Nelson Costa - A Suécia reinventa-se e mostra que não há receitas nem canções-tipo para a Eurovisão. O país anfitrião traz um pop cool e descontraído, que tem subido no meu top pessoal desde que foi selecionado no Melodifestivalen. “If I Were Sorry” destaca-se exatamente pela sua simplicidade, pela doçura e genuinidade, por não ser espetacular nem bombástica. Acredito que os tops vão gostar (se as rádios portugueses quisessem, algum dia, passar música da Eurovisão, acredito que esta seria seguramente uma dessas). Resta saber se o júri e os votantes da Eurovisão também.

7 pontos

Patrícia Gargaté - Este foi o meu melão do ano e ainda não me consigo habituar a ideia de que este tema vai representar a Suécia. Tudo bem que o Frans é um menino mas falta-lhe tanta coisa. Certo, canta bem mas de carisma tem 0 e se me permitem a sinceridade parece que está a fazer um "frete" a cantar. Isso dá um péssimo ar. Dica para Estocolmo: mais genica por favor!

6 pontos

Pedro Fernandes - Com esta proposta só posso concluir que a Suécia já está farta de ganhar... A canção não é horrorosa mas fico muito atrás daquilo que esperamos da Suécia. Esta canção não vai lutar pela vitória, tal como tem acontecido com todas as propostas suecas desde 2011 (com excepção de 2013). Talvez os suecos não gostem muito de dar nas vistas no seu país e se esse é o objetivo, então parabéns, conseguiram.

6 pontos

Rui Ramos - Comenta-se que esta é a proposta mais fraca da Suécia dos últimos anos, espera-se um dos últimos lugares na final do ESC. Já me cansa ver a Suécia sempre lá em cima. Mas, incrivelmente, gosto desta música. O carisma e a inocência de Frans é tão marcante que fará com que o público mais novo do ESC vote nele! Uma simplicidade total na música, que não estamos habituados a ver vinda da Suécia, e com uma letra tão mas tão repetitiva que não nos larga. Isso vai-se reparar nas votações. Para os que desejam o falhanço, esperem por 2017.

8 pontos

Sérgio Rego - Esta canção é actualmente um êxito de popularidade na Suécia embora eu pessoalmente não consiga entender o porquê. Provavelmente por eu não ser uma rapariga adolescente? Talvez. Não acho péssima mas passa-me totalmente ao lado. É enfadonha e ainda por cima mal cantada. Sejamos sinceros e honestos connosco próprios. Se esta canção representasse a Macedónia ou a Moldávia ou a Bielorrússia, ninguém daria um chavo por ela. Mas como é a Suécia, está no top da bolsa das apostas. A reputação de um país no certame tem muito mais peso do que pensamos.

4 pontos

Total: 73 pontos