Olhares sobre o ESC2016: Grécia
Intérprete(s): Argo
Tema: Utopian Land
André Moreira - Antes de ouvir esta música revirei os olhos com o tema escolhido pela Grécia para cantar na Eurovisão. Uma utopia que os refugiados buscam quando se encontram em fuga da insegurança. “Utopian Land” não me conquistou à primeira, porém, alguns dias depois voltei a ouvi-la e encontrei-lhe valor. Se por um lado nos transporta para uma atmosfera pesada, pouco comum quando conversamos sobre a Grécia – habitualmente festivaleira – por outro a música tenta cativar-nos com a simplicidade das vozes. Eis que, a certo momento nos deparamos com um rap inesperado no qual penso residir o maior entrave para a aceitação da música por parte dos fãs do certame. Será um tema cujo futuro está entregue a si mesmo com a atuação. Tratando-se da Grécia espero uma atuação cativante e suficiente para lutar por um 10º lugar na semifinal.
André Pereira - Talvez uma das piores músicas que a Grécia já levou á Eurovisão. Gosto bastante dos sons mas gosto ainda mais da letra! A música torna-se confusa com as mudanças dos sons no instrumental e perde toda a piada, mas acredito que com uma excelente performance se torne mais interessante. Não há muito mais para dizer sobre esta canção, e claro passa à final, porque é a Grécia.
4 pontos
Daniel Fidalgo - A canção não é propriamente uma obra de arte, mas também não é o desastre que muitos afirmam ser. Nunca é demais ouvir a musicalidade grega na Eurovisão e é este elemento chave que torna Utopian Land numa boa aposta. Sinceramente, já vi a Grécia na final com canções bem mais fracas.
7 pontos
Fabiana Silva - Não é o tipo de música que conquista os fãs de Eurovision – talvez por isso eu tenha gostado tanto de “Utopian Land”. A mistura de rap e elementos tradicionais não é algo novo para os gregos, mas a forma como as duas coisas foram combinadas em 2016 é totalmente diferente de como foi feito em 2011. Não gosto muito do vocal feminino, tanto pelo acento do inglês quanto pelo timbre de voz mesmo – espero que eu seja surpreendida pela performance ao vivo. A Grécia costuma sempre chegar à final, porém tenho minhas dúvidas se Argo conseguirá tal feito.
7 pontos
Fernanda Ribeiro - Adoro música Grega! Conseguiria estar horas a ouvir “Grécia” e as suas bouzoukis, mas, quando misturam rap àquele folk tão melodioso e dramático, criam uma fusão que fica longe de ser perfeita. Já em 2011, com uma fusão que estava francamente melhor, pagaram o preço de não terem sido fiéis à verdadeira Grécia. O Loucas Yiorkas merecia! Se o tivessem feito, teriam subido mais. E, ainda bem que estes “Argo” não têm nada a ver com o filme do Ben Affleck, nem as suas vozes são tão dramáticas. 7 pontos pela parte verdadeiramente Grega.
Hugo Sepúlveda - Quando começaram a surgir detalhes sobre o tema grego, as minhas expectativas, erradamente, subiram. O início do instrumental promete algo que acaba por nunca chegar, no entanto, a mistura de diferentes sonoridades não é má de todo. Gosto do facto de ser uma música bilingue, além do mais disfarça a letra fraquíssima que o tema tem. Acredito que, vindo de um país como a Grécia, poderá ter uma boa apresentação, apesar da música que nos traz este ano.
1 ponto
João Diogo - Mais um tema que começa bem mas que rapidamente (leia-se aos 40 segundos) se perde. Aprecio o facto da Grécia apostar nos seus sons tradicionais mas nem sempre isso resulta. O rap é fraquíssimo, faz-me lembrar o caso de 2011. Não me interpretem mal, eu gosto de um bom rap, tipo o da Bósnia deste ano, mas os gregos têm mostrado que não o sabem fazer. Como um todo, considero a canção fraca e apenas uma apresentação em palco muito bem conseguida pode levar a Grécia até à final. Podemos assistir, pela primeira vez, à queda deste país nas semifinais.
2 pontos
Nelson Costa - Elementos étnicos e folclóricos nos primeiros 30 segundos da canção fazem-nos aplaudir uma viagem por terras distantes. Mas, a partir daí, é tudo pura desilusão. Uma tragédia grega! Quem diria, na primeira década do século XXI, que a Grécia iria fazer experimentalismos para a Eurovisão? A qualificação só será possível com uma estonteante performance no palco de Estocolmo.
3 pontos
Patrícia Gargaté - Eu fico maluca com estas misturas da Grécia! Para além da língua grega ser lindíssima tenho um "je ne sais quoi" por hip hop em grego (saudades Stereo Mike!). Para além de tudo isto estou muito curiosa com a apresentação em palco, que é sempre um ponto positivo do país, espero que este ano não desiluda. Claramente prejudicada na ordem de atuação esta "Utopian Land" merecia sem sombra de dúvida uma passagem à final. Dica para Estocolmo: Por favor, algo que nos faça sentir o que é dito em inglês e em grego! É urgente uma performance interativa com muito folk.
12 pontos
Pedro Fernandes - Creio que este será o ano em que a Grécia vai perder o seu mui honroso
estatuto de ser um dos poucos países a nunca ter falhado uma Grande
Final do ESC, desde a introdução do sistema das semifinais. A canção até
começa de uma forma bastante interessante com uma instrumentação
grega, não deixando enganar de que país vem esta canção, no entanto a
excitação com o tema fica-se por aqui, desapontando até a partir do
momento que começam a ser cantadas as primeiras palavras. O rap na
canção é um tremendo golpe para uma proposta que já era má mesmo
sem ele. Contudo temos de ter em conta que a Grécia costuma
surpreender (e muito!) com as suas apresentações em palco, mas
avaliando apenas a canção, é seguramente a proposta grega mais fraca
do século XXI até agora.
3 pontos
Rui Ramos - Grécia Grécia, que saudades me dás das tuas divas dominantes no palco e com as rimas básicas mas que nos prendiam às suas performances e aos seus movimentos de anca.
Nesta música apenas gosto do instrumental inicial. Não consigo gostar da voz da rapariga muito menos da combinação dela com o rap grego. Não me cativa nada e ainda bem que atua em segundo lugar nesta semifinal. Talvez me faça esquecer disto!
Apesar de ser uma proposta grega, o que todos nós sabemos o que significa, aguardo uma não passagem.
0 pontos
Sérgio Rego - A Grécia apresenta-nos este ano uma das suas mais fracas propostas de sempre. Uma canção amadora, com produção amadora e interpretada por uma banda amadora. Lamento, mas não são os sons étnicos que salvam esta canção pois o refrão é demasiado básico e repetitivo. Até as vozes são fracas. Arrisco-me a dizer que a Grécia fica pela semifinal pela primeira vez e será merecido.
2 pontos
Total: 54 pontos
Atenção: Os textos da Fabiana Silva encontram-se em português do Brasil dada a origem da comentadora.
De facto, a Grécia tem estado bastante aquém nos últimos anos e esta proposta não foge à regra. O rap é muito chato, e o refrão também não é grande coisa. Se já na versão estúdio se nota algum desafinanço, o que esperar da versão ao vivo... Acho que é desta que a Grécia fica de fora da final, até porque está a concorrer com muitas músicas de grande qualidade.
ResponderEliminarEsta música começou a ser o meu fruto proibido mas fica aquém de muitas músicas!
ResponderEliminar3 pontos
Não queria nada assistir a uma tragédia grega este ano, porque gosto da pronúncia dos helénicos e dos seus sons regionais, mas estou exatamente neste momento a lembrar-me da correria louca do bielorusso que num passado recente redundou num completo fracasso.Mas não, creio que não será pura utopia passarem a linha dos vencedores. Dou 5 pontos.
ResponderEliminarQue fiquem com a utopia deles. A realidade vai apanhá-los. Apanhá-los fora da Final.
ResponderEliminarNem as sonoridades étnicas (que tanto aprecio) salvam esta proposta pobre - 3 pontos (e não passagem à Final, tal como a Finlândia e a Moldávia)
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