Olhares sobre o FC2017: Andamos no Céu (Helena Kendall)


Tema: Andamos no Céu
Intérprete: Helena Kendall
Compositor: João Só
Letra: João Só



Aaron Garcia-Alvarez: Tudo na Helena me chamou a atenção: o olhar, a sua postura em palco e a sua voz. É como andar no céu, caminhar por esta melodia a qual talvez o seu único problema seja o facto de ser muito linear. Poderia dar mais, contudo, ficou-se pelo correto. Talvez na primeira semifinal pudesse ter feito muito mais, mas nesta ficou talvez a brilhar menos do que poderia ter brilhado. 6 pontos

Eurico Alves: No meio de todas as canções nota-se ao longe que é composta pelo João Só, fiel ao seu estilo, e mais uma vez não nos deixou ficar mal. Um trovador sincero e simpático com a sua guitarra a encantar corações, mas desta vez foi a Helena Kendall que teve a tarefa de transparecer isso. Mais uma canção muito boa mas que não é para o ESC. Ah e tal mas no ESC há sempre surpresas… sim há, mas uma coisa era isto ser cantado pela Suécia ou pela Rússia, outra coisa é Portugal para o qual já se olha com desconfiança, por isso se queremos ter futuro temos de chegar lá com força e sem margem para dúvidas. 3 pontos

Fabiana Silva: Helena tem um timbre grave muito bonito, porém, sinto falta de segurança na execução das notas, prejudicando a afinação em alguns momentos. Sua canção, apesar de ter um estilo agradável e que a deixou relativamente confortável, é totalmente imemorável. Após escutá-la inteira, você já não lembra mais de nada do que ouviu. A forma como a apresentação foi realizada, apenas com ela e o violão, não colaborou para que a entrada tivesse algum destaque durante a semifinal. 3 pontos

João Diogo: Esta é a melhor participação de João Só, no festival, até à data. Música girinha, muito ao seu estilo, que serve na perfeição para música de fundo em ambientes românticos. Mais do que isso? Provavelmente não. Mas, ainda assim, deveria ter passado à grande final. Fiquei fã do timbre da Helena Kendall e espero ouvi-la na rádio no futuro. 6 pontos

Luís Florindo: Se esta canção tivesse aberto o Festival, à semelhança de Márcia na primeira semifinal, a audiência teria baixado drasticamente. Se esta canção passar para as rádios, apelo aos automobilistas para não adormecerem ao volante. João Só já tinha sido autor de um "desastre" ao ter-lhe sido atrelado Carlos Costa no Festival da Canção 2012. A presença de João Só em contexto de Festival continua sem sucesso. 2 pontos

Nelson Costa:  Finalmente, à terceira foi de vez: João Só apresentou, na sua terceira participação no Festival da Canção, uma canção “à sua moda”. Esta sim, foi fiel ao seu estilo de compor e até de interpretar. Escolheu muito bem a sua intérprete, Helena Kendall, uma voz singular, um timbre fora de vulgar e que merece saltar do anonimato para as luzes da ribalta. Penso que a cantora poderá singrar neste mesmo estilo nas rádios, nas bandas sonoras das telenovelas e nos tops nacionais. Contudo, e voltamos aos velhos pressupostos que nem sempre são compatíveis: tratando-se da seleção nacional para o Festival da Canção, o tema a concurso deve ter algo impactante e que nos fique na memória depois de ouvirmos todo o desfile de canções para termos o impulso de votar. 5 pontos

Nuno Carrilho: Depois de duas tentativas "menos conseguidas", João Só regressou ao Festival da Canção este ano com um cunho mais pessoal, algo que me deixou com o pé atrás... Contudo, bendita a hora em que tomou essa decisão. É, sem dúvida alguma, a melhor composição que enviou ao concurso e uma das melhores da edição. Helena Kendall, um dos rostos menos conhecidos a concurso, defendeu muito bem a proposta e merecia, sem dúvida alguma, figurar no lote de finalistas. Atrevo-me a dizer que é uma das mais injustiçadas da edição. Destaco ainda o figurino utilizado: de longe um dos melhores da noite. 8 pontos

Patrícia Gargaté: A voz da Helena surpreendeu-me muito e gostei de a ver a interpretar este tema. Faltou-lhe força para se destacar numa semifinal onde existiam outros temas que foram muito melhor "agarrados" em palco. O João Só finalmente mostrou algo que faz bem e acho que isso foi muito positivo. Sem dúvida um tema que pode muito bem passar em rádio, contudo está muito longe destas lides festivaleiras (e com isso não me refiro só a música alegre e pop, atenção!). 5 pontos

Pedro Coelho: Igual a tantas outras do João Só, é uma música que pode servir para embalar casais românticos da ficção nacional ou mesmo da vida real. Queridinha, simpática, vai fazer um figurão em encontros de grupos de jovens. E provavelmente no meu Spotify. Afinada e certinha, mas demasiado discreta e pouco original para ser o que precisamos aqui. Porém, sublinho, merecia muito mais ter passado que a canção da Lena D'Água. 5 pontos

Raquel Costa:
Desculpem... adormeci. 3 pontos

Rui Lavrador: João Só levou uma balada ao festival para ser interpretada por Helena Kendall. Andamos no Céu foi interpretado de forma sóbria mas não totalmente explorado. Voz afinada e ligeiramente rouca, suave e que merece ser acompanhada de perto. 5 pontos

Rui Ramos: Não conheço nada da Helena, mas ao ouvi-la, no domingo, fiquei curioso. Teve das melhores interpretações da noite. Cantou uma música de João Só que, para este festival, decidiu levar a sua marca. Talvez tenha pecado por isso mas, assim, não deixou de nos brindar com este belo momento. Acredito muito no sucesso desta música nas rádios! PS: menos é mais e a Helena foi a mais bem vestida da noite! 6 pontos


Total: 57 pontos
Nota: Os comentários de Fabiana Silva estão escritos em português do Brasil dada a origem dos autores.

1 comentário:

  1. Merecia claramente presença na final. Era a vontade do público que lhe deu o 3º lugar mas que o júri impediu. Sinceramente custa-me a entender os critérios daquele júri multifacetado.

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