Olhares sobre o FC2017: Primavera (Celina da Piedade)


Tema: Primavera
Intérprete: Celina da Piedade
Compositor: Celina da Piedade, Alex Gaspar
Letra: Celina da Piedade, Alex Gaspar



Aaron Garcia-Alvarez: É mesmo Portugal, alegre e musicalmente perfeita por ter o som popular e diferente que no festival, às vezes, fica pelo caminho. Poderíamos dizer que é uma musica ao estilo Todas as Ruas do Amor versão 2.0. Cheia de cor e que poderia dar muito de si com uma boa realização. É um acordar dos sentidos que poderia levar a Portugal a uma grande final em Kiev. 12 pontos

Eurico Alves: Esperava-se e de facto obteve-se alegria, marcou pela positiva e seguiu sem problema até à final. Ainda assim espero uma nova versão mais forte que poderia começar por uma orquestração mais intensa. Nunca se sabe qual o critério dos jurados mas sabe-se que costumam achar imensa piada a tudo o que transparece portugalidade, mas lá fora não se quer portugalidade, quer-se mundo! Ah e tal a Lúcia Moniz safou-se muito bem, sim é verdade, mas foi há 20 anos, o sistema de voto era diferente, o contexto era diferente, não há comparação possível. 4 pontos

Fabiana Silva: É com algo mais ou menos assim que eu queria que Portugal voltasse ao Eurovision: uma melodia cativante, que não poderia ser mais portuguesa, uma letra positiva e uma apresentação alegre e colorida. Sinto falta de alguma dinâmica no arranjo, que fizesse com que a música se tornasse mais interessante no seu minuto final, que trouxesse alguma surpresa aos telespectadores. Também não sei se sou tão fã da voz de Celina, para mim ela não soa com tanta firmeza. 7 pontos

João Diogo: Quando ouvi Primavera, pela primeira vez, disse logo que iria vencer esta semifinal sem dificuldades. É a típica música que o júri de sala do FC iria adorar e que o público também não fica indiferente. Ainda assim, teve muito mais impacto no estúdio da RTP do que em casa, pois a mudança que se dá no ritmo da música é mais sentida. A Celina poderá ser a surpresa do Festival da Canção 2017 e prevejo que fique muito bem classificada. 6 pontos

Luís Florindo: Vejo facilmente este raio de sol em forma de canção a conseguir a passagem de Portugal à final, num ano que se apresenta até agora com canções sérias e cinzentas. Ouviu-se no aplauso em estúdio e na pontuação mais elevada da noite na combinação de júri e televoto. Esta canção tem laivos de Todas as Ruas do Amor, representante portuguesa em 2009, e é um crowd pleaser. Apesar do palco com espaço limitado a cauda do vestido traz um colorido e uma componente visual que a Eurovisão costuma apreciar. 8 pontos

Nelson Costa:  Celina da Piedade foi fiel ao seu registo folk, como boa embaixadora que é das nossas tradições e do cancioneiro popular. E porque ainda há, infelizmente, muita gente que não conhece a Celina da Piedade como compositora e intérprete, esta sua participação no Festival pode-lhe trazer um novo público. Pelo menos, espero que sim. Primavera tem um instrumental muito rico, uma musicalidade tão nossa e que eu, pessoalmente, gosto muito de ouvir. Faltou, contudo, um coro que desse mais corpo à voz da Celina. Em termos de impacto visual, eu substituiria dois dos músicos por dois bailarinos populares. A cauda comprida do vestido foi uma boa ideia, mas mal explorada em televisão. 8 pontos

Nuno Carrilho: Há muito tempo que sou fã do trabalho da Celina da Piedade, mas mentiria se dissesse que a veria a singrar no Festival da Canção... mas singrou e bem! Com um tema bastante animado e inspirada do "meu Alentejo", Celina ameaça mesmo levar as planícies alentejanas a Kiev. A interpretação pode melhorar e a ideia do vestido poderá ser melhor utilizada na grande final. Independentemente do resultado, Primavera ficará durante muitos anos na lista das minhas músicas favoritas do Festival da Canção! 12 pontos

Patrícia Gargaté: Este tema destacou-se pela alegria e por uma interpretação contagiante, excelente para o festival mas penso que pouco forte para a Eurovisão. Reconheço que tem lugar na final mas na minha lista está fora da corrida à vitória. Ainda assim, é revigorante assistir a temas assim, um cheirinho a tradicional sem ser aborrecida. Well done! 6 pontos

Pedro Coelho: É a nossa entrada étnica deste ano. É uma quota que é obrigatória de cumprir no Festival da Canção e que agora coube à Celina da Piedade. Não sabemos se vale a pena voltar a insistir na mesma receita que utilizámos com Lúcia Moniz, Alma Lusa ou Flor-de-Lis. Primeiro porque passaram alguns anos desde aí, depois porque fica claramente abaixo de qualquer uma dessas tentativas. Principalmente na interpretação vocal, que esta noite foi escondida, insegura, tremida. 4 pontos

Raquel Costa: Esta ou se ama ou se odeia. A mim, enerva-me. Não pela música em si nem pela Celina da Piedade (impecável a voz e a presença em palco) mas pela presunção de se achar que basta fazer um remake de O Meu Coração Não Tem Cor para conseguir um bom resultado. Chega! Isso foi em 1996. Já passou. 6 pontos

Rui Lavrador: Celina da Piedade trouxe uma fresca, portuguesa e apaixonada Primavera ao Festival da Canção. Tema bem escrito e composto por Celina, em parceria com Alex Gaspar, e que ao vivo resultou em pleno. Numa função mais pedagógica serviu para o público culto do Festival saber o que é uma viola campaniça. Só por esse facto valeu a pena, mas este foi claramente dos melhores temas da noite. 12 pontos

Rui Ramos: Outra vez: Primavera. Que originalidade. E depois: unidos não estamos sós, e vem abril e temos liberdade na voz... E já não se aguenta com este género de letras. O único ponto positivo desta atuação é o instrumental. Não sou fã do timbre da intérprete e não gostei da cauda à lá Joana Vasconcelos. Celina é mais uma que estará no coliseu a lutar pelo 3º lugar. 4 pontos


Total: 89 pontos
Nota: Os comentários de Fabiana Silva estão escritos em português do Brasil dada a origem dos autores.

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