[Olhares sobre o FC2021] NEEV - "Dancing in the Stars"


Intérprete(s): NEEV
Tema: Dancing in The Stars


Alexandre Lopes - Acho que Portugal nunca esteve tão perto de mandar pela 1ª vez, uma música completamente em inglês à Eurovisão, como está neste ano. “Dancing In The Stars” é a melhor proposta em inglês que passou até agora no Festival (desde que foram permitidas as músicas em inglês em 2017). Uma música sentimental e que se mantêm em linha ao trabalho do NEEV nos últimos anos. No entanto, apesar de gostar da música (é uma das minhas favoritas) confesso que a atuação ao vivo não me agarrou como na versão estúdio. As semelhanças com “Arcade”, em termos de staging, são notórias, sim. Mas a atmosfera da canção pede isso. O staging precisa de ser melhorado, é um facto. O jogo de luzes não foi eficaz, mesmo algumas vezes, mal utilizado até, em certos pontos da atuação. A atuação do NEEV foi boa, não se pode negar isso, mas foi demasiado calculado, isto numa canção intimista e emocional, neste aspeto faltou carisma e contacto com a câmara para tornar a atuação emocionante. Apesar dos aspetos menos positivos, que poderão ser facilmente melhorados para a final, continuo a achar que esta é, até agora, a melhor proposta em inglês no Festival desde 2017. Acho que poderá ter hipóteses à vitória, mas só mesmo se melhorar a atuação da semi-final.

8 pontos


Cláudio Guerreiro - Que vocais bonitos! Aquela entrada é tão difícil, mas foi tão bem feita e de forma tão bonita que quase me fez ficar sem palavras. Na canção com mais apelo internacional de todo este festival, Neev mostra-nos claramente que é alguém cujo percurso artístico devemos manter em vista. Quanto à atuação, nunca a RTP fez tanto com tão pouco, apresentando a iluminação e os planos de câmara no ponto certo para algo que é interpretado ao piano. Caso venha a ser a escolhida, existe apenas um ponto a ser trabalhado: a conexão com as câmaras. Bem sabemos como um bom olhar para os espetadores também ajuda a passar a mensagem e a fazer a diferença na hora de votar.

10 pontos


Emanuel Filipe - Penso que é uma boa balada, gosto imenso do timbre do Neev, e penso que foi uma actuação muito bem conseguida, claramente merecedora de uma final. Contudo, não vejo ali nada de transcendente ou motivo tanta euforia. Grande parte do entusiamo deve-se ao facto de ser algo diferente no âmbito do Festival da Canção. Numa outra final nacional teria metade do impacto. Não é o meu vencedor, é o meu quinto lugar, mas em caso de vitória sempre se evita a usual toxicidade de muito seguidor do Festival da canção no pós resultados. Há que olhar sempre para o lado positivo da coisa. 

8 pontos


Gabriel Ribeiro - Depois dos ensaios, falava-se da falta de originalidade do NEEV para interpretar esta música. Na verdade, não há muito que se possa fazer com um tema tão calmo e romântico como este. O piano, neste caso, fez todo o sentido. O jogo de luzes esteve bem, mas mesmo assim sinto que faltou algum ingrediente – talvez por ter tido muitas expectativas em relação à interpretação. Gostava que se alterasse alguma coisa para a final, de forma a criar mais impacto na performance.

10 pontos


Gonçalo Canhoto - 
Fazendo jus à expressão: o melhor ficou mesmo para o fim. NEEV conta-nos uma história comovente e nostálgica, que se molda de modo perfeito a um instrumental dramático, intenso e bem orquestrado. Quando a escutei pela primeira vez foi impossível ficar-lhe indiferente e destacou-se instantaneamente de entre o lote de concorrentes desta edição do Festival da Canção. Considero “Dancing In The Stars” como a proposta com maior apelo internacional e a mais bem preparada para chegar ao público europeu. O uso da língua inglesa é um “não assunto” e quero acreditar que não será obstáculo aquando da votação. Em palco, o NEEV foi bastante competente e as expetativas foram cumpridas. Todavia, gostaria de destacar o péssimo trabalho da realização na pausa para instrumental – ainda que, globalmente, não perca o seu brilho, no momento de maior tensão da performance a solução é AQUELE jogo de luzes? Incompreensível. Em síntese, “Dancing In The Stars” é a canção mais bem cotada a concurso, sendo uma justa vencedora do direito de levar as cores portuguesas a Roterdão. 

12 pontos

Hugo Sepúlveda - E a fechar o alinhamento, o tão aguardado Neev! “Dancing in the Stars” é uma das canções das quais não me importo que vá a Roterdão! É bonitinha e no que toca ao staging, correu bem, especialmente aquela parte mais apoteótica! Dispensava a velinha, apenas! A única coisa que falhou, para mim, foi não me transmitir nada. Tal como com “Por um Triz”, acredito e espero que na final tragam aquele “wow” factor que me convença por completo! Tendo em conta que Neev deve ter tido os 10 do televoto, reforço que provavelmente vai ser o júri a “decidir” o vencedor, na medida em que tanto Neev, como Carolina, vão disputar o top2 do televoto! A não ser que algum plotwist nos surpreenda a todos! 

10 pontos


Inês Cipriano - Tão bom! Se é para mandarmos baladas, que sejam baladas como esta! É linda! A letra, a orquestração, a voz do Neev, tudo encaixa tão bem... A atuação também foi muito bem conseguida. Estava curiosa para ver como iam encenar a ponte instrumental, e penso que aquele jogo de luzes funcionou muito bem. A única coisa que tenho a apontar é a falta de interação com a câmara, gostava de ter visto a cara do Neev pelo menos uma vez. Espero que os portugueses consigam perder o preconceito linguístico e permitam que este tema chegue longe. Adorava ver “Dancing in the Stars” em Roterdão, independentemente da língua. 

12 pontos
 

João Diogo - Um dos nomes que mais prometia a quando do anúncio de compositores e não defraudou. Neev traz-nos uma canção bem a sua maneira, com uma magia capaz de arrepiar. A sua interpretação é magnífica e acrescenta ainda mais a todo este ato. Não tenho qualquer problema com a língua da canção e ficarei muito contente se sair de sábado como a grande vencedora. A única coisa que precisa de melhorar é a interação com as câmaras, é preciso namorá-las para as pessoas lá em casa sentirem mais esta canção.

10 pontos
 

João Vargas - Foi sem dúvida, a melhor forma de fechar as atuações da segunda semifinal. Por onde começar? "Dancing In The Starts" é um tema com uma letra fantástica , que me toca particularmente. Toda a construção musical está perfeita e o instrumental é simplesmente maravilhoso. Neev tem uma das melhores vozes desta FC, e canta com tanta sensibilidade e com tanta emoção, que é impossível não nos emocionarmos. Isto é ser artista. Foram 3 minuto de pura arte e e emoção. O staging foi de encontro ao que a canção pedia. Para a final, apenas alterava as luzes azuis, por cores mais quentes e o dress code um pouco mais claro para se poder destacar um pouco mais no palco. Claramente que temos aqui a canção que merece representar Portugal em Roterdão. Não me canso de a ouvir, pois "Dancing in the stars" é uma canção ao qual me conectei muito emocionalmente.

12 pontos

 
Nuno Carrilho - Eu, que sempre fui anti-canções em inglês no Festival da Canção, aprendi, este ano, que há canções que fazem sentido em inglês no concurso. "Dancing in The Stars" é um destes exemplos! Uma grande canção que tem muito potencial... que infelizmente não foi refletido em palco. É uma das grandes favoritas e, caso ganhe, será uma digna representante de Portugal na Eurovisão. Contudo, por mim, não será a vencedora...

8 pontos
 
 
Patrícia Gargaté - Confesso que esperava um maior dinamismo e relação entre o intérprete e a câmara. Esta canção pedia um envolvimento maior com a performance, o que acredito que possa ser melhorado na final. A nível vocal o Neev é impressionante e apresentou-se de forma irrepreensível. Acredito que este tema possa ser um dos favoritos na final e merecidamente. Estamos a dar passos largos para uma evolução musical na Eurovisão contudo acredito que ainda estamos um passo atrás. Para que compreendam proponho um exercício: experimentem imaginar esta canção num país que costuma ser forte na Eurovisão. Em que posição estaria no vosso top? Remato com o inevitável: Dancing in the stars é uma boa canção muito bem interpretada e o exemplo a seguir em próximos festivais. 
 
12 pontos


Pedro Caramba - Outra das grandes candidatas à final. E, em termos pessoais, a canção mais bem conseguida das duas semifinais. Uma letra bem construída, sobre um amor que foi interrompido drasticamente. Uma interpretação de qualidade superior, muito ao estilo do Neev. Faltou interacção por parte do cantor com as câmaras. De resto, tudo praticamente perfeito. Destaco o jogo de luzes, que esteve brilhante. Trocava a vela por uma máquina de fumo a simular nevoeiro e velas espalhadas no palco. Sinceramente, a candidatura que nos poderá representar com muita dignidade em Roterdão. 

12 pontos


Ricardo Matias - Na minha opinião, a melhor performance da noite, só passível de ser comparada com a da Carolina. Um dos melhores instrumentais, a balada mais comercial e pop, e tal como Neev pretende, a transmitir para bandas sonoras de filmes de Hollywood, o que só por si é de louvar e é de facto transmitido pelo espetacular jogo de luzes (um dos melhores deste ano), e pela performance algo intimista mas correta do Neev. Contudo, perante uma canção que na minha opinião se entende algo genérica (no sentido de poder ser cantada por outros países, perdendo assim a sua identidade nacional), peca por não ser cantada em português (ou no mínimo por ter algum(s) verso(s) em português). Desejo as maiores felicidades, e acredito que vamos ouvir falar muito do Neev em breve.

10 pontos
 

Ricardo Rodrigues - Foi o melhor da noite, disso não há dúvidas. O único artista que pensou nisto não só para o palco do Festival da Canção mas já no de Roterdão da Eurovisão. É uma atuação que há pouco a apontar: voz irrepreensível, um jogo de luz muito bem aproveitado e o clássico piano para ajudar na pintura. A única questão que temos de ter em conta é que algo muito semelhante foi feito em 2019 e, por acaso, ganhou. As semelhanças com a atuação do Duncan Laurence na Eurovisão de 2019 são algumas e suficientes para que a canção possa sair prejudicada junto dos fãs que gostam de rotular canções como “Arcade 2”. Ou seja, ao mesmo tempo que penso que resultou muito bem para o palco do Festival da Canção e que se assume como uma clara favorita da vitória, o Neev tem também de ter cuidado em levar este staging para Roterdão caso ganhe no próximo sábado. Além de tudo isto, foi sem dúvida o momento da semifinal e aquela que mais me colou ao ecrã da televisão.

10 pontos

Total: 144 pontos

1 comentário:

  1. Eu acho que o júri não se vai distrair. Não é hora de distrações e devaneios quando se tem pela frente uma obra de arte como esta. Ganhando aqui no nosso festival não quer dizer que o mesmo irá acontecer na Eurovisão, mas pelo menos podemos dizer que apesar de sermos o país mais desastroso a evitar o alastramento de doenças contagiosas não deixamos escapar uma grande oportunidade de mostrar as obras-primas que por cá se fazem. Para o Neev e a sua bela cantiga deixo aqui os meus 12 pontos.

    ResponderEliminar