[Olhares sobre o FC2021] Sara Afonso - "Contramão"

 

Intérprete(s): Sara Afonso
Tema: Contramão


Alexandre Lopes - “Contramão” é um tema intrigante. A semelhança de outras canções deste festival, é uma das músicas em que é preciso de ouvir várias vezes para se perceber a verdadeira essência da canção. “Contramão” acabaria por ser a grande surpresa desta semi. Enquanto houve músicas que não conseguiram aproveitar da melhor forma as caraterísticas do palco, “Contramão” conseguiu aproveitar essas caraterísticas ao máximo e transportar-nos para um diferente mundo, um mundo criado pela Sara Afonso, onde somos todos convidados e podemos apreciar toda a beleza ao nosso redor. A música ganhou outro nível na performance ao vivo, o jogo de luzes é magnífico, faz-me lembrar a “Undo” da Sanna Nielsen e a presença de palco da Sara é muito cativante, do início ao fim. O background “dreamy” acaba por combinar muito bem com a musicalidade da música. Um tema doce, com sensibilidade e muita entrega da Sara fizeram merecer inteiramente a passagem à final. Acredito que tanto o júri como o público valorizaram bastante esta canção e acredito que esta canção não vai ficar nos últimos lugares da final.

10 pontos


Cláudio Guerreiro - É doce, fofinha, tem também ali um certo toque romântico. Se estivéssemos num concerto era apagar as luzes, acender as lanternas dos telemóveis, levantá-los no ar, abanar os braços e estava feito. Mas é apenas isso que me passa. Ainda assim, é aquele caso em que uma atuação minimalista resulta perfeitamente. Ganha pela simplicidade, mas peca por ser pouco memorável. 

4 pontos


Emanuel Filipe - Sublime. Sempre esteve entre as minhas favoritas, mas não deixou de me surpreender, é daquelas atuações em que não mudava nada. A iluminação estava perfeita, e aquele jogo de luzes a meio da música é tão bom que até me custa a crer que aconteceu no Festival da Canção. Peço desculpa, mas as coisas são como são. Adoro a leveza, o cuidado, a sensibilidade na interpretação da Sara, que esteve impecável, quer a nível visual, quer a nível vocal. O instrumental é fantástico, mas o que mais me liga à música é mesmo a letra, que considero ser uma das melhores a concurso. Não sendo o meu  primeiro lugar, é uma proposta que me deixaria orgulhoso.

12 pontos


Gabriel Ribeiro - As expectativas estavam altas. Não era a minha música preferida e nem dei por ela neste desfile de atuações. É inegável a qualidade musical de Filipe Melo e de Sara Afonso. Um jogo de luzes que favoreceu a canção, mas que, mesmo assim, ainda lhe falta alguma coisa.

8 pontos


Gonçalo Canhoto - 
Sara Afonso apresenta-nos um tema meigo e despretensioso, com o que considero ser um dos poemas mais bem concebidos da edição de 2021 do Festival da Canção. Em palco construiu-se uma atmosfera intimista, que beneficiou de um excelente jogo de luzes e da doçura e da fragilidade transmitidas pela intérprete ao longo de toda a atuação. Um exemplo clássico onde a simplicidade foi a chave para o sucesso e não faria absolutamente qualquer alteração para a sua apresentação na Final. Julgo que alguma concorrência terá argumentos mais fortes no que toca à competição, mas seguramente não fará má figura no derradeiro dia do Festival. 

8 pontos


Hugo Sepúlveda - Continuando a saga do “fazer muito com pouco”, Sara Afonso foi outra que mostrou saber muito dessa arte! Tirando partido da subtileza e do simples, Sara Afonso parece ter seguido bem direitinha à final! Se noutras achei que podia chegar à final, aqui foi o oposto! Pensei que não iam dar valor! Não sei se musicalmente seria a melhor aposta para Roterdão, no entanto estamos presentes perante qualidade e uma belíssima interpretação! Acredito que vá ficar numa boa posição, na final!

7 pontos


Inês Cipriano - “Contramão” foi uma das canções que me despertou mais interesse ao vivo do que na versão de estúdio. Teve o melhor palco da noite, muito simples mas eficaz – o jogo de luzes e a iluminação estavam excelentes e encaixaram muito bem na melodia. Já a música em sim, apesar de ter vindo a gostar mais, não é das minhas favoritas. É um tema bonito e relaxante, mas não é algo que me apeteça ouvir regularmente e não acho que seja o ideal para nos representar lá fora.

6 pontos
 

João Diogo - "Contramão" é uma das canções com mais sucesso desta edição do Festival da Canção. Apesar de não ser uma das mais faladas e vistas no YouTube, é das poucas que já toca frequentemente nas rádios, incluíndo as mais ouvidas como a Comercial. É uma canção com bastante qualidade e uma boa interpretação, muito ao estilo daquilo que se espera de Portugal. Cumpre todos os requisitos para agradar ao júri e a uma boa parte do público. Poderá estar na luta pela vitória mas não sei se será suficiente para vencer. A apresentação em palco não podia ser mais simples mas a canção também não pede muito mais.

7 pontos
 

João Vargas - Apesar se não ser dos maiores fãs de "Contramão", tinha um feeling que este tema iria ser finalista e ocupar um dos lugares na final a um dos meus favoritos. Sara tem uma voz muito doce e bonita e uma conexão forte com a canção. Pessoalmente, fiquei sempre a espera de mais e não me impactou como pretendia. No conjunto, achei o Dress Code e staging muito escuro. Assim como a Fábia Maia, também pode estar aqui o "Dark Horse" desta edição do FC

5 pontos

 
Nuno Carrilho - A canção pedia emoção: a Sara deu emoção. A canção pedia voz: a Sara deu voz. Aliás, tudo o que a canção pedia, a Sara deu. Um momento lindo no Festival da Canção, onde tudo foi perfeito e de uma qualidade estratosférica. Mereceu, sem dúvida alguma, o apuramento para a Grande Final e não me surpreenderia se fosse a vencedora da semifinal. Se é adequada para a Eurovisão? Não sei, mas iriamos muito bem representados.

10 pontos
 
 
Patrícia Gargaté - Um dos casos em que menos é mais, tudo correu bem nesta performance. A imagem ingénua e inocente da Sara caiu como ouro sobre azul no contexto. Senti autenticidade em tudo o que foi cantado. Este tipo de temas fazem muita falta ao Festival da Canção para marcar um selo de qualidade... Claro que questiono o seu sucesso na Eurovisão, mas acredito mais nesta como uma proposta para consumo interno que para fora. 
 
8 pontos


Pedro Caramba - Para mim, uma grande surpresa. Esta foi daquelas músicas que, desde a primeira vez que a ouvi, me conquistou. Excelente interpretação. A voz da Sara encaixou perfeitamente na melodia do Filipe Melo. Destaco também as luzes em palco, que criaram uma atmosfera bonita à interpretação.

10 pontos


Ricardo Matias - Para mim, a grande surpresa da noite. Apesar de ser uma canção calma, é de tal forma terna e doce, extremamente bem interpretada pela Sara Afonso, e que mais se assemelha a uma performance à la Salvador Sobral, o que é um ponto bastante positivo e de louvar. Não sei se destacará na Eurovisão se vencer o Festival da Canção, mas é uma canção que tem todos os fatores para se destacar na industria musical portuguesa. Para mim é a dark horse deste ano, sendo justa a sua passagem para a final.

8 pontos
 

Ricardo Rodrigues - Esta canção tem um instrumental brilhante. Sempre foi das que tive mais curiosidade desde o seu lançamento na sua versão de estúdio. A Sara Afonso foi incrível na colocação da voz e nas melodias que criou com ela. Uma canção imensamente bonita e quase que dá vontade de a ouvir de olhos fechados a deambular pela nossa imaginação. E na verdade se tivéssemos fechado os olhos nem que perderíamos muito, já que o staging foi inexistente. Acho que a canção tem imenso potencial (até quiçá Eurovisivo), mas que a performance em palco tem de ser totalmente repensada. É pelo seu potencial que me desilude ver o palco completamente despido e sem nada a acontecer por mais de 3 minutos, além do trabalho feito com a iluminação ter sido muito interessante.


7 pontos

Total: 110 pontos

2 comentários:

  1. Acho esta canção muito bonita e maravilhosamente interpretada. A música é um mimo, muito melodiosa e ao mesmo tempo sentimemntal, a letra é muito espirituosa de um romantismo que em vez de ser exacerbado torna-se antes gracioso em que o próprio título dá o mote. O ambiente criado à sua volta de uma noite fortemente estrelada acentua o lirismo que a composição pressupõe logo à partida. Para esta grande presença que nunca me passou despercebida aqui deixo os meus 12 pontos.

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  2. É a única pérola que acontece no FdC desde 2017. Não se parece absolutamente com qualquer outra canção anterior, apesar de ser classy-indie-valsa. Pode ser a vencedora se o júri for competente, pois supostamente é essa a obrigação que lhe cabe, até para poder atenuar o voto de rebanho, o voto dos fãs-só-porque-sim, o voto amanhado (existe sim).

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