[OLHARES SOBRE O ESC2021] Portugal

Portugal

Intérprete(s): The Black Mamba

Tema: "Love Is On My Side"

André Almeida - Chegamos ao nosso tão nobre e leal Portugal. Mentiria se dissesse que este vai ser um bom ano para nós na Eurovisão. Infelizmente, penso que esta maré de maus resultados desde a nossa vitória em 2017 não vai mudar este ano. Mas porquê? Existe algo de errado com a canção? A verdade é que não. “Love is on my side” é uma música decente, adoro ouvi-la na rádio, a voz do Tatanka é irrepreensível, tudo parece estar no ponto. Contudo, sinto que a canção não é capaz de ser competitiva na Eurovisão. Caso exista um bom investimento na cenografia e se aposte bastante na diferenciação da nossa proposta em palco, é possível uma passagem à final. Caso isso não aconteça, seguindo-se o mote de “quanto menos melhor” que tem vindo a ser apregoada desde 2017, não vejo ser possível a presença dos The Black Mamba no palco da Eurovisão dia 22 de maio. A fórmula da simplicidade não funciona sempre.

Posição no ranking de André Almeida: 23

Cláudio Guerreiro - Lamentavelmente, a minha opinião sobre “Love is on my side” não melhorou desde o Festival da Canção. Reconheço toda a qualidade instrumental que o tema apresenta, assim como a bonita história que deu origem ao tema, mas a única coisa que me consegue prender aqui é mesmo a voz do Tatanka. Acredito que é precisamente nesse fator vocal que residem as principais hipóteses de passagem de Portugal. Além disso, está inserida numa semifinal recheada de canções uptempo, o que faz com que os fãs de ritmos mais calmos tenham menos hipóteses para distribuir os seus votos, algo que pode ser uma vantagem para Portugal. Relativamente à atuação, não há mesmo nada a acrescentar, mudar ou a inventar, é seguir a mesma linha.

Posição no ranking de Cláudio Guerreiro: 33

Gonçalo Canhoto - “Love Is On My Side” conquistou uma vitória surpreendente no Festival da Canção e, não obstante não ser a minha favorita de entre o leque das finalistas, reconheço que a representação do país ficou bem entregue. Naquela que é a primeira aposta do nosso país numa canção integralmente em inglês, decidimos mostrar à Europa o significado de elegância e de classe. Tatanka é um vocalista irrepreensível e já nos mostrou o que é capaz de fazer ao vivo – a meu ver, podemos orgulhar-nos de levar a concurso a melhor voz masculina da edição. Todavia, julgo que o soul da canção portuguesa poderá não atingir a generalidade do público. Aliás, talvez fale por mim próprio, já que a considero a típica “canção de elevador” – é agradável ao ouvido, mas não me dou ao trabalho de a procurar. Consequentemente, creio que as aspirações lusitanas estarão seriamente dependentes da resposta dos jurados ao tema, mas o apuramento é uma possibilidade.

Posição no ranking de Gonçalo Canhoto: 31

Hugo Sepúlveda - Sabemos que é um ano atípico quando Rússia e Dinamarca apostam nos seus idiomas oficiais e Portugal traz uma canção totalmente em inglês! A vitória de “Love Is On My Side” surpreendeu tudo e todos e agora reconheço que foi uma escolha muito boa e sensata. O que não é de surpreender é a interpretação de Tatanka, que é sem dúvida o melhor de toda esta proposta. Tendo em conta que nos encontramos numa semifinal tão ritmada, podemos destacar-nos pelo contraste e acredito que a nossa qualificação esteja nas mãos do júri.

Posição no ranking de Hugo Sepúlveda: 26

Luís Coelho - Pela primeira vez na história de Portugal na Eurovisão, iremos enviar uma música totalmente cantada em inglês. O instrumental é lindíssimo e Tatanka apresenta-nos uma das melhores vozes masculinas deste ano. Não faço previsões sobre esta participação, mas espero mesmo que Portugal seja o Dark Horse desta edição e que os The Black Mamba além de chegarem à final, nos possam trazer novamente uma das nossas melhores classificações de sempre.

Posição no ranking de Luís Coelho: 2

Patrícia  Gargaté - Mais um ano que Portugal entrega o seu já habitual selo de qualidade. Os The Black Mamba não foram para muitos os intérpretes óbvios para a Eurovisão mas não acredito que nenhum dos que não foi escolhido tivesse mais mérito. Temos uma canção de qualidade inquestionável, um vocalista com uma potência vocal a perder de vista, uma letra bonita... o pacote perfeito para fazer boa figura. Mais uma vez optamos pelo fazer boa figura, sem pensar muito em resultados. É uma fórmula... opções. Não acredito que no palco de Roterdão haja uma grande mudança relativamente à final nacional. Relativamente a um apuramento: continuo um pouco cética. Mas a esperança é a última a morrer, certo?

Posição no ranking de Patrícia Gargaté: 13

Rodrigo Pinto - "Chocámos meio mundo, e acabámos por também chocar o outro meio". É o que me vem agora à cabeça com aquela questão toda falada durante meses sobre a língua. Mas na arte musical, o que realmente fala é a música. E aí digo que vamos com uma das canções com mais classe do certame. É óbvio que tinha outras preferências com base num dos melhores Festivais da Canção que tivemos, mas no soul: eles são grandes, ENORMES. Não sei ainda muito bem o que achar em relação ao que poderemos ver como resultado - mas desde que eles curtam milhões a experiência, e que esta participação fique marcada na história eurovisiva como merece, já fico contente. Parabéns especialmente pela história inteligente e interessante. 

Posição no ranking de Rodrigo Pinto: 16

 Média de Classificação: 18,03

Melhor classificação: 1

Pior classificação: 33

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Fonte/Imagem: ESCPortugal / Vídeo: Eurovisiontv