Deep Zone & Balthazar (Bulgária) em entrevista em Portugal
Por ocasião da sua visita a Portugal, os Deep Zone & Balthazar acaitaram falar novamente com o escportugal, desta vez ao vivo, numa entrevista feita pelo nosso recente colaborador Vasco da Cãmara Pereira.
Dobr, den kak ste? (olá, como estão?). Dobre li biahte pashreshanati? (Foram bem recebidos cá?)
Olá, bem obrigado! Até agora temos sido muito bem recebidos e tem sido com a maior alegria que estamos cá. Aliás, a nossa vinda a Portugal, bem como a outros países, prendeu-se com o facto de nós e a televisão que representamos querer agradecer de alguma forma os votos que o júri português atribuiu à Elitsa e ao Stoyan no ano passado.
A nossa tournée tem sido planeada tendo em atenção dois factores: a possibilidade de, com as nossas actuações, conseguirmos conquistar outros mercados e outros públicos e agradecer aos júris nacionais que atribuíram votos significativos à Bulgária no ano passado.
A selecção búlgara foi uma das mais longas que se assistiu este ano, tendo começado em meados de Outubro. Como foi essa experiência para vocês?
Foi de facto muito difícil e, principalmente, muito longa. O processo começou por seleccionar cerca de 200 artistas – alguns profissionais e outros amadores - que foram actuando num programa tipo reality show, durante cerca de um mês. Ao longo desse mês, o público foi votando, seleccionando assim alguns destes artistas para uma série de semi-finais. Destas semi-finais saíram então 10 canções para uma finalíssima, na qual tivemos o apreço e o voto do público.
Esta não foi a nossa primeira tentativa para representar a Bulgária no ESC. Já tínhamos apresentado alguns temas em 2005. Nessa primeira tentativa levamos duas canções tipicamente eurovisivas: uma balada e outra mais dançável.
Este ano quisemos inovar e trazer algo verdadeiramente revolucionário e original, produzido especialmente para este certame. Ou seja, pretendemos ser uma lufada de ar fresca, levando algo nunca visto nos palcos do ESC. Pretendemos que DJ take me away seja considerado um tema de grande qualidade e que seja responsável por uma mudança no rumo do festival.
Falando em inovação, como pretendem apresentar a canção no dia 22?
O stage act será algo semelhante ao que apresentamos na Bulgária, mas vamos trazer algumas inovações. Uma das grandes inovações é um instrumento que vamos ter em palco. Criamos especificamente para o Eurofestival um sintetizador a laser – uma harpa laser. Esta harpa laser é composta por 20 raios laser que, quando tocados, imitem sons sintéticos, que se coadunam perfeitamente com a nossa música.
Será um espectáculo de som e luz, uma vez que os lazeres quando tocados não só imitem sons, com alteram as suas cores. Nós achamos que o resultado final é muito visual e acústico e uma grande valia para DJ, take me away.
Também vamos ter alguém a tocar a guitarra de George Bensson: Luybomir Savov, que é pai de outro elemento dos Deep Zone (outra inovação no ESC: pai e filho a tocarem no mesmo grupo). O Luybomir é o segundo elemento mais velho deste certame – tem 56 anos, sendo apenas mais novo que 75 Cents da Croácia.
Para a parte final da actuação vamos também utilizar um protótipo desenvolvido no Japão e que ainda não está a ser comercializado. É um gira-discos em forma de guitarra, que vamos utilizar na parte do rap.
Esperamos que com isto tudo a nossa actuação seja muito moderna e inesquecível. Como é óbvio, acima de tudo temos a Joanna, que ainda se apresentará mais sexy do que na Bulgária.
Das quatro canções até à data apresentadas pela Bulgária, apenas uma, a do ano passado, foi cantada em Búlgaro. Curiosamente esta foi, sem qualquer dúvida, a melhor classificação alcançada até hoje pela Bulgária no certame. Sendo assim, qual o motivo de voltarem a cantar em inglês?
De facto é verdade e achamos que a Elitsa e o Stoyan, no ano passado, apresentaram um grande espectáculo: muito original e muito profissional. E quando começamos a preparar a nossa actuação pensamos verdadeiramente em cantar em Búlgaro.
No entanto, a nossa canção é mais internacional e mais abrangente que Voda/Water. Foi por isso que escolhemos o inglês para os versos da canção.
A canção do ano passado, apesar de ter um som muito moderno, tem uma forte inspiração nos sons e nas tradições búlgaras. A nossa canção não, tem uma base sonora urbana, de rua… sendo que essa sonoridade urbana pode ser ouvida quer em Sofia, quer em Lisboa ou em Nova Iorque. Dai o inglês; é a língua internacional, que se ouve em qualquer cidade por esse mundo fora.
No vosso CD de promoção encontra-se incluído um grande número de remixes. Qual a razão desta opção?
O Balthazar, como DJ, gosta de ouvir como misturariam outros DJs os seus temas. Foi por isso que entregamos a melodia a alguns DJs, para ver como eles sentem a nossa música e como a trabalhariam.
Notem que nesse CD está uma mistura feita por um DJ português: Hugo Rizzo. Conhecemos o Hugo no ano passado e ficamos amigos, tendo trabalhado juntos algumas vezes. Por isso, quando começamos a convidar alguns DJs para remisturar DJ take me away, o Hugo foi um dos primeiros a ser convidados. A mistura que ele fez é uma das que mais gostamos e por isso incluímos no nosso trabalho.
Nós, em Portugal, somos representados pela Ovação e estamos em negociações para editarmos o nosso disco. Se o conseguirmos, a remistura do Hugo será certamente incluída no disco.
De todas as outras 42 canções, quais aquelas que gostam mais?
Achamos que este ano as canções são interessantes. É óbvio que achamos que existem temas excelentes e outros de menor qualidade. Alguns são de facto muito bons e é importante que estejam neste certame, para aumentar a qualidade do ESC e para que os críticos percebam que este certame não está morto e deve ser levado muito a sério.
Existem no entanto alguns países que não tiveram isso em consideração e não apostaram correctamente na canção que os representa.
Não queremos no entanto nomear ninguém, para mão ferir susceptibilidades.
Querem ser politicamente correctos (LOL). No entanto, há uma canção que tenho mesmo que pedir-vos para nos dizerem o que acham. Qual a vossa opinião sobre “Senhora do mar”?
A canção portuguesa é uma das que mais gostamos. Achamos que é uma aposta com muita qualidade, que representa bem as características de Portugal. Talvez, para nosso gosto, seja um pouco triste.
No entanto isso não diminui em nada o nosso apreço pela canção, nem a sua qualidade ou as suas fortes hipóteses de alcançar um excelente resultado na final.
Blagodara vi za interviuto (obrigado pela entrevista). Uspex v Belgrad (boa sorte para Belgrado).
Dobr, den kak ste? (olá, como estão?). Dobre li biahte pashreshanati? (Foram bem recebidos cá?)
Olá, bem obrigado! Até agora temos sido muito bem recebidos e tem sido com a maior alegria que estamos cá. Aliás, a nossa vinda a Portugal, bem como a outros países, prendeu-se com o facto de nós e a televisão que representamos querer agradecer de alguma forma os votos que o júri português atribuiu à Elitsa e ao Stoyan no ano passado.
A nossa tournée tem sido planeada tendo em atenção dois factores: a possibilidade de, com as nossas actuações, conseguirmos conquistar outros mercados e outros públicos e agradecer aos júris nacionais que atribuíram votos significativos à Bulgária no ano passado.
A selecção búlgara foi uma das mais longas que se assistiu este ano, tendo começado em meados de Outubro. Como foi essa experiência para vocês?
Foi de facto muito difícil e, principalmente, muito longa. O processo começou por seleccionar cerca de 200 artistas – alguns profissionais e outros amadores - que foram actuando num programa tipo reality show, durante cerca de um mês. Ao longo desse mês, o público foi votando, seleccionando assim alguns destes artistas para uma série de semi-finais. Destas semi-finais saíram então 10 canções para uma finalíssima, na qual tivemos o apreço e o voto do público.
Esta não foi a nossa primeira tentativa para representar a Bulgária no ESC. Já tínhamos apresentado alguns temas em 2005. Nessa primeira tentativa levamos duas canções tipicamente eurovisivas: uma balada e outra mais dançável.
Este ano quisemos inovar e trazer algo verdadeiramente revolucionário e original, produzido especialmente para este certame. Ou seja, pretendemos ser uma lufada de ar fresca, levando algo nunca visto nos palcos do ESC. Pretendemos que DJ take me away seja considerado um tema de grande qualidade e que seja responsável por uma mudança no rumo do festival.
Falando em inovação, como pretendem apresentar a canção no dia 22?
O stage act será algo semelhante ao que apresentamos na Bulgária, mas vamos trazer algumas inovações. Uma das grandes inovações é um instrumento que vamos ter em palco. Criamos especificamente para o Eurofestival um sintetizador a laser – uma harpa laser. Esta harpa laser é composta por 20 raios laser que, quando tocados, imitem sons sintéticos, que se coadunam perfeitamente com a nossa música.
Será um espectáculo de som e luz, uma vez que os lazeres quando tocados não só imitem sons, com alteram as suas cores. Nós achamos que o resultado final é muito visual e acústico e uma grande valia para DJ, take me away.
Também vamos ter alguém a tocar a guitarra de George Bensson: Luybomir Savov, que é pai de outro elemento dos Deep Zone (outra inovação no ESC: pai e filho a tocarem no mesmo grupo). O Luybomir é o segundo elemento mais velho deste certame – tem 56 anos, sendo apenas mais novo que 75 Cents da Croácia.
Para a parte final da actuação vamos também utilizar um protótipo desenvolvido no Japão e que ainda não está a ser comercializado. É um gira-discos em forma de guitarra, que vamos utilizar na parte do rap.
Esperamos que com isto tudo a nossa actuação seja muito moderna e inesquecível. Como é óbvio, acima de tudo temos a Joanna, que ainda se apresentará mais sexy do que na Bulgária.
Das quatro canções até à data apresentadas pela Bulgária, apenas uma, a do ano passado, foi cantada em Búlgaro. Curiosamente esta foi, sem qualquer dúvida, a melhor classificação alcançada até hoje pela Bulgária no certame. Sendo assim, qual o motivo de voltarem a cantar em inglês?
De facto é verdade e achamos que a Elitsa e o Stoyan, no ano passado, apresentaram um grande espectáculo: muito original e muito profissional. E quando começamos a preparar a nossa actuação pensamos verdadeiramente em cantar em Búlgaro.
No entanto, a nossa canção é mais internacional e mais abrangente que Voda/Water. Foi por isso que escolhemos o inglês para os versos da canção.
A canção do ano passado, apesar de ter um som muito moderno, tem uma forte inspiração nos sons e nas tradições búlgaras. A nossa canção não, tem uma base sonora urbana, de rua… sendo que essa sonoridade urbana pode ser ouvida quer em Sofia, quer em Lisboa ou em Nova Iorque. Dai o inglês; é a língua internacional, que se ouve em qualquer cidade por esse mundo fora.
No vosso CD de promoção encontra-se incluído um grande número de remixes. Qual a razão desta opção?
O Balthazar, como DJ, gosta de ouvir como misturariam outros DJs os seus temas. Foi por isso que entregamos a melodia a alguns DJs, para ver como eles sentem a nossa música e como a trabalhariam.
Notem que nesse CD está uma mistura feita por um DJ português: Hugo Rizzo. Conhecemos o Hugo no ano passado e ficamos amigos, tendo trabalhado juntos algumas vezes. Por isso, quando começamos a convidar alguns DJs para remisturar DJ take me away, o Hugo foi um dos primeiros a ser convidados. A mistura que ele fez é uma das que mais gostamos e por isso incluímos no nosso trabalho.
Nós, em Portugal, somos representados pela Ovação e estamos em negociações para editarmos o nosso disco. Se o conseguirmos, a remistura do Hugo será certamente incluída no disco.
De todas as outras 42 canções, quais aquelas que gostam mais?
Achamos que este ano as canções são interessantes. É óbvio que achamos que existem temas excelentes e outros de menor qualidade. Alguns são de facto muito bons e é importante que estejam neste certame, para aumentar a qualidade do ESC e para que os críticos percebam que este certame não está morto e deve ser levado muito a sério.
Existem no entanto alguns países que não tiveram isso em consideração e não apostaram correctamente na canção que os representa.
Não queremos no entanto nomear ninguém, para mão ferir susceptibilidades.
Querem ser politicamente correctos (LOL). No entanto, há uma canção que tenho mesmo que pedir-vos para nos dizerem o que acham. Qual a vossa opinião sobre “Senhora do mar”?
A canção portuguesa é uma das que mais gostamos. Achamos que é uma aposta com muita qualidade, que representa bem as características de Portugal. Talvez, para nosso gosto, seja um pouco triste.
No entanto isso não diminui em nada o nosso apreço pela canção, nem a sua qualidade ou as suas fortes hipóteses de alcançar um excelente resultado na final.
Blagodara vi za interviuto (obrigado pela entrevista). Uspex v Belgrad (boa sorte para Belgrado).
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