Filipa Azevedo em entrevista
Antes de mais, e mais uma vez, parabéns pelo apuramento para as semifinais do FC2010.
Muito obrigado!
A Filipa tem 18 anos apenas. Como é que a música começou para si?
Para ser sincera, nem sei… canto desde que me lembro. Mas o “Família Superstar” acabou por ser decisivo numa decisão: cantar é o que eu quero fazer na vida…
Tornou-se conhecida num concurso televisivo da SIC. Que recordações guarda desse tempo?
As recordações são as melhores. Aprendi muito. E conheci óptimas pessoas, fiz grandes amigos, desde outros concorrentes, ao júri, à equipa técnica e de produção, aos fãs que me acompanharam desde o concurso até agora. Foram meses que nunca irei esquecer!
Em que medida é que essa projecção pública foi importante para a sua carreira?
A minha carreira está ainda a começar. É claro que a participação no “Família” me deu uma visibilidade que eu não tinha até essa altura. E esse é um aspecto importante na construção de uma carreira. Mas há outros e foi por isso que decidi ir estudar produção musical para Londres. Eu gosto de ir passo-a-passo…
Como é que surgiu esta oportunidade de participar no FC2010?
Foi um convite que me foi feito para Londres, pelo autor da canção. O Augusto Madureira (que eu não conhecia pessoalmente) perguntou-me se eu estaria interessada em ouvir alguns temas dele. Mandou-me um total de quatro. Conversámos e discutimos sobre cada um. “Há Dias Assim” foi logo a minha primeira escolha. Quando vim pelo Natal a Portugal, gravámos o tema e enviámo-lo descontraidamente para a RTP! O resto já todos sabem!
Acha que para os jovens da sua geração o Festival da Canção é um evento com interesse?
Acho que nos últimos anos tem provocado cada vez maior interesse. Até porque o Festival tem contado com a participação de vários cantores de uma nova geração que, com eles, arrastam também um público mais jovem.
Tem seguido o festival? Há algum intérprete ou tema que a tenha marcado?
O Augusto Madureira costuma dizer que o Festival da Canção é uma “instituição nacional”. Um dia conversámos sobre isso, e eu concordo. Lembro-me de ver o Festival quando era pequena, com a família. Ainda em criança aprendi a cantar a “Desfolhada” da Simone que ganhou muitos anos antes de eu nascer… nos últimos anos, não posso deixar de lembrar a Vânia com a “Senhora do Mar” e no ano passado os Flor-de-Lis.
O que é que sente a cantar “Há dias assim”? Que mensagem é que quer que passe para os milhares que vão ouvi-la em Março?
É engraçado porque, como imaginam, já cantei a canção muitas vezes e ainda me comovo ao cantá-la. É um tema que toca, quer pela melodia quer pela letra. A mensagem que espero passar? É a mensagem que está no poema e que é reforçada pela música: muita emoção!
A música “Há dias assim” é uma balada em português que já tem até uma versão em inglês. Acha que este estilo ainda tem algo de novo a dar em certames como o Festival da Canção?
Já não é a primeira vez que me fazem essa pergunta. Parece que em Portugal há algumas pessoas que têm alguma coisa contra as baladas… Não entendo! Primeiro porque as baladas não têm época. E depois porque a mim o que me interessa é se uma canção é boa ou má, os sentimentos que provoca em quem a ouve, independentemente do estilo. Porque será que uma balada, por ser portuguesa não traz nada de novo, mas se for islandesa já traz?
A Filipa venceu a fase da votação online. Como é que seguiu o desenrolar das votações?
Com muita tranquilidade. Algumas pessoas iam-me dando conta de como estava a correr, outras vezes quando podia também ia lá espreitar. O mais curioso é que só soube do resultado final, no dia seguinte, pelo jornal, pois o telemóvel avariou-se uns dias antes e no sítio onde estava nem sequer tinha internet! Lol
Um resultado destes põe-na em vantagem para as etapas que se seguem?
A votação online é apenas um bom indicador. Mas depois de ter terminado, todos os 24 concorrentes ficámos em pé de igualdade. Partimos para as semi-finais todos do mesmo ponto. Até porque só agora é que cada canção vai ser conhecida na totalidade e pelo chamado grande público.
Este ano há uma série de novos valores, alguns deles da sua geração e com percursos relativamente semelhantes ao seu, que estão a concurso. O espírito é mais de rivalidade ou de amizade?
Só nos encontrámos todos uma vez, depois da votação online numa reunião na RTP. Adorei ter revisto vários amigos que já não via há alguma tempo e que se cruzaram antes comigo, no “Família Superstar” e outras ocasiões. O ambiente foi de grande camaradagem e é isso que de certeza vai acontecer também no Campo Pequeno!
Acha este “rejuvenescimento” uma vais valia para o festival ou gostaria de ver nomes mais consagrados no alinhamento?
Como já disse, o que eu acho mesmo importante é que haja boas canções e bons cantores. E isso nada tem a ver com a idade.
Qual(ais) dos 24 concorrentes lhe parece ter uma proposta mais capaz de obter um bom resultado?
Há várias canções que me parecem interessantes, mas até ao dia do primeiro ensaio é-me difícil responder. Quero ouvir os temas por inteiro (eu também só ouvi um minuto e meio das outras canções), ver como são apresentados em palco, perceber o que me provocam.
Estamos a chegar muito próximo da semana decisiva. Já ensaiou muito para o dia 2 de Março?
Ensaiei o suficiente! (risos) Há meses que conheço e canto a canção, já a fiz minha há muito tempo, estudei cada verso, cada frase melódica. Agora, o que há a fazer são já pormenores dos pormenores!
O que é que podemos esperar para a semifinal. Que surpresas é que a Filipa, o Augusto Madureira e a restante equipa têm estado a preparar para as actuações em Lisboa?
Então se são surpresas, acham que vou revelar? Já falta tão pouco…
Para além da intérprete que outros elementos vamos ter em cena. Quem é que a vai secundar nas vozes?
Só posso dizer que não vou estar sozinha no palco do Campo Pequeno! Vou estar muito bem acompanhada, vão ver…
Que objectivos é que uma portuense de 18 anos leva para o mais tradicional dos concursos de música ligeira nacional? Conta juntar mais uma vitória à sua carreira?
Estaria a mentir se dissesse que não sonho com a vitória! Sonho! Mas seja qual for o resultado, a verdade é que uma experiência como esta é sempre muito enriquecedora, pessoal e profissionalmente.
Que palavra escolheria para descrever as sensações destes dias: ansiedade, medo, responsabilidade, confiança?
Algum “nervoso miudinho” alternado com tranquilidade!
Quer deixar alguma mensagem final aos leitores e aos seus fãs?
Quero agradecer todo o apoio e carinho que me têm sido manifestados ao longo destas últimas semanas. Obrigado a todos, do fundo do coração! Podem acompanhar diariamente todo o nosso trabalho até ao festival, no Facebook em:
http://www.facebook.com/pages/HA-DIAS-ASSIM-FILIPA-AZEVEDO-A-EUROVISAO/295799690828?ref=mf
Beijinhos e abraços para todos!
Muito Obrigado e bom trabalho para o FC2010.
Bom trabalho também para vocês!
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