Olhares sobre o ESC2016: Estónia
Intérprete(s): Jüri Pootsmann
Tema: Play
André Moreira - Mergulhar em “Play” é como uma aventura em 4D de um filme do 007. Pootsmann é um rapaz muito dono de si que brilha com bastante facilidade em palco. Com uma atmosfera muito envolvente a música consegue despretenciosamente cativar a atenção de quem a ouve. Estamos perante um dos exemplos de que é possível encher um palco apenas com uma excelente voz e confiança. “Play” é um hino para os que temem arriscar quando chega o momento propício. A letra está convenientemente escrita e é cativante. Deduzo que a Estónia será o dark horse do ano podendo num ápice atingir um TOP5 na final. Deduzo que a passagem à mesma seja inquestionável – quer pela qualidade musical, quer pelo merecimento após uma das melhoras finais nacionais do ano.
André Pereira - Para mim não foi em 2001, 2009, 2012, 2014 e 2015 que tiveram a sua melhor canção mas sim este ano. “Play” é a melhor canção que a Estónia já trouxe á Eurovisão. Jüri tem uma excelente voz. A letra e o instrumental são ambos bastantes bons! E claro a Estónia arrisca-se a vencer novamente o ESC!
12 pontos
Daniel Fidalgo - Gosto particularmente da letra desta canção. Um tema formidável a nível de produção e a nível vocal. A Estónia oferece-nos uma canção emotiva, capaz de tocar na interioridade do ouvinte e faze-lo sentir emoções. Não é qualquer canção que o consegue e, este ano, a Estónia fá-lo de forma sublime.
12 pontos
Fabiana Silva - A Estônia é um país que se preocupa muito mais com aspectos técnicos do que com aspectos comerciais – e é por isso que, hoje, eles são um dos meus países eurovisivos favoritos. A canção sozinha não é tão impressionante, mas quando é interpretada por Jüri, ela ganha outra dimensão, principalmente pelo efeito que o timbre grave do cantor causa sobre o instrumental. Outra coisa que me atrai em “Play” é seu toque retrô – ela é ‘antiga’ na medida certa.
10 pontos
Fernanda Ribeiro - De todas as canções que ouvi até agora, confesso que esta foi a que me desagradou mais. Jüri pretende ser um Nick Cave do báltico, mas só mesmo o verdadeiro Nick Cave para salvar a canção. Não me parece que a Estónia consiga um qualquer top 10, e arriscaria dizer que muito menos a final. No entanto, às vezes o ESC pode surpreender. Mas, confesso que não acredito.
Hugo Sepúlveda - Play foi um dos temas que inicialmente não me agradou, mas que agora gosto bastante. Tem um instrumental que indicia uma balada, mas que ganha uma batida cativante. Mais uma dentro da temática tão típica do ESC, mas que se escapa até. A voz grave de Jüri adequa-se muito bem ao tema proposto e no que toca à atuação, espero algo minimalista, mas que irá ser suficiente e fazer jus ao que canção pede. Espero também poder ver a Estónia na final.
8 pontos
João Diogo - A Estónia, tal como a Letónia, decidiu dar mais uma oportunidade aos seus representantes do ano passado e garantiu-lhes mais uma presença no ESC, ainda que como compositores. No entanto, em ambos os casos, as músicas deste ano são inferiores. Este Play é um tema bastante sóbrio e simples mas, e talvez por isso, não se destaque minimamente. A apresentação em palco vai ditar o futuro da Estónia. Se decidirem fazer alguma coisa parecida com a da final nacional acho que não terão muitas hipóteses de passar. Depois de Goodbye To Yesterday a Estónia desiludiu-me este ano.
5 pontos
Nelson Costa - Aqui está o dedo de Stig Rasta, representante da Estónia em 2015 com uma das melhores canções dessa edição. Stig não teve a mesma inspiração em 2016, contudo, o produto final não ficou mal, pelo contrário: “Play” tem uma melodia simples, mas ao mesmo tempo surpreendente. Juri, com uma voz expressiva e um olhar misterioso e penetrante, consegue cativar (mais o espectador que o ouvinte) da primeira à última nota. O jogo de câmaras será fundamental para o sucesso desta entrada em Estocolmo, tal como o foi com Stig em Viena.
10 pontos
Patrícia Gargaté - Um tema elegante e moderno por parte da Estónia, como sempre faz questão de nos brindar. Este é um dos países mais injustiçados no ESC e é da Estónia que vem a minha música favorita do ESC de sempre! Não é a de 2016, ainda assim este tema é bom o suficiente para estar na minha final. Agora o que vai acontecer... veremos.
Dica para Estocolmo: O Jüri tem um bom "jogo de câmaras" e a performance é completamente adequada, deve manter-se dentro deste género.
Pedro Fernandes - Para ser sincero não tenho uma opinião bem formada em relação a este tema, mas uma coisa é certa, fica bastante atrás de “Goodbye To Yesterday” e cheira-me que isto vai ter sérias dificuldades em destacar-se e por isso irá falhar a final. A voz do Jüri até é muito boa, com uma rouquidão capaz de fazer arrepios, mas não tem um tema à altura da sua voz. Esperemos para ver como será a apresentação em palco, mas não vejo a Estónia na final, melhor sorte no próximo ano!
4 pontos
Rui Ramos - No ano passado não gostava da 'Goodbye to Yesterday', passei a amar! E eis que o compositor regressa e continua sem me cativar inicialmente.
Um país que em dois anos seguidos nos brinda com apresentações calmas e misteriosas e ninguém melhor para este 'Play' do que o Jüri. O seu timbre grave ainda cria mais a tensão necessária para esta apresentação
Da Estónia para a Suécia mais uma daquelas que não se consegue adivinhar o futuro, se cairá ou não na graça do povo e leva o país a mais um top 10. Eu não acredito!
3 pontos
Sérgio Rego - Não era a minha favorita da final nacional da Estónia mas não há dúvida que é uma boa canção, muito agradável de se ouvir. O dedinho retro de Stig Rästa está bem presente nesta canção, com certas influências "bondescas". Jüri Pootsmann tem uma excelente voz e actuação, embora eu também ache que lhe falta algum carisma. Penso que este tema terá mais sorte com os votos do juri do que com o televoto. Apostaria algo entre o 8º e o 12º lugar na semifinal.
7 pontos
Total: 93 pontos
Atenção: Os textos da Fabiana Silva encontram-se em português do Brasil dada a origem da comentadora.
Normalmente acontece-me não gostar de uma música à primeira, não ter amor à primeira audição, mas depois de ouvir mais músicas e voltar a ouvir aquela ou aquelas de que não gostava passar a gostar delas. Não a amá-las, porque quando não me causam boa impressão logo na primeira auscultação nunca chego depois a amá-las.Paradoxalmente com a Estónia passou-se o inverso. Passado algum tempo, talvez porque antes tinha escutado apenas uma meia-dúzia de temas, deixei de gostar da atitude do intérprete que me parece um pouco artificial e com uma postura em palco algo rígida. Por outro lado, a voz dele não me parece nada bonita nem capaz de grandes cometimentos. Por isto tudo que acabo de dizer, dou-lhe 0 pontos.
ResponderEliminarNão considero a Estónia um dos paises mais injustiçados do ESC, pelo contrario: tiveram uma das piores vitorias de sempre
ResponderEliminarUma proposta de qualidade mas, na minha opinião, aquém da do ano passado - 7 pontos
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