Olhares sobre o ESC2016: Holanda

Holanda

Intérprete(s): Douwe Bob

Tema: Slow Down

André Moreira - Início com a confidência de que estou a sorrir pois acabei de ouvir esta música. Todos os anos tem de haver a “música fofinha”. Já foi a “Tomorrow” da Malta, já foi a “Standing Still” da Alemanha, já foi a “This Time” da Lituânia e este ano parece-me ser “Slow Down”. Douwe Bob, tem uma voz muito característica a puxar ao estilo country norte-americano de Georgia Florida Line e Rascal Flatts. A letra não acrescenta nada à música e até me faz pensar como foi preciso tanta gente para escrever algo tão impessoal. Creio que é nesta que reside um dos pontos fracos desta proposta holandesa que já no ano passado apostou na repetição massiva dos mesmos versos. Repare-se que o verso “Slow Down” é repetido 24 vezes em 3 minutos e ainda que “Slow Down” não tem o mesmo peso de um “Lala”… na verdade, é bastante mais massudo. Apesar do já referido, esta proposta tem algo de especial. A delicadeza na voz de Douwe Bob, o seu timbre suave e doce, uma melodia que não arrisca, mas que visa por evitar o excesso de monotonia são pontos positivos para esta proposta. Acredito numa disputa pela final que dependerá seriamente do estado de espírito de cada um dos que votarem nesse dia.

5 pontos

André Pereira - Excelente canção, bastante emociante, mas muito provavelmente vai acontecer o mesmo que no ano passado com a minha favorita. Não gosto da voz de Douwe Bob, mas gosto bastante da letra e do instrumental desta canção. Com uma boa performance a Holanda pode vir a conseguir a classificação para a final, mas se tal acontecer deve de ficar nos últimos lugares ou então acontece como em 2014.

8 pontos

Daniel Fidalgo - Não é um estilo musical que aprecie em particular, mas não deixo de considerar uma certa qualidade na canção holandesa. É um tema para slow down e aproveitar o momento descontraidamente. Acho que o país poderá enfrentar certos problemas para se qualificar, tudo vai depender da atuação em Estocolmo. Se a prestação for feita à imagem e semelhança de 2015, a Holanda ficará retida na semifinal…

7 pontos

Fabiana Silva - Não é uma canção que conseguiu ficar na minha cabeça, mesmo que eu já a tenha escutado inúmeras vezes. A única coisa que realmente me vem a cabeça é o nome do bar onde o clipe foi gravado: Brazuca Coffee (vai Brasil \o/). “Slow Down” tem o estilo e o intérprete, mas carece de um refrão mais chamativo, que realmente envolvesse o ouvinte – ficar repetindo o título da canção é tão ‘mais do mesmo’. Infelizmente, não sei se Douwe conseguirá chegar à final, apesar de achar que ele merece mais do que muitas ‘queridinhas dos fãs’.

5 pontos

Fernanda Ribeiro - A Holanda voltou a um estilo que já lhes foi muito favorável! Slow Down tem um toque country e um estilo retro, cheio de charme. Poderia servir como genérico para uma série televisiva, ou como genérico de um anúncio televisivo. Num ano cheio de electro-pop e de potentes baladas, a Holanda dá (tal como em 2014) uma pedrada no charco e arrisca neste estilo bem bonito, bem simples, algo folk e tenho quase a certeza que o Bob vai ficar bem classificado, na final. 

Hugo Sepúlveda - Este ano a Holanda apresenta-nos uma proposta que à primeira audição não agrada muito, mas que com o tempo acaba por se entranhar bem. Uma melodia ao estilo country, com uma letra com uma mensagem simples, mas que no final acaba por se repetir demasiado. Douwe tem um timbre que se adequa ao tema que nos propõe. Não espero muito da atuação, algo minimalista, com o cantor e o seu instrumento e pouco mais. É um país que pode passar à final, mas por pouco.

4 pontos

João Diogo - A boa onda que este tema transmite é a sua maior valia. É uma canção descomprometida, com um bom feeling, que permite desenjoar de certas superproduções e com um intérprete que não compromete. Sempre que o oiço fico a cantar slow down brother slow down brother durante horas. Não sei se seguirá em frente mas se a Holanda não estragar tudo com a apresentação em palco, como no ano passado, poderá ter algumas hipóteses. Não sou grande fã de country, nem gostei muito de Calm After The Storm, mas este Slow Down está no meu top10.

8 pontos

Nelson Costa - 4 pontos significa que não tenho grandes sentimentos ou expectativas sobre esta canção. Douwe apresenta-nos um tema que, não tendo defeitos a apontar, também não nos traz nada de novo à Eurovisão, nem originalidade, nem criatividade. E é esse precisamente o problema de “Slow Down”: quando acaba, já não nos lembramos como começou. O sucesso da entrada da Holanda poderá residir na performance no palco da Eurovisão: o charme e elegância do intérprete, aliados a um som de “country music” no meio de muito ruído, poderá dar nas vistas e apelar ao voto dos telespectadores e do júri.

4 pontos

Patrícia Gargaté - Não é dolorosa de ouvir mas vai claramente passar ao lado de todas as outras que vão passar pela primeira semifinal. A Holanda não costuma ser dos países que mais inova em palco e com um tema desta ligeireza não imagino uma passagem à final. Pode ser que surpreendam, quem sabe! Dica para Estocolmo: Não metam só o rapaz com a guitarra no meio do palco e esperem passar. Porque não vai dar.

6 pontos

Pedro Fernandes - A Holanda volta ao estilo "country" com o qual se sagrou vice-campeã em 2014, no entanto e apesar do tema ser audível e agradável, não causa o impacto de "Calm After The Storm", contudo, considero que a Holanda melhorou relativamente ao ano passado. A mensagem que a canção pretende passar é bastante positiva, sugerindo que abrandemos o ritmo nesta vida que é cada vez mais a correr e o refrão fica facilmente na cabeça. É um tema que pode ganhar muito com uma bem pensada postura no palco, fiel ao espírito da canção e descontraído. Acredito que apesar da Holanda poder vir a ter dificuldades de se qualificar, que conseguirá fazê-lo, no entanto na final não fará muito moça.

6 pontos

Rui Ramos - Pensamento holandês: Slow Down, Brother. Vamos recomeçar! Isto é um 'Calm After the Storm' depois da desilusão que foi Trijntje Oosterhuis. A apresentação ao vivo irá traçar todo o destino da Holanda. Mas na diferença já ganham pontos com este género de country que foge ao estereótipo que se vive no ESC. E como se costuma dizer, devagar se vai ao longe.

6 pontos

Sérgio Rego - O primeiro impacto foi positivo mas foi perdendo força após várias audições. Os versos e a ponte são muito agradáveis e melódicos mas o refrão é demasiado básico e repetitivo. No entanto, é sem dúvida uma canção com charme e penso que terá hipóteses de passar à final, principalmente pelo júri.

6 pontos

Total: 65 pontos

Atenção: Os textos da Fabiana Silva encontram-se em português do Brasil dada a origem da comentadora.