Olhares sobre o ESC2017: Hungria


Hungria
Intérprete(s): Joci Pápai
Tema: Origo 



André Moreira - Um dos temas cuja versão estúdio mais me cativou neste início de época eurovisiva. Desde o primeiro dia foi o meu preferido para vencer no "A Dal". O tom étnico, a nostalgia que provoca de um conceito eurovisivo cada vez mais desvalorizado, uma mensagem que passa mesmo não se entendendo a letra e um artista bastante multifacetado. Ao vivo considero que a performance é confusa e que não favorece os pontos fortes da música. Considero que o tom é demasiado alegre e o instrumental desde sempre me criou uma atmosfera mais introspetiva, "dark" e minimalista. Creio que a música passará à final, mas terá de ter uma performance totalmente diferente do que a da final nacional, onde a prestação vocal foi fraca e a sonorização um pouco confusa. 

7 pontos

Diogo Quintais - Inicialmente não dava nada pela música da Hungria, mas ao longo do tempo é impossível não começar a gostar de Origo! Já fazia falta uma canção tão étnica na Eurovisão e ainda bem que foi escolhida este ano, se não só teríamos electro pop "wannabes" a tentarem ser Loreens. É impossível não trautear o “Jálomá lommá, jálomá lommá / Jálomá lommá lomalom”. Joci Pápai passará de certeza com esta canção à final, sendo a prova viva que cantar em inglês não é tudo. Nós temos a oportunidade de viver num continente tão multicultural como nenhum outro o é, e depois não o aproveitamos para influenciar a música na sua sonoridade ou linguisticamente. Claro que não é preciso exagerar, mas tendo na Hungria a única canção mais étnica deste ano, acho pouco.

8 pontos

Fabiana Silva - Amo o fato da Hungria ainda se arriscar em idioma nativo, trazendo uma canção que defende parte de sua cultura (povo romani). Origo tem uma mescla interessante entre o tradicional da música cigana e o moderno da batida eletrônica e do hip-hop, além de contar uma história com sua melodia e com sua letra. Eu consigo sentir sua mensagem sem entender uma vírgula de húngaro. O vocal de Joci me incomodou um pouco durante a seletiva, mas durante o "Eurovision in Concert" ele estava bem mais acertado. 

12 pontos

Hélder Simões - "Hungary, you know how to do it"! O ínicio da música, o violino, a bailarina, o refrão, o "beat", porém… depois… chega o rap. Destruição total, isto faz-me lembrar Bósnia 2016. Deve ser um síndrome que anda por aqueles lados. Parem de estragar as vossas músicas com rap gente, não façam isso, pelo bem de todos! 

6 pontos

Lisa Garden - Não percebo patavina do que o rapaz está a cantar, mas tudo me soa maravilhosamente. É uma sonoridade diferente do que estou habituada. Encanta-me e seduz-me! Tem boa energia também. E para quem não sabe, eu sou uma grande apreciadora de hip-hop e sinto que aquele pedaço de rap encaixou muito bem! Gostei de sentir a essência do Joci e de um pouco da música hungara.

12 pontos

Luís Florindo - O refrão desta canção é envolvente e cativante. O rap das estrofes deita esta canção a perder. Uma pena não ser cantada de princípio ao fim. Ainda assim são bons ingredientes reunidos pela Hungria que, de quando em vez, se destaca na classificação. O país regressou em 2007 à competição e já ficou três vezes no top10. Acho que não será o caso em 2017. 

6 pontos

Márcia Rodrigues - A Hungria segue o lema deste ano e celebra mesmo a diversidade! É bom ver que decidiu deixar o inglês de lado e apostar na sua língua materna, o que nesta música faz toda a diferença. Adoro a mistura entre o estilo oriental do instrumental e o rap. Toma nota, Europa: é assim que se transmite a cultura de um país através de uma música. 

5 pontos

Nuno Carrilho - Apesar de ser um grande apreciador de diversas canções com sons inspirados na etnia cigana (quer a nível nacional, quer a nível internacional), não consigo gostar da candidatura da Hungria... Acho-a mesmo irritante e um das propostas mais fracas da edição. Por mim ficava de fora da final. Já vimos a Hungria a fazer muito melhor e havia claramente melhores canções na final nacional.

4 pontos

Ricardo Leal - Numa palavra: horrível. 0 pontos para a Hungria este ano. Não sei o que há para gostar nesta canção. Apenas invejo a coragem da Hungria, que mesmo sem ter uma regra que exija que as canções sejam cantadas no idioma nativo, ainda envia propostas em húngaro para o "Eurovision Song Contest". Mesmo assim a pior proposta deste ano na minha opinião.

0 pontos

Sérgio Rego - A canção húngara é uma das pouquíssimas canções em 2017 que não é cantada em inglês. O cantor, de etnia cigana, incorporou em Origo arranjos musicais tipicamente usados pelas comunidades ciganas na Europa Central. A canção é diferente, mística e interessante e penso que irá marcar pela diferença. Apenas confesso não ser fã da parte em rap.

6 pontos



Atenção: Os textos da Fabiana Silva encontram-se em português do Brasil dada a origem da comentadora.

2 comentários:

  1. Mas eu vou ter que ouvir esta sanfona neste festival? Não vou não, porque eu tenho o comando da minha televisão sempre muito próximo. Os meus 0 pontos, mas com todo o respeito.

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  2. Esta canção até é interessante e não me choca o rap a meio neste étnico pop, cantado na própria língua. Pela coragem de arriscar os meus 8 pontos.

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