[Olhares sobre o FC2025] Margarida Campelo - "Eu Sei Que O Amor"


Intérprete(s): Margarida Campelo
Tema: Eu Sei Que O Amor


Emanuel Nabais - Se há cinco dias me dissessem que iria dar sete pontos a uma canção que ignorei durante um mês, ficaria incrédulo. Até porque eu tenho perfeita noção de que é uma canção que ficaria totalmente enquadrada no alinhamento do Festival da Canção de 1971. Mas continuaria a preferir a grande Tonicha. Apesar de antiquada, achei que foi uma atuação agradável, em grande parte devido ao coro, que elevou a canção. Mereceu passar? Mereceu. Ficaram para trás algumas canções melhores? Ficou uma, mas tudo a seu tempo. Quanto à parte visual, só tenho uma coisa a dizer: senhoras do coro, mexam nem que seja essas mãozinhas. É que quatro estátuas no meio do palco ninguém merece. Aliás, nem percebi porque é que ficaram exatamente no meio do palco, a disposição ficou estranha. 

Pontos: 7

Gonçalo Canhoto - A Margarida Campelo sabe que o amor é várias coisas… já eu só sei que nada sei. A maior crítica que posso fazer a “Eu sei que o amor” é o facto de soar antiquada e desenquadrada do restante alinhamento da competição – acreditaria facilmente que esta canção teria sido composta há uns 30 anos. Numa composição que não cativa nem entretém, salva-se a elegância da sua intérprete e do coro que a acompanha, que estiveram vocalmente sublimes. Não contava com o seu apuramento e, infelizmente, considero que roubou o lugar a alguém que merecia mais.

Pontos: 6

Hugo Sepúlveda - Margarida Campelo trouxe a mãe ao palco do festival e não só. "Eu sei que o amor" era daquelas que pouca gente tinha no leque de finalistas antes da semifinal, no entanto, conseguiu qualificar-se! Ainda que Margarida Campelo tenha uma boa voz e tenha feito uma grande interpretação, "Eu sei que o amor" é uma das canções que não sentiria falta de ter na grande final. As harmonias do coro são um dos pontos altos deste conjunto, sendo que,  devido aos planos e à sua posição em palco, às vezes parecia que o artista principal era o coro e que Margarida Campelo estava apenas a acompanhá-lo ao piano.

Pontos: 5

Ivo Mendonça - A canção não me diz muito - não deixo de elogiar vocalmente o trabalho da Margarida e do coro, que foram irrepreensíveis. A introdução de um coro ao vivo foi eficaz e elevou a atuação. Uma canção que apela de imediato aos jurados.

Pontos: 6 

Joana Moreno - O coro era uma ideia interessante, mas a canção nunca chega a cativar. Falta-lhe progressão e impacto para manter o interesse até ao fim. Senti que estava sempre à espera que acontecesse alguma coisa que nunca chegou a acontecer. O ritmo monótono fez com que parecesse que nunca mais acabava. Não teve qualquer momento de destaque que a fizesse sobressair na competição.

Pontos: 3 

João Diogo - Margarida Campelo apresentou "Eu Sei Que O Amor", uma canção de estilo jazz claramente direcionada a um nicho específico. Pessoalmente era a que menos gostava desta semifinal. É indiscutível que a sua performance vocal foi muito competente. As harmonias estiveram no ponto e tudo funcionou nesse aspeto, o que, sem dúvida, contribuiu para que o júri lhe tenha atribuído muitos pontos (mas não posso deixar de questionar o facto destes júris gostarem deste tipo de canções para depois, na Eurovisão, darem 12 pontos a Chanel e outras similares). A parte visual, por sua vez, não teve nenhum impacto. A apresentação foi simplista, com um coro em linha, o que nos transportou para umas valentes décadas no tempo. Ao contrário de outras atuações mais dinâmicas e criativas, "Eu Sei Que O Amor" não trouxe algo suficientemente forte para merecer um lugar na final: no fim das contas, a canção é o mais importante.

Pontos: 4

Madlen Tutelian - A canção não me diz muito. No entanto, não deixo de elogiar vocalmente o trabalho de Margarida e do coro, que foram irrepreensíveis. A introdução de um coro ao vivo foi eficaz e elevou a atuação. Uma canção que apela de imediato aos jurados. 

Pontos: 6

Nuno Carrilho - "Primeiro estranha-se, depois entranha-se". É a melhor frase para descrever "Eu Sei Que O Amor". Antes da semifinal, apontava a canção como uma claríssima não finalista. Durante a semifinal fiquei em choque com o seu apuramento. Agora? Agora dou por mim a trautear o tema e a perceber a razão pela qual conquistou um lugar na Final do concurso (e arrisco-me a dizer que foi um apuramento confortável). Ainda assim, não é das minhas favoritas.

Pontos: 5

Patrícia Gargaté - Começo por elogiar a canção: é leve, cai muito bem e foi muito bem interpretada. Só  acredito que não está no sítio certo para o público certo. Não desmerecendo a qualidade em geral, questiono imenso este apuramento. Estou muito curiosa para perceber a votação desta canção porque por mais que não queiramos admitir o Festival da Canção é o método de seleção para definir o nosso representante na EUROVISÃO... tudo dito não acham? Também não sou especialmente fã do método de apresentação de palco a fazer lembrar as doce... em 1982. Mas pelos vistos foi apreciada e parabéns, está no TOP 5 (de alguém) por agora.

Pontos: 5

Rita Fonseca - Ora, eu diria que esta foi a maior surpresa da noite (ou não). Foi uma atuação muito apetecível para os júris, certamente. Olhando para todas as 20 canções do festival, esta está, certamente, no grupo das mais esquecíveis. Todavia, a sua atuação, a meu ver, deu um brilho especial à canção e a voz da Margarida não desiludiu nem um segundo. Ainda assim, creio que outros artistas que ficaram de fora da Grande Final, tinham canções melhores, como Xico Gaiato.

Pontos: 3

Total: 50 pontos

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Fonte e Imagem: ESCPORTUGAL / Vídeo: RTP

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