[Olhares sobre o FC2025] Xico Gaiato - "Ai senhor!"


Intérprete(s): Xico Gaiato
Tema: Ai Senhor!


Emanuel Nabais - Eu tenho alergia a uma tendência que existe em Portugal de considerar música tradicional como algo cringe (também tenho alergia a esta palavra, e perdoem-me o estrangeirismo) ou ultrapassado. Assim sendo, vejo sempre com bons olhos propostas que trazem sons mais étnicos ou que tentam de alguma forma reinventar a música tradicional portuguesa. Quanto a "Ai senhor!", confesso que nunca esteve entre as minhas preferências. Vocalmente, Xico Gaiato esteve perfeito. Para mim, aquilo que ficou aquém foi a apresentação em palco. Era uma canção que pedia uma atuação mais elaborada, e confesso que a coreografia me pareceu desenquadrada em vários pontos da música. No entanto, ótima estreia. O potencial está lá, venha uma segunda tentativa no futuro. 

Pontos: 6

Gonçalo Canhoto - Xico Gaiato deu o pontapé de saída do Festival da Canção 2025 (e na sua discografia). Ai Senhor! remete-nos em parte a um Portugal rural (ouviram os adufes?), mas o autor soube aliar esta sonoridade a uma originalidade que lhe permitiu destacar-se. Trazendo à atuação alguns elementos cénicos e uma coreografia, o intérprete não vacilou e conseguiu captar a nossa atenção até ao final, terminando num magnífico jogo de luzes. Para uma estreia num grande palco, o intérprete esteve à altura do desafio. Não venceria, mas poderia ter passado à final.

Pontos: 6

Hugo Sepúlveda - Xico Gaiato foi o primeiro a “subir” (talvez não seja o termo mais acertado) ao palco e traz-nos “Ai Senhor!”. Era uma das canções cuja versão estúdio tinha criado grande impacto em relação às restantes, pela sua força no instrumental. Infelizmente, "Ai Senhor!" não conseguiu manter essa mesma força e garra na sua actuação, apesar de Xico Gaiato e o seu bailarino terem dado luta, aproveitando o espaço do palco e usufruindo de um bom jogo de luzes. As hipóteses de qualificação do gaiato tremeram e confirmou que, a seguir da sorte, veio mesmo o azar. Ainda assim, acredito que esta canção iria enriquecer o alinhamento da Grande Final.

Pontos: 6

Ivo Mendonça - A abrir esta edição do Festival da Canção, Xico Gaiato trouxe-nos uma atuação que me pareceu bem pensada e bem executada e entregue. Nota-se que a coreografia foi bem articulada com elementos étnicos das suas origens, e vocalmente cumpriu. Merecia ter passado à final (continuamos a ter uma votação que anula a diferença. Um caminho que o Festival da Canção terá, eventualmente, de trilhar).

Pontos: 8 

Joana Moreno - Tem uma base interessante e até começa bem, mas não adorei. As várias partes da música parecem ter sido coladas com fita cola, sem grande ligação entre elas, e o olarilolela já é demasiado 2024, já ultrapassámos o olarilolela, daqui a pouco aparece o Fernando Mendes. Não é uma canção que funcione bem nem num contexto mais popular, nem como uma proposta competitiva. Fica a sensação de que precisava de mais coesão para ser memorável.

Pontos: 3 

João Diogo - Xico Gaiato abriu o FdC com ritmo e energia. A apresentação em palco foi bem executada, refletindo um conceito pensado e que se adequa à canção. Vocalmente, o artista cumpriu com as expectativas. No entanto, apesar dos pontos fortes evidenciados na apresentação, a canção em si não se mostrou suficientemente marcante. Foi prejudicada pelo excesso de momentos repetitivos – os inúmeros "olarilolela" – que acabaram por diluir a força do tema. Deixou a impressão de que faltou um elemento diferenciador para poder repetir a performance na final. 

Pontos: 6

Madlen Tutelian - Para mim, era uma das propostas mais interessantes da noite, ainda que para muita gente a atuação possa ter parecido caótica. Para o melhor ou para o pior, é como que uma hipnose que se prolonga durante três minutos. 

Pontos: 6

Nuno Carrilho - Uma das canções mais interessantes da edição mas que acabou por não conseguir "transportar-se" para o palco… Não sei se por esperar uma atuação mais "cheia" e "rica" de conteúdos étnicos, a prestação acabou por deixar um tanto a desejar. O som também parece não ter estado no seu melhor (algo que, infelizmente, já é recorrente no Festival da Canção). Ainda assim, teria dado uma nova oportunidade e colocado a canção na Final…

Pontos: 6

Patrícia Gargaté - E temos a primeira injustiçada da noite! Confesso que me surpreendeu pela positiva pela excelente interpretação e pelo carácter teatral da apresentação em palco. Fico feliz pela representação da terra onde vivo e muito triste por este não apuramento. O Xico cantou bem, mostrou carisma, encheu o palco... mas pelos vistos não foi suficiente. É caso para se dizer... ai senhores o que foram fazer!

Pontos: 10

Rita Fonseca - Ai Senhor, como eu fiquei triste de não ver Xico Gaiato a qualificar-se para a Grande Final! Desde cedo, desconfiei que esta canção não seria para o gosto de todos. Xico Gaiato foi uma ótima aposta para abrir o Festival da Canção 2025. Ainda que estivesse a acontecer muita coisa em palco, não consegui tirar os olhos de toda a atuação. Foi uma performance que exigiu algum esforço físico, e foi incrível como a voz conseguiu acompanhar sem falhas durante os 3 minutos. O Xico é um candidato extremamente carismático e creio que a sua não qualificação foi a maior injustiça da 1ª Semi-Final.

Pontos: 10

Total: 67 pontos

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Fonte e Imagem: ESCPORTUGAL / Vídeo: RTP

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