[OLHARES SOBRE O ESC2020] Austrália
Austrália
Intérprete(s): Montaigne
Tema: Don't Break Me
Daniel Cunha - Música bem conseguida aliada à voz da intérprete que é trabalhada de forma original, denotando-se muita técnica por parte da mesma. Toda a atuação está muito expressiva e mostra uma sonoridade "orelhuda".
6 pontos
Diogo Resgate - Uma música pop bem produzida com elementos eletrónicos bastante “dejá-vu” (já muito visto na rádio). Não deixa de ser uma música agradável, com uma letra bem construída e com uma frase bastante memorável no refrão - “you thought i was elastic… but maybe i’m just made of glass”… Acho que o ponto negativo desta proposta é a cantora que apresenta várias fragilidades na interpretação do tema. O palco da final nacional deixou bastante a desejar. Mas com algumas alterações, seria uma proposta que poderia atingir o TOP15, muito graças ao voto do júri.
7 pontos
Emanuel Filipe - Apesar do sucesso que o país tem obtido ano após ano no concurso, as músicas australianas nunca me convencem completamente. Este ano não é exceção. Se a versão em estúdio tem algum potencial, a performance ao vivo não lhe faz qualquer justiça. Em primeiro lugar, não sou nada fã do styling. Sim, eu sei que qualquer artista tem o direito de se apresentar da forma que mais lhe aprouver, mas eu enquanto espectador também tenho o direito de achar completamente inadequado. Pior que a parte visual, e essencial em qualquer bom cantor, é a afinação. Secalhar poupávamos um bocadinho no circo e focávamo-nos mais naquilo que realmente interessa. Não sei, é só um conselho. Esperava algo mais sóbrio, dado o tipo de canção. Demasiado “salada de fruta” para o meu gosto.
6 pontos
Fábio Ventura - “Don’t Break Me” é um registo ao estilo Sia, com uma estrutura pop e um refrão com uma produção poderosa e orelhuda, ao contrário dos restantes versos em que a intérprete Montaigne quase que sussurra, o que adiciona uma atmosfera de nervosidade e de dor pela separação eminente entre duas pessoas que se amam. A mensagem da canção é precisamente sobre isso. Para mim, é sobre o dilema em que, numa relação, uma das pessoas se apercebe que é a única a lutar para que resulte e ao mesmo tempo que não quer desistir dessa mesma relação. A performance ao vivo expressa essa tensão e nervosidade, numa actuação moderna, energética e até desesperada. O momento em que Montaigne é levantada enquanto canta “I love you, I love you, I love you” é um momento poderosíssimo, que demonstra também essa aflição para chegar ao outro, um grito de ajuda para que o outro também lute pela manutenção da relação. A canção é, de forma geral, bastante boa, mas teve algumas falhas ao vivo, nomeadamente nos planos de câmara e na clareza dos vocais da intérprete que, muitas vezes, se tornaram incompreensíveis fruto, creio, da dificuldade em conjugar a prestação vocal com a coreografia em palco.
7 pontos
Marcel Pessoa - Esta musica é especial. Pelo ritmo, pela história que é cantada, pela química em palco...mas será certamente abafada pelos chamados 'grandes favoritos” o que vai ser uma pena. Gosto da combinação das vozes, do tema em si e da composição musical, tal como outras a concurso têm um tema universal. Desculpa por todo o drama é uma frase poderosa, mas como é o festival Eurovisão da canção estará longe das pontuações cimeiras.
8 pontos
Nuno Carrilho - Não sendo uma canção considerada "má", a proposta da Austrália não me consegue convencer. A voz da cantora chega a irritar-me e sinto que teria grandes dificuldades em destacar-se no naipe de candidatos em Roterdão. A única salvação seria uma grande atuação, o que não acredito que viesse a acontecer... Para mim é a pior canção da Austrália no concurso.
5 pontos
Patrícia Gargaté - Esta é uma canção claramente inspirada em grandes nomes da música atual e apesar do tema ser agradável não tem nada que realmente destaque e me faça torcer por ela. A performance bizarra mostra a tentativa de fazer algo diferente e fora do padrão... mas não convence, pelo menos a mim. A Montaigne também não tem um vozeirão, mas seria suficiente se toda a montagem em palco fosse feita de forma diferente. É caso para dizer que se aceita e que se ouve bem... de olhos fechados. Porque a ver o cringe fala mais alto.
6 pontos
Pedro Maia - "Don't break me down" é uma musica que não traz nada de novo à Eurovisão, porém acho que está bem conseguida e é agradável de ouvir. Na minha opinião, o que trouxe algum destaque á proposta australiana foi a atuação que Montaigne apresentou na final nacional, onde conseguiu algo diferente do que era esperado da canção. A Austrália teria um lugar garantido na grande final, mas penso que ficaria pelo meio da tabela classificativa.
8 pontos
Ricardo Matias - Na minha opinião, acredito que a Austrália não se apresenta de forma tão forte em comparação com o ano passado. A canção da Montaigne, apesar de ser interessante e bem produzida, não me faz sentir necessidade de ouvir de novo, dado ser algo semelhante ao que temos ouvido ao longo das nossas vidas na rádio. É de elogiar a performance e o sentimento que a Montaigne transmite no decorrer da canção, e acredito que face à qualidade de canções deste ano chegasse à final, contudo, não acredito que conseguisse estar no lado esquerdo da tabela classificativa, precisamente pela falta de originalidade na canção, não obstante todo o empenho claro que se verifica.
7 pontos
Rui Duarte - A proposta australiana não vai de encontro ao meu gosto pessoal, mas não considero uma má música! Apenas o staging escolhido na Final Nacional não elevava a canção nem a destacava, de forma alguma. Estava expectante por ver como iria ser no palco da Eurovisão, porque a Austrália habituou-nos a surpreender. Penso que passaria à final, e quem sabe, ficar no top15.
6 pontos
Austrália: "Don't break me" ("Não me derrubes")- Uma maneira diferente de representar um sentimento de frustração amorosa. Mas esta atitude um bocado rocambolesca não ajuda nada numa tentativa de reconciliação. Não sou fã deste tema. Dou: 0 pontos.
ResponderEliminarDiogo Resgate: essa do "já muito visto na rádio" gostei.
ResponderEliminarEmanuel Filipe: 4 estrelas.
Nuno Carrilho: 4 estrelas.
Patrícia Gargaté: 5 estrelas.